“A Parábola do Grande Banquete”, de Cornelis Droochsloot (1630–1674) |
“Quando chegou a hora da ceia, mandou o seu empregado dizer aos convidados: “Venham, que tudo já está pronto!” — Mas eles, um por um, começaram a dar desculpas.” (São Lucas 14.17-18a)
Se você, estimado amigo, não vê razão ou necessidade de participar do sacramento (da santa ceia), não seria essa frieza e falta de vontade de participar um mal e uma necessidade grande que chega? Que é isso senão frieza e falta de vontade de crer, agradecer e meditar sobre seu querido Salvador e todos os benefícios que ele conseguiu para você por meio de seu amargo sofrimento, resgatando-o do pecado, da morte e do diabo, e dando-lhe justiça, vida e salvação? De que maneira, pergunto, você espera acabar com essa frieza e vencer essa falta de vontade? Como espera ativar sua fé? Como pensa que vai estimular-se a dar graças? Quer esperar que isso lhe sobrevenha automaticamente ou até que o diabo lhe dê uma chance? Isso não vai acontecer nunca. Aqui, ao sacramento é que você precisa encostar e apegar-se. Ele é fogo capaz de incendiar os corações. É em face do sacramento que deve pensar em suas necessidades e sede, ouvir e crer nos benefícios de seu Salvador. Então ficará aliviado seu coração, e seus pensamentos serão outros.
- Homilia do bem-aventurado Martinho Lutero (1483-1546), doutor e reformador da igreja.
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