Décimo Domingo após Pentecostes (Próprio 13B) - 1º de agosto de 2021

Êxodo 16.2-15
Efésios 4.1-16
João 6.22-35

Jesus é o verdadeiro e vivo pão do céu

Tendo resgatado os filhos de Israel “da terra do Egito” (Ex 16.6), o Senhor manifestou sua glória e se deu a conhecer a seu povo. Ele os alimentava à tarde, dando-lhes “carne para comer e, pela manhã”, fazia “chover pão do céu” (Ex 16.4, 8, 12). Mas agora, “o verdadeiro pão do céu” que o Pai lhes dá é o Filho, “que desce do céu e dá vida ao mundo” (Jo 6.32-33). Quem vem a ele “jamais terá fome, e quem crê” nele “jamais terá sede”. Ele é o “pão da vida” que é dado a você como o alimento “que permanece para a vida eterna” (Jo 6.27, 35). Através da graciosa obra de Deus, você crê naquele que o chamou por meio do Evangelho e de “um só Espírito”, de modo que você também tenha “um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos” (Ef 4.4–6). Da mesma forma que você se alimenta do corpo de Cristo na Santa Ceia, você também pertence ao único Corpo da sua Igreja, no qual você deve crescer “em tudo naquele que é a cabeça, Cristo” (Ef 4.15).

ORAÇÃO DO DIA:

Pai misericordioso, que deste teu Filho Jesus como o pão da vida celestial, concede-nos fé para nos regalarmos nele, através da tua Palavra e Sacramentos, a fim de sermos alimentados para a vida eterna; através do mesmo Jesus Cristo, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém. 

— Comentário traduzido e adaptado de Lectionary Summaries (The Lutheran Church—Missouri Synod). Salvo exceção, todas as citações da Bíblia Sagrada são da versão Nova Almeida Atualizada (NAA), da Sociedade Bíblica do Brasil. A Coleta é do Culto Luterano: lecionários (Editora Concórdia).

O que é Graça?

 

A GRAÇA DE DEUS
“A Epístola de S. Paulo aos Gálatas 2: 16-20”

 

A Graça de nosso Senhor Jesus T Cristo e o Amor do Pai e a Comunhão do Espírito Santo sejam com todos!

      O que é Graça? O que você compreende quando escuta alguém falando sobre este tema? O que vem a sua mente quando se é tratada a Graça de Deus?

 Quero lhe contar uma história neste momento que, provavelmente, ajudará você perceber o que é Graça na perspectiva bíblica:

Andreia é uma norte-americana que, com sua história, pode nos explicar este significado. Na primavera de 2010, um acidente tirou a vida de seu filho de apenas treze anos. O que se seguiu para Andreia e seu marido foi o pior pesadelo para qualquer pai ou mãe: um funeral, um enterro, uma enxurrada de perguntas e lágrimas. Mas, mesmo em meio a toda esta situação, decidiram doar os órgãos do filho. E, naquela época, poucas pessoas precisavam de um coração mais do que uma jovem chamada Patrícia; o seu coração começara a falha cinco anos antes, deixando-a muito fraca e a beira da morte. Mas, o coração daquele garotinho, de apenas treze anos poderia dar uma nova esperança, um novo começo para Patrícia.

A única exigência daquela mãe enlutada e seu esposo era que eles queriam ter a oportunidade de ouvir o coração do seu filhinho mais uma vez. Por isso, voaram de sua cidade até onde morava Patrícia e foram até a sua casa.

Quando aquele pai e aquela mãe, através de um estetoscópio, puderam ouvir o ritmo saudável das batidas, que coração eles ouviram? Eles não estavam ouvindo o coração do próprio filhinho ali, ainda pulsante? Habitava agora em um corpo diferente, mas o coração era o coração do filho deles.

Mas, como esta história nos ajuda a compreender o que é a Graça de Deus.

A Graça, meus irmãos, é Deus como um cirurgião cardíaco, abrindo seu peito, removendo seu coração – envenenado com a soberba, o orgulho, a cobiça e a dor - e substituindo-o pelo coração do seu próprio Filho.

O Apóstolo Paulo percebeu este milagre que é a Graça de Deus, quando escreveu em sua Epístola aos Gálatas 2.20: “Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim”. Ou seja, o Apóstolo sentia dentro de si não apenas a filosofia, os ideais ou a influência de Jesus; mas a pessoa de Cristo. Em outras palavras, ele estava testemunhando que o cristão é uma pessoa em quem Cristo está acontecendo.

