“Meu Senhor e meu Deus!” (São João
20.28)
Infelizmente essas não são as
palavras mais lembradas quando falamos de Tomé, um dos Doze Apóstolos do
Senhor. Normalmente seu nome é mais associado com “se eu não vir o sinal dos pregos nas mãos dele, e não tocar ali com o
meu dedo, e também se não puser a minha mão no lado dele, não vou crer” (São
João 20.25). Por causa disso, São Tomé, também chamado “o gêmeo” (São
João 11.16), acaba sendo lembrado como discípulo que duvidou. No entanto,
esta dúvida de Tomé, provocada pela insegurança e pelo medo que tomou conta
dele e de todos os discípulos após a crucificação de Jesus (São João 20.19)
é algo natural de um ser humano, afinal, todo e qualquer ser humano está
sujeito a esse tipo de reação. Mas, o que chama atenção em Tomé não é sua
reação primeiramente, e sim, a ação do Senhor Jesus para com ele. Jesus poderia
endossar o coro de “aquele que duvidou” para Tomé e lhe dar uma lição. Mas ele
não o fez, como qualquer outro pecador, como qualquer outro ser humano, Tomé
foi acolhido pelo amor de Deus em Cristo e assim, ao invés de o repreender,
Jesus evangelicamente lhe diz: “veja as
minhas mãos e ponha o seu dedo nelas. Estenda a mão e ponha no meu lado. Pare
de duvidar, mas creia!” (São João 20.27). Por causa desta ação
amorosa, evangélica e acolhedora de Jesus, Tomé proferiu uma singela, mas
grandiosa confissão de Fé: “Meu Senhor e
meu Deus!” (São João 20.28).
O que teria para nos ensinar um Dia em que se
lembra São Tomé?
Ora, a resposta é muito simples: São
Tomé nos lembra quem nós realmente somos, pecadores e falhos; e que se não for
pela intervenção do Evangelho de nosso Senhor, nós jamais seríamos perdoados e
poderíamos confiar em Jesus. Afinal, é ele, o Senhor, que vem ao nosso encontro
em meio a nossa fraqueza e nossas dúvidas. É ele que nos revela, nos ensina e
nos leva a perceber, assim como também o fez com São Tomé, que ele é “o Caminho, a Verdade e a Vida” (São
João 14.6a). E as mesmas palavras que disse a seu Apóstolo, Jesus também
diz a nós: “ninguém pode chegar até o Pai
a não ser por mim” (São João 14.6b).
Neste Dia de São Tomé queremos
celebrar a acolhida, o abraço, o amor de nosso Senhor, que foi gracioso para
com este Apóstolo, mesmo em suas fraquezas e dúvidas. E isso nos faz perceber
que este Jesus também continua sendo amoroso, acolhedor e gracioso para com
cada um de nós hoje. Portanto, nada mais nos resta, que unir nossas vozes a São
Tomé, e seguindo seu exemplo, confessar: “Senhor
meu e Deus meu!”.
Rev.
Helvécio J. Batista Júnior
Ministro
do SENHOR nas Igrejas “Bom Pastor” e “Cristo Rei”
Cariacica/ES
Nenhum comentário:
Postar um comentário