13/06/2013

Miqueias 7.18-20 - Terceiro Domingo após Trindade

Descida de Cristo ao Inferno, Saltério do séc. XIII

Cristo nos libertou, não de uma servidão humana, mas da ira eterna. Onde? Na consciência. Aqui, nossa liberdade tem que ficar e ela não vai além disso. Pois Cristo nos libertou em sentido teológico e espiritual, isto é, ele nos libertou de modo que nossa consciência está livre, é feliz e não teme a ira vindoura. essa é a verdadeira liberdade que jamais alguém pode valorizar tanto quanto deveria. Pois quem tem palavras suficientes para exprimir algo tão grandioso assim: a pessoa tem certeza de que Deus não está irado com ela, sim, jamais voltará a ficar irado; que Deus é e quer ser para sempre um Pai gracioso e misericordioso por causa de Cristo. Esse é, da fato, uma gloriosa e incompreensível liberdade, que o majestoso Deus seja gracioso com alguém.
Disso resulta uma outra liberdade, a saber: por meio de Cristo somos libertos da lei, do pecado, da morte, do poder do diabo e do inferno. Pois assim como a ira de Deus não nos pode amedrontar, pois dela fomos libertos por Cristo, também a lei e o pecado não nos podem acusar nem condenar.

-- Bem-aventurado Martinho Lutero (1483-1546), doutor e reformador da igreja.

Nenhum comentário:

Postar um comentário