O bem-aventurado Dr. Martinho Lutero, reformador da Igreja, também percebeu isso, e certa vez disse: “Se alguém batesse no meu coração e perguntasse: Quem mora aqui? Eu responderia: Não é Martinho Lutero, mas sim o Senhor e Salvador Jesus Cristo!”

A Graça, portanto, da perspectiva bíblica, é totalmente Jesus!  Ser salvo pela Graça é ser salvo por Jesus – não por uma ideia, não por um conhecimento intelectual ou regra – mas, pelo própria pessoa e pela própria obra de Jesus Cristo!

E se a Graça é Jesus, então não há como nós chegarmos até ela. Não temos capacidade para isso.

Porém, e graças a Deus por isso, ela certamente chega até nós! Ela chega até você!

Mas como pode ser isso? Como isso ocorre? Através do Evangelho de nosso Senhor que encontra você pela sua Santa Palavra e os seus Santos Sacramentos.

Portanto, se você é alguém que permanece ligado à Palavra do Senhor e aos seus Sacramentos, então você é alguém agraciado; e portanto vive uma vida de fé e arrependimento, vive uma vida na Graça de Deus.

Sendo assim, você também pode, com toda a convicção e alegria, confessar juntamente com o Apóstolo Paulo: “Já não sou eu quem vive; Cristo vive em mim!”

Amém!

 

 

Rev. Helvécio J. Batista Jr.
Igreja Luterana em Naviraí/MS
25 de Julho, 2021 AD

 

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Nono Domingo após Pentecostes (Próprio 12B) - 25 de julho de 2021

Gênesis 9.8-17
Efésios 3.14-21
Marcos 6.45-56

A criação é redimida e santificada pela palavra de Cristo Jesus

Tendo poupado o fiel Noé e sua família do dilúvio, o Senhor estabeleceu seu pacto com eles, “e com todos os seres vivos”, de que nunca mais haveria um “dilúvio para destruir a terra” (Gn 9.9-11). Ele firmou e selou esta aliança eterna pondo seu arco-íris nas nuvens, como uma lembrança de sua promessa de que “as águas não mais se tornarão em dilúvio para destruir todos os seres vivos” (Gn 9.13–16). Embora a criação sofra sob a maldição do pecado, o Senhor preserva e ordena a criação para o benefício da sua Igreja. Em especial, toda a criação é redimida e santificada pelo Filho de Deus encarnado. “Coragem” e “não tenham medo”, pois Jesus está com você no mar. Ele não é um fantasma, mas veio em carne para salvá-lo. Ele “subiu no barco para estar com” você e cessou o vento que estava contra ti (Mc 6.45–51). Pois ele é a Palavra e promessa do Pai e sua própria carne e sangue são a aliança pela qual você é fortalecido no seu íntimo “com poder, mediante o seu Espírito” (Ef 3.16-17).

ORAÇÃO DO DIA:

Todo-poderoso e misericordioso Deus, protetor de todos que confiam em ti, fortalece nossa fé e dá-nos coragem para crer que em teu amor nos resgatas de todas as adversidades; através de Jesus Cristo, teu Filho, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

— Comentário traduzido e adaptado de Lectionary Summaries (The Lutheran Church—Missouri Synod). Salvo exceção, todas as citações da Bíblia Sagrada são da versão Nova Almeida Atualizada (NAA), da Sociedade Bíblica do Brasil. A Coleta é do Culto Luterano: lecionários (Editora Concórdia).

Reflexão: St. Maria Madalena

 

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DIA DE ST. MARIA MADALENA

“O Evangelho segundo S. João 20: 1-18”

 

A Graça de nosso Senhor Jesus T Cristo e o Amor do Pai e a Comunhão do Espírito Santo sejam com todos!

 

Maria Madalena, que é conhecida por este nome por ser natural da cidade de “Magdala”, recebeu a honra e o privilégio da parte de Deus de ser uma das primeiras testemunhas da ressurreição de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo e a primeira pessoa a vê-lo ressurreto. Isto ocorreu no Domingo bem cedo quando ela e outras mulheres foram ao túmulo de Jesus para ungir o seu corpo. Lá chegando, a pedra estava removida e o túmulo vazio. Então voltaram para onde estavam os Apóstolos e disseram a eles: “Tiraram o Senhor do túmulo, e não sabemos onde o colocaram” (S. João 20:2). Pedro e João foram até lá e confirmaram o testemunho das mulheres: o corpo de Jesus não estava mais no túmulo. Após isso, eles vão embora. Porém, Maria Madalena permanece no jardim, próxima ao túmulo, chorando.

