"A crucificação, que terminou com o clamor triunfante "Está consumado" (Jo 19,30), foi a oferta do único e suficiente sacrifício para a expiação de todos os pecadores. O Homem na cruz era o Cordeiro de Deus, que carregou os pecados do mundo para levá-los para longe da face de Deus. A salvação do mundo inteiro já foi pendurada por aqueles três pregos na cruz do Gólgota. Assim como o fruto do lenho da árvore proibida da qual o primeiro homem comeu trouxe pecado, morte e condenação a toda a raça humana, assim também os frutos do lenho da cruz restauraram a justiça, a vida e a bem-aventurança para todas as pessoas.
Em razão disso, a cruz é ao mesmo tempo santa e bendita! O que antes era nada mais que um pedaço de lenho seco, foi transformado, assim como o bordão de Arão, num ramo verde cheio de flores e frutos celestiais. O que antes era um instrumento de tormento para a punição de pecadores, agora brilha em celestial esplendor como um sinal da graça para todos os pecadores. O que antes era madeiro de maldição, tornou-se agora uma árvore de bênçãos, um altar de sacrifício para expiação e um aroma agradável a Deus, após a "Bênção Prometida" a todos povos oferecer a Si mesmo sobre aquele madeiro.
Hoje, a cruz ainda é um terror - mas apenas para o inferno. Ela brilha sobre suas ruínas como um sinal de vitória sobre o pecado, a morte e Satanás. Com a cabeça esmagada, a serpente da tentação jaz ao pé da cruz. É uma imagem de conforto eternal em cuja direção a visão enfraquecida do moribundo olha com grande anseio, como a última âncora da sua esperança e a única luz que brilha em meio às trevas da morte."
- C. F. W. Walther (1811-1887), pastor e teólogo
Fonte: Treasury of Daily Prayer (St. Louis: Concordia Publishing House, 2008. pág. 922)
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