“Jeremias Lamentando a Destruição de Jerusalém” (1630), Rembrandt Harmenszoon van Rijn (1606-1669) |
Em primeiro lugar, a terra estava cheia de vícios e idolatria. [...] Em segundo lugar, ele também prediz a iminente punição, a saber, a destruição de Jerusalém e de toda a terra, o cativeiro babilônico e, assim como, também, a punição de todos os pagãos. E, no entanto, lado a lado com isso, ele consola e promete, para um certo tempo determinado, depois de passada essa punição, a libertação e o retorno à terra e a Jerusalém, etc. E essa passagem é a mais importante em Jeremias, pois por causa disso Jeremias foi constituído, como bem indica no capítulo 1[.11,13], a visão da vara desperta e das panelas ferventes vindas do norte. [...] Em terceiro lugar, ele também faz como outros profetas e profetiza acerca de Cristo e seu Reino, especialmente, nos capítulos 23 e 31. Ali, ele profetiza com muita clareza sobre a pessoa de Cristo, sobre seu Reino, sobre o Novo Testamento e sobre o fim do Antigo Testamento. [...]De fato, também esta é uma época má e miserável, e ainda pior do que o tempo de Jeremias. [...] Cristo, porém, saberá preservar os seus. E por causa deles que ele deixa brilhar sua Palavra em nossa época vergonhosa, assim como na Babilônia ele sustentou Daniel e os que eram iguais a ele, por cuja causa a profecia de Jeremias tinha de brilhar. Ao mesmo SENHOR amado seja o louvor e a gratidão, junto com o Pai e o Espírito Santo, um único Deus sobre todas as coisas e na eternidade. AMÉM.
-- Bem-aventurado Martinho Lutero (1483-1546), doutor e reformador da igreja (Prefácio ao Profeta Jeremias, OSel 8, 50-52)
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