 

Enquanto chorava, ela se abaixou e olhou novamente para dentro do túmulo, e então, uma verdadeira visão do Santo dos Santos a saudou: “dois anjos vestidos de branco, sentados onde o corpo de Jesus tinha sido colocado, um à cabeceira e outro aos pés” (S. João 20:12). Eles olharam para Maria Madalena e a perguntaram: “Mulher, por que você está chorando?” (S. João 13:1a). Sua dor é tão avassaladora que ela nem parece perceber que estava conversando com anjos e, por isso, simplesmente responde: “Levaram o meu Senhor, e não sei onde o puseram” (S. João 13:1b).

 

Maria Madalena, ainda chorando, se vir e enxerga alguém parado próximo a ela. Ela pressupôs que era o jardineiro. E deste alguém, ela escuta novamente a pergunta: “Mulher, por que você está chorando? A quem você procura?” (S. João 20:15a). E Maria, ao responder, diz: “Se o senhor o tirou daqui, diga-me onde o colocou, e eu o levarei” (S. João 20:15b).

 

E então, veja que incrível, em uma única palavra, a revelação aconteceu. Jesus Cristo ressurreto, que Maria Madalena pensava ser o jardineiro, diz a ela: “Maria!” (S. João 20:16a). E ela imediatamente, como se os seus olhos, ouvidos e corações se abrissem, responde: “Mestre!” (S. João 20:16b).

 

Não há outra forma de conhecer Jesus Cristo a não ser pela sua Palavra, e não há outra maneira de ser sua ovelha a não ser ouvindo a sua Palavra! E este episódio tão grandioso mostra para nós aquilo que há algum tempo Jesus havia ensinado: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem” (S. João 10:27).

 

Maria Madalena está diante daquele que ela viu ser crucificado e sepultado. Mas agora ela sabe, ele não está no túmulo porque teve seu corpo roubado ou algo do tipo. Na verdade, ele ressuscitou como havia prometido. E agora está ali, a poucos passos dela. Sua alegria era tão grande que ela não queria perdê-lo de vista nunca mais.

 

Da perspectiva dela, isto era seria o suprassumo de tudo o que poderia ter de Jesus. Mas Jesus que ser muito mais para ela, e por isso, com bondade e carinho e lhe diz: “Não me detenha, porque ainda não subi para o meu Pai” (S. João 20:17).

 

Maria Madalena compreendeu que Cristo estava preparando algo muito maior e mais importante para ela e para todos os que creem em seu nome. Afinal, como mais adiante o Novo Testamento vai testificar, sua Ascensão não foi uma partida ou um distanciamento da parte dele. Pelo contrário, ela ocorre justamente para governar sobre todas as coisas e para estar verdadeiramente presente e próximo de todos os seus, “até a consumação dos séculos” (S. Mateus 28:20). Maria, então, vai alegremente e anuncia a todos que encontra: “Eu vi o Senhor!” (S. João 20:18).

 

Que grande honra e que grande privilégio esta humilde mulher recebeu: ser a primeira testemunha do Cristo ressuscitado. Esta é a imagem que as Sagradas Escrituras nos revela sobre Maria Madalena. Mas, infelizmente, muitos nos dias de hoje, preferem acreditar na ficção: em filmes, série e livros que deturpam esta bela história e transformam Maria Madalena naquilo que ela não é.

Não há nenhum registro nas Escrituras que ela tenha sido a mulher adultera que se arrependeu e foi perdoada por Jesus, sendo libertada do apedrejamento. E também não há nenhum registro ou indicação que ela tenha sido em algum momento uma prostituta ou mesmo amante ou noiva de Jesus. Na verdade, a única noiva de Cristo é a Igreja e nada mais além disso. Maria Madalena foi uma serva de Cristo, que foi curada e libertada por ele, conforme S. Lucas 8:2 e que recebeu a extraordinária bênção de ser a primeira pessoa a ver e conversar com Jesus após sua gloriosa ressurreição, bem como também, como já dito, ser a primeira testemunha deste grandioso milagre.

