I DOMINGO NO ADVENTO - Uma Ordem Litúrgica para o Culto Divino

PALAVRA INICIAL

 Ordem Litúrgica preparada para o Culto Divino do I Domingo no Advento que será celebrado na Igreja Luterana em Naviraí/MS no dia 28 de Novembro, 2021 AD.

Os textos bíblicos presentes nesta Ordem seguem a Série Histórica (Anual) do Lecionário da Igreja, e a Ordem em si segue a Ordem do Culto Principal I do Hinário Luterano (IELB).

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CAPA:

PREPARAÇÃO:

CONFISSÃO E SANTA ABSOLVIÇÃO:

SERVIÇO DA PALAVRA:

SERVIÇO DA SANTA CEIA:

FINAL:

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Rev. Helvécio J. Batista Jr.

Igreja Luterana em Naviraí/MS

 

O Tempo do Natal e o Período de Advento

O nascimento do Salvador ocupa a segunda posição em importância, ficando apenas atrás de sua ressurreição no Domingo de Páscoa. Durante o Tempo de Natal, os cristãos reservam um período para refletir sobre a grande e graciosa dádiva que Deus faz de si mesmo.

Período de Advento

• Começa no quarto domingo antes de 25 de dezembro ou no domingo mais próximo ao Dia de Santo André (30 de novembro).
• Termina com a oração do meio-dia em 24 de dezembro.

O calendário da Igreja começa com o Advento (do latim adventus, que significa “vinda”), um período de preparação de quatro semanas antes do Natal. A história de Jesus no Advento é a história da esperança que vem ao mundo. Quando chegou o tempo certo, Deus enviou seu Filho Jesus ao mundo. O período do Advento nos ensina a nos prepararmos para receber Jesus, a esperança do mundo.

É comum usar uma coroa de Advento para marcar este período. A coroa de Advento tem quatro velas - uma para cada semana do Advento. À medida que essas velas são acesas a cada semana, nossa expectativa aumenta pois aguardamos a vinda de Jesus.

Fonte: Treasury of Daily Prayer (St. Louis: Concordia Publishing House, 2008)

Último Domingo do Ano da Igreja (Próprio 29B) - 21 de novembro de 2021

Isaías 51.4–6 ou Daniel 7.9–10, 13–14
Judas 20–25 ou Apocalipse 1.4b – 8
Marcos 13.24–37 ou João 18.33–37

Em arrependimento ficamos vigilantes para a vinda de Cristo

Os sinais do fim estão à nossa volta, lembretes constantes de que “passará o céu e a terra”. Mas todos esses sinais se concentram na cruz de Cristo, por meio da qual ele venceu o pecado e a morte, para que possamos ser ressuscitados com ele em justiça através da sua Palavra do Evangelho, que não passará (Mc 13.31). Cristo Jesus é o “Primogênito dos mortos”, que em seu grande amor e, “pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados” (Ap 1.5). Sua salvação é certa porque o “seu domínio é domínio eterno” e o “seu reino jamais será destruído” (Dn 7.14). Para este propósito ele veio ao mundo, para reinar em amor por meio da sua voz Evangelho, que é a verdade (Jo 18.37). Assim, a justiça de Cristo é “luz dos povos”, que “não será anulada” porque é a justiça da sua cruz e ressurreição (Is 51.4-6). Visto que o Senhor “é poderoso para evitar que vocês tropecem e que pode apresentá-los irrepreensíveis diante da sua glória”, então espere na “misericórdia do nosso Senhor Jesus Cristo, que conduz para a vida eterna” (Jd 20–24).

ORAÇÃO DO DIA:

Senhor Jesus Cristo, governa nossos corações e mentes de tal maneira pelo teu Espírito Santo a fim de que, mesmo conscientes do teu glorioso retorno, perseveremos na fé e em santidade de vida; pois tu vives e reinas com o Pai e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

— Comentário traduzido e adaptado de Lectionary Summaries (The Lutheran Church—Missouri Synod). Salvo exceção, todas as citações da Bíblia Sagrada são da versão Nova Almeida Atualizada (NAA), da Sociedade Bíblica do Brasil. A Coleta é do Culto Luterano: lecionários (Editora Concórdia).

Juízo Final (c. 1585), por Jean Cousin le Jeune  (1536–1595)

Vigésimo Quinto Domingo após Pentecostes (Próprio 28B) - 14 de novembro de 2021

Daniel 12.1-3
Hebreus 10.11-25
Marcos 13.1-13

O corpo crucificado e ressurreto de Cristo Jesus é o verdadeiro templo de Deus

Mesmo com suas “pedras e edifícios impressionantes” o templo de Jerusalém seria destruído, sem ficar “uma pedra em cima da outra”, da mesma forma que este mundo atual e seus reinos chegarão ao fim (Mc 13.1–8). Mas aquele templo apontava para além de si mesmo, apontava para Cristo, seu sacrifício na cruz e para a ressurreição de seu corpo como o verdadeiro Templo de Deus. Através da proclamação do Evangelho em meio ao pecado e à morte, Cristo reúne discípulos em seu corpo e aquele “que ficar firme até o fim, esse será salvo” (Mc 13.10–13). Em Cristo temos “um grande sacerdote sobre a casa de Deus” que jamais se lembrará de nossos pecados e iniquidades. Pela “água pura” do Santo Batismo nos aproximamos “com um coração sincero, em plena certeza de fé”, e pela carne e sangue de Jesus temos ousadia para entrar no Santuário (Hb 10.17–22). Assim, “o povo de Deus será salvo, todo aquele que for achado inscrito no livro”. Pois, pela sabedoria de seu Evangelho, o Senhor conduzirá “muitos à justiça”, de modo que “muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão” para a vida eterna (Dn 12.1-3).

