Profetas do Antigo Testamento e santos do Novo Testamento na predela do Retábulo de San Domenico (ca. 1423-4), de Fra Angelico (ca. 1395-1455) |
Uma nota introdutória do Artigo XXI da Confissão de Augsburgo afirma: “A Igreja Primitiva desenvolveu um apreço por aqueles que confessaram e, por vezes, morreram por sua fé. No entanto, a corrupção profunda desenvolveu-se dentro da Igreja com relação à honra dada aos santos, resultando no que só pode ser descrito como adoração idólatra. Aqueles que vieram antes de nós na fé devem ser honrados, lembrados, e imitados de acordo com nossos diversos postos e chamados na vida. Isso é claro. No entanto, é claramente contrário às Escrituras ensinar que os santos estão aí para serem buscados e invocados para ajudar. Simplesmente não há mandamento, não há exemplo e nenhuma promessa na Bíblia indicando que devemos orar aos nossos irmãos e irmãs que partiram em Cristo”.
Portanto, o Dia de Todos os Santos não é um remanescente medieval romano que luteranos esqueceram de erradicar, mas é um dia santo no qual lembramos que estamos rodeados por uma “tão grande nuvem de testemunhas” (Hb 12.1), os fiéis em Cristo aqui na terra e acima no céu, encorajando e ajudando-nos a perseverar na fé cristã. [Rev. Wilhelm Torgerson, em Concordia Pulpit Resources, Volume 22, Part 4, Series B]
Cor litúrgica: Branca
Leituras: Salmo 149; Apocalipse 7.(2-8) 9-17; 1 João 3.1-3; Mateus 5.1-12
Coleta: Todo-poderoso e eterno Deus, que uniste o teu povo fiel de todos os tempos e lugares em uma santa comunhão, o corpo místico de teu Filho Jesus Cristo, concede que possamos seguir teus santos abençoados em sua maneira virtuosa e cristã de viver, a fim de que, junto com eles, possamos alcançar as incontáveis alegrias que preparaste para aqueles que de amam; através de Jesus Cristo, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.
Em observância ao Dia de Todos os Santos, transcrevemos o hino "For all the saints who from their labors rest" escrito por William W. How em 1864 para o hinário "Hymns for Saint’s Days, and Other Hymns". A tradução para o português é de Theodor Reuter (1947) e encontra-se no Hinário Luterano sob o número 297:
Rendemos glória ao nome de Jesus
por todos os que estão na eterna luz,
aqui, porém, levaram sua cruz.
Aleluia, Aleluia!
Tu, Cristo, foste a sua salvação,
a sua luz na densa escuridão
e, no combate, a sua proteção.
Aleluia, Aleluia!
Os crentes todos queiram pelejar
como os teus santos e, afinal, ganhar
o prêmio eterno, o galardão sem par.
Aleluia, Aleluia!
Oh! comunhão bendita e divinal:
Nós, fracos — eles, em poder real,
mas todos teus, triunfando contra o mal.
Aleluia, Aleluia!
Dourada tarde, no oeste a reluzir,
promete ao combatente o refulgir
da doce aurora no eternal porvir.
Aleluia, Aleluia!
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