 

Por fim, cabe uma pergunta: De que maneira nós cristãos podemos hoje celebrar este dia e a memória de Maria Madalena? Tendo ela como exemplo e fazendo exatamente o que ela fez. Ou seja, ouvindo a Palavra de Jesus Cristo e testemunhando sua Pessoa e sua Obra com alegria a todos que encontrarmos em nosso caminho.

 

Amém!

Rev. Helvécio J. Batista Jr.

Igreja Luterana em Naviraí/MS

Dia de St. Maria Madalena, 2021 AD

 

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22 de julho - Santa Maria Madalena

A Penitente Madalena (c. 1640), por Georges de La Tour (1593–1653), The Metropolitan Museum of Art.

Madalena, chamada de “apóstola dos apóstolos” por Bernardo de Claraval, levou a notícia da ressurreição aos Doze. Sempre que os evangelhos listam as mulheres que estavam com Jesus, Maria Madalena é listada primeiro (João 19.25 é a única exceção), talvez porque ela foi a primeira a ver Jesus ressuscitado. Lucas 8.2 relata que Jesus a curou de possessão por sete demônios. Muitas vezes ela foi identificada com a arrependida “mulher da cidade” que ungiu os pés de Jesus enquanto ele se sentava à mesa na casa do fariseu (Lucas 7.36-50), e seu título no calendário era “Penitente” (Não houve mais ninguém com este título). Não há, entretanto, nenhuma base bíblica para essa identificação de Maria com a prostituta penitente. Ela também não deve ser identificada com Maria de Betânia, uma identificação comum na igreja ocidental desde o século VI, embora isso não fosse aceito no Oriente.

Segundo os evangelhos, Maria de Magdala é a primeira testemunha dos fatos fundamentais da proclamação cristã: ela viu a morte de Jesus, viu seu sepultamento, viu sua primeira aparição na ressurreição. Sua comemoração em 22 de julho é observada tanto nas igrejas do Oriente quanto do Ocidente e, sobretudo a partir do século XII, se tornou uma das mulheres mais homenageadas na cristandade.

Fonte: Pfatteicher, Philip H. Festivals and Commemorations: Handbook to the Calendar in Lutheran Book of Worship. Minneapolis: Augsburg Fortress Press, 1980. p. 292.

Oitavo Domingo após Pentecostes (Próprio 11B) - 18 de julho de 2021

Jeremias 23.1-6
Salmo 23
Efésios 2.11-22
Marcos 6.30-44

O Senhor Jesus pastoreia sua Igreja na Terra através do Ministério do Evangelho

O Senhor repreende e castiga os “pastores que destroem e dispersam as ovelhas” (Jr 23.1). Nosso Senhor reúne as suas ovelhas, traz de volta ao seu aprisco e põe “sobre elas pastores que as apascentem” (Jr 23.3-4). Ele levanta o Filho de Davi, o grande Bom Pastor, que “como rei que é, reinará, agirá com sabedoria e executará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23.5). Ele é “Senhor, Justiça Nossa”, no qual seu rebanho “habitará seguro” (Jr 23.6). Ele tem compaixão de todos nós, que éramos “como ovelhas que não têm pastor” (Mc 6.34). Ele não só nos ensina muitas coisas, mas tomando o pão, ele o abençoa e parte e o dá aos discípulos para distribuírem ao povo (Mc 6.41). O Senhor dá provisão abundante para sua Igreja na terra, para que todos sejam alimentados e fiquem plenamente satisfeitos de corpo e alma. Ele prega paz aos “que antes estavam longe” e agora “foram aproximados pelo sangue de Cristo” (Ef 2.13, 17). Os que “estavam sem Cristo” por causa do pecado, “não tendo esperança e sem Deus no mundo” (Ef 2.12), agora são “concidadãos dos santos e membros da família de Deus” (Ef 2.19).

ORAÇÃO DO DIA:

Pai Celestial, apesar de não merecermos a tua bondade, ainda assim atendes todas as nossas necessidades do corpo e da alma. Concede-nos teu Espírito Santo a fim de podermos reconhecer os teus dons, dar graças por todos os teus benefícios e te servir com obediência voluntária; através de Jesus Cristo, teu Filho, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

— Comentário traduzido e adaptado de Lectionary Summaries (The Lutheran Church—Missouri Synod). Salvo exceção, todas as citações da Bíblia Sagrada são da versão Nova Almeida Atualizada (NAA), da Sociedade Bíblica do Brasil. A Coleta é do Culto Luterano: lecionários (Editora Concórdia).