ORAÇÃO DO DIA:

Ó Senhor, pela tua generosa bondade livra-nos da escravidão dos nossos pecados, que por causa da nossa fraqueza trouxemos sobre nós, a fim de ficarmos firmes até o dia de nosso Senhor Jesus Cristo, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

— Comentário traduzido e adaptado de Lectionary Summaries (The Lutheran Church—Missouri Synod). Salvo exceção, todas as citações da Bíblia Sagrada são da versão Nova Almeida Atualizada (NAA), da Sociedade Bíblica do Brasil. A Coleta é do Culto Luterano: lecionários (Editora Concórdia).

Destruição do templo de Jerusalém (1867), por Francesco Hayez (1791–1881)

Martinho Lutero e Martinho de Tours

Imgem: Evangelische Jugend Hiddenhausen

Da biografia de Lutero escrita pelo Rev. Vicente Themudo Lessa (1874–1939):

Martinho Lutero — “o homem que abalou o mundo” — nasceu no centro da Alemanha, na região da Turíngia, em Eisleben, Saxônia Prussiana, a 10 de novembro de 1483. (...) Martinho, o nome de batismo, foi-lhe dado pelo progenitor em homenagem ao santo do dia em que foi batizado (11 de novembro — no dia seguinte ao do nascimento). Trata-se do grande S. Martinho de Tours, valente legionário do Império Romano e não menos valoroso soldado de Cristo pelos serviços que prestou à Igreja. Matésio, que publicou dezessete sermões sobre a vida de Lutero, foi de opinião que honrou ele o nome do seu patrono de batismo, o apóstolo da Gália, mantendo-se, com dignidade cristã, como valente soldado e cavalheiro de Cristo.

Fonte: Vicente Themudo Lessa. Lutero. 5. ed. Rio de Janeiro: Pallas, 1976. pág. 1; 3.

Aniversário de Martinho Lutero

O Nascimento de Lutero (1857), por Gustav König (1808-1869)

Martinho Lutero nasceu no dia 10 de novembro de 1483, filho primogênito de Hans e Margarette Luder, na cidade de Eisleben, pertencente ao então Sacro Império Romano-Germânico.

Seus pais o chamaram de Martinho pois seu batismo aconteceu no dia seguinte, dia de São Martinho de Tours, grande impulsionador da cristianização da Europa.

Originalmente o sobrenome da família era Luder (que poderia ser traduzido por Ludero). Estudiosos dizem que este sobrenome estaria associado à frouxidão e imoralidade. Após o outono de 1517 Lutero não usa mais o sobrenome "Luder", mesmo nas cartas que escreve para os pais. Numa carta a seu amigo Espalatino assinou como "Eleutherius" (que quer dizer "livre" em grego). Esta mudança poderia estar associada a sua descoberta da justificação pela graça. Depois acabou conservando o núcleo do sobrenome da família, passando a assinar como "Lutero".

Vigésimo Quarto Domingo após Pentecostes (Próprio 27B) - 7 de novembro de 2021

1 Reis 17.8-16
Hebreus 9.24-28
Marcos 12.38-44

O Senhor nos alimenta e nos provê com tudo o que ele tem

Aqueles que contribuem com “grandes quantias” daquilo que está sobrando, na verdade fazem muito pouco, pois não se pode comprar o favor de Deus com dinheiro. Mas a “viúva pobre” com suas “duas pequenas moedas” confiou a sua vida à misericórdia de Deus, pois “da sua pobreza deu tudo o que possuía” (Mc 12.41-44). Essa fé não decepciona, pois o Senhor é fiel e mediante sua graça dá provisão ao seu povo. Foi assim que a viúva pobre de Sarepta conseguiu alimentar o profeta Elias “durante muitos dias”, bem como a si mesma e sua família, “segundo a palavra do Senhor, anunciada por meio de Elias” (1Rs 17.15-16). O Senhor nos alimenta por sua Palavra, não apenas com o pão de cada dia para este corpo e esta vida, mas também para a vida eterna em Cristo Jesus. “Por meio do sacrifício de si mesmo”, pela oferta de seu corpo e vida e de tudo o que ele tinha, Jesus entrou “no próprio céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus” (Hb 9.24-26 ). Jesus, que é nosso grande Sumo Sacerdote e Santuário de Deus, é também o próprio alimento sacerdotal com o qual somos alimentados.

ORAÇÃO DO DIA:

Deus Todo-poderoso e sempre vivo, que fizeste promessas extraordinariamente grandes e preciosas àqueles que confiam em ti, concede que com tal firmeza creiamos em teu Filho Jesus que nossa fé nunca esteja ausente; através do mesmo Jesus Cristo, Nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

— Comentário traduzido e adaptado de Lectionary Summaries (The Lutheran Church—Missouri Synod). Salvo exceção, todas as citações da Bíblia Sagrada são da versão Nova Almeida Atualizada (NAA), da Sociedade Bíblica do Brasil. A Coleta é do Culto Luterano: lecionários (Editora Concórdia).

François-Joseph Navez (Belgian, 1787–1869) - O Óbolo da Viúva (1840)