02/11/2013

Dia de Finados e o cuidado dos mortos

“O Sepultamento de Cristo” (1559), Tiziano Vecelli (1490–1576)
No lugar onde Jesus fora crucificado, havia um jardim e, neste, um sepulcro novo, no qual ninguém tinha sido ainda posto. Ali, pois, por causa da preparação dos judeus e, por estar perto o túmulo, depositaram o corpo de Jesus”. (João 19. 41s.)
Este é um grande serviço: tomam conta do corpo de Jesus sem vida e não temem o poder de Pilatos. Vão e fecham o sepulcro. Cristo descansa, Deus tem de agir. Assim foi o sepultamento de Jesus.
Deus, nosso Senhor, certamente permite que se honrem os mortos e não simplesmente se joguem fora como se faz com os cachorros. Porque o corpo cuja alma se fundamenta na palavra de Deus terá de ressuscitar. Porque vivemos não só de pão, mas de toda a palavra de Deus. Nisso baseia-se a ressurreição.
Agora, não devemos nos esquecer disto: Todas as mulheres, sim, todos os apóstolos duvidaram de Cristo e ninguém acreditou que ele ressuscitaria. É o que também disseram aqueles dois que estavam a caminho de Emaús. Pois, se tivessem tido alguma esperança, não o teriam embalsamado e deitado num sepulcro. E se isso tivesse sido obra humana, Deus não o teria feito e na Escritura esse dia também não teria chamado o grande dia. Este artigo é muito mais grandioso do que o primeiro, que diz que Deus criou os céus e a terra. E, também, ninguém pode ser salvo a menos que creia que Deus ressuscitou Jesus Cristo. Esta fé não é obra humana, mas é operada por Deus, como Paulo e as Escrituras repetidas vezes afirmam.
Agora, aquela palavra sobre seu domínio precisa se cumprir.

-- Bem-aventurado Martinho Lutero (1483-1546), doutor e reformador da igreja.

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