"A Jornada de Abraão" (1850), József Molnár (1821–1899) |
Mas o que é notável nestes capítulos não é o que dizem sobre Abrão e outros, mas o que dizem sobre Deus. Algumas das revelações contínuas de Deus em relação ao Seu povo são iniciadas nesta parte do Gênesis. Aqui está Deus, não ausente, num céu distante, mas intimamente envolvido na vida de seus escolhidos. Aqui está Deus julgando o pecado (capítulo 19), mas ainda assim demonstrando uma paciência tão longânime para com o seu povo que quase desiste de aniquilar o mal que Ele havia proposto eliminar (18.26-32). Aqui está o Deus paciente, repetindo sempre de novo a promessa a Abraão, realizando sinais e dando um selo da aliança na circuncisão (capítulos 15, 17-18). Certamente aqui está o Deus “Pai”, amando tanto Abraão e Sara a ponto de aturar seus risos de desdém às suas promessas e teimosia em fazer as coisas do seu próprio jeito.
Abraão e sua família são protagonistas em cada acontecimento, mas Deus ainda está no controle. Tudo está sob o seu magnífico controle. Mesmo quando Abraão não crê; mesmo ele sendo impaciente com a dádiva de Deus; mesmo Abraão não aceitando o juízo de Deus e tentando dissuadir Deus; ... apesar de Abraão continuar titubeante, salvando sua própria pele, fazendo novamente sua esposa passar como sua irmã - Deus está no controle. Deus age, provê, ama e perdoa esses seres frágeis, criaturas de suas mãos, claramente descendentes de Adão e Eva, seu povo escolhido.
Tradução de adaptação de: Rosin, Laine. God’s Word for Today: Genesis (St. Louis, Concordia Publishing House, 1994. p. 33–34, 112)
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