A Palavra de Deus nos diz que após a Ascensão
de Jesus Cristo e a descida do Espírito Santo no dia do Pentecostes, os
seguidores do Senhor continuaram testemunhando a mensagem da Fé Cristã por todos
os lugares e de diversas formas possíveis. Em outras palavras, os Atos do
Senhor estavam sendo realizados agora através dos seus discípulos. Dentre
estes, havia Estêvão, “um homem muito
abençoado por Deus e cheio de poder” (Atos 6.8), que foi um dos “homens de confiança” (Atos 6. 3) escolhidos
para auxiliarem o trabalho dos Apóstolos. Seu testemunho e fidelidade a Jesus
Cristo eram tamanhos que provocaram uma reação violenta dos líderes religiosos
da época, porém, estes “começaram a
discutir com Estêvão. Mas o Espírito de Deus dava tanta sabedoria a Estêvão,
que ele ganhava todas as discussões” (Atos 6. 9-10). Por causa
disso, enfurecidos, o levaram para diante do Conselho e após ouvirem novamente
seu “testemunho centrado em Cristo” (Atos
7) o arrastaram para “fora da cidade
e o apedrejaram... Enquanto eles atiravam as pedras, Estêvão chamava Jesus,
dizendo: Senhor Jesus, recebe o meu espírito! Depois, ajoelhou-se e gritou com
voz bem forte: Senhor, não condenes esta gente por causa deste pecado! E,
depois que disse isso, ele morreu” (Atos 7. 58-60).
É
interessante perceber que mesmo em meio a este sofrimento horrível, Estêvão
sabia que não importava o que seus inimigos fizessem a ele, pois Jesus já havia
preparado um lugar para ele. E este lugar, onde tanto se firmou Santo Estêvão,
foi manifestado a ele, ainda que de forma breve, em seus últimos momentos de
vida na terra. Enfrentando uma morte sangrenta e dolorosa por apedrejamento,
Santo Estêvão, “cheio do Espírito Santo,
olhou firmemente para o céu e viu a glória de Deus. E viu também Jesus em pé,
ao lado direito de Deus” (Atos 7. 55). Por causa dessa “gota do
paraíso” (usando uma expressão de C. S. Lewis), Santo Estêvão pôde deixar mais
um belo testemunho antes de fechar os seus olhos para este mundo e abri-los
novamente junto ao Senhor, no Céu: “Eu
estou vendo o céu aberto e o Filho do homem em pé, ao lado direito de Deus”
(Atos 7. 56).
Ainda
hoje, podemos seguir o exemplo de Santo Estêvão, e mantermos os nossos olhos e
nossa confiança fixos e firmados neste Céu que se abre para nós através de
janelas graciosas: O Santo Batismo, a Palavra de Deus e a Ceia do Senhor –
nestas “janelas dos céus” (meios da Graça de Deus), nós podemos ver a glória de
Deus, e em Cristo sermos perdoados, consolados e fortalecidos da mesma forma
que Santo Estêvão o foi, mesmo que estejamos passando pelos mais sangrentos e
horríveis sofrimentos. Além disso, podemos continuar fazendo coro as suas
palavras e ao seu testemunho, e quando chegar nossa hora derradeira, confessar
como fez este Mártir da Fé Cristã: “Senhor
Jesus, recebe o meu espírito!”
Rev.
Helvécio José Batista Júnior
Ministro
do SENHOR nas Igrejas “Bom Pastor” e “Cristo Rei”
Cariacica/ES
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