Retrato de Martin Chemnitz na igreja St. Martini em Braunschweig, Alemanha. Foto © Paul T. McCain. Todos os direitos reservados. |
“Si Martinus non fuisset, Martinus vix stetisset”. Era assim que os teólogos romanos descreviam Martin Chemnitz. Ou seja, “se o Martinho (Chemmnitz) não tivesse vindo, Martinho (Lutero) não teria ficado”. Inclusive, uma das melhores biografias de Chemnitz, escrita pelo Dr. J.A.O. Preus, intitula-se “The Second Martin” (O Segundo Martinho).
A imagem que retrata Chemmnitz neste post foi pintada logo após a morte de Chemnitz, e está exposta num quadro que fica à direita do altar da igreja St. Martini em Braunschweig, na Alemanha, onde Chemnitz atuou como Superintendente, ou “Supervisor” das congregações, pastores e outros obreiros da igreja em Braunschweig. Além de ser pastor e exercer funções de administração da igreja, Chemnitz era um autor prolífico.
Chemnitz combinava um intelecto penetrante e conhecimento quase enciclopédico das Escritura e dos Pais da Igreja com um amor verdadeiro pela igreja. Quando várias divergências doutrinárias eclodiram depois da morte de Lutero, em 1546, Chemnitz dedicou-se à restauração da unidade na Igreja Luterana. Foi o principal autor da Fórmula de Concórdia de 1577, que estabeleceu as disputas doutrinárias sobre a base das Escrituras e conseguiu restaurar em grande parte a unidade entre os luteranos.
Chemnitz também escreceu “Examen Concilii Tridentini” [Exame do Concílio de Trento] (1565-1573), no qual ele submete rigorosamente os ensinamentos deste Concílio ao juízo da Escritura e dos Pais da Igreja antiga. O Exame tornou-se a resposta luterana definitiva ao Concílio de Trento, bem como uma exposição completa da fé da Confissão de Augsburgo.
Sendo um teólogo e pastor, Chemnitz foi um verdadeiro presente de Deus para a Igreja.
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