Sétimo Domingo após Pentecostes (Próprio 10B) - 11 de julho de 2021

Amós 7.7-15
Efésios 1.3-14
Marcos 6.14-29

O Senhor Jesus traz seu povo da morte à vida pela pregação do arrependimento

Amós não escolheu ser profeta, mas o Senhor o “tirou do trabalho de andar atrás do gado” e disse-lhe: “Vá e profetize ao meu povo de Israel” (Am 7.15). Deus lhe deu uma palavra difícil para pregar: o rei “Jeroboão morrerá à espada, e Israel certamente será levado para fora de sua terra, em cativeiro” (Am 7.10-11). Por causa dessa palavra, Amós foi odiado e ameaçado. São João Batista também sofreu por sua fiel pregação do arrependimento. O rei Herodes mandou “prender João e amarrá-lo na prisão”, mesmo sabendo que João “era homem justo e santo” (Mc 6.17, 20). Por orgulho e medo, Herodes enviou um executor e “mandou que lhe trouxessem a cabeça de João” (Mc 6.27). Porém, em Cristo, “João Batista ressuscitou dentre os mortos” (Mc 6.14, 16). Pois, “antes da fundação do mundo” Cristo é a destruição da própria morte, e agora também pela fé, “o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo” nos abençoou em Cristo “com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais” (Ef 1.3-4). Através do batismo em Cristo, você também recebeu “o selo do Espírito Santo da promessa” para a vida e salvação (Ef 1.13).

ORAÇÃO DO DIA:

Ó Senhor, que concedeste força aos teus profetas para resistir às tentações do diabo e coragem para proclamar arrependimento, dá-nos corações e mentes puros para seguir teu filho com fidelidade, mesmo no sofrimento e na morte; através do mesmo Jesus Cristo, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

— Comentário traduzido e adaptado de Lectionary Summaries (The Lutheran Church—Missouri Synod). Salvo exceção, todas as citações da Bíblia Sagrada são da versão Nova Almeida Atualizada (NAA), da Sociedade Bíblica do Brasil. A Coleta é do Culto Luterano: lecionários (Editora Concórdia).

Sexto Domingo após Pentecostes (Próprio 9B) - 4 de julho de 2021

Ezequiel 2.1-5
2 Coríntios 12.1-10
Marcos 6.1-13

Os ministros de Cristo são enviados com sua autoridade para perdoar pecados e dar vida

O profeta Ezequiel foi levantado pelo Espírito do Senhor e enviado para anunciar uma palavra impopular à rebelde casa de Israel. Sendo profeta, Ezequiel não devia falar sua própria palavra, mas pregar a Lei e o Evangelho dizendo “Assim diz o Senhor DEUS”, quer as pessoas “ouçam quer deixem de ouvir” (Ez 2.4-5). Assim também, seguindo os passos dos profetas antes dele, o Senhor Jesus “percorria as aldeias vizinhas, ensinando” (Mc 6.6). Em sua cidade natal, como em qualquer outro lugar, “muitos, ouvindo-o, se maravilhavam”, admirados com sua sabedoria e com as obras poderosas feitas “por suas mãos”, e ainda “escandalizavam-se por causa dele” (Mc 6.2-3). O escândalo culmina em sua cruz, que é, ironicamente, o coração e o centro da sua “autoridade sobre os espíritos imundos” (Mc 6.7). É pela autoridade da sua cruz que aqueles que Cristo envia pregam o arrependimento, expulsam muitos demônios e curam os enfermos (Mc 6.12-13). Assim, o apóstolo Paulo se gloria na cruz de Cristo e em suas próprias fraquezas, sabendo que a graça de Deus é suficiente e que o poder de Cristo “se aperfeiçoa na fraqueza” (2Co 12.8-9).

ORAÇÃO DO DIA:

Ó Deus, que tornas conhecido o teu grande poder principalmente por mostrar misericórdia, concede-nos a abundância da tua graça a fim de podermos ser chamados ao arrependimento e sermos feitos participantes dos teus tesouros celestiais; através de teu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

— Comentário traduzido e adaptado de Lectionary Summaries (The Lutheran Church—Missouri Synod). Salvo exceção, todas as citações da Bíblia Sagrada são da versão Nova Almeida Atualizada (NAA), da Sociedade Bíblica do Brasil. A Coleta é do Culto Luterano: lecionários (Editora Concórdia).