28/04/2020

A doutrina do Ministério nas Confissões Luteranas


Os pastores luteranos são chamados para estarem sempre prontos para aplicar o bálsamo do sangue de Cristo às consciências doloridas e às mentes aflitas. Eles são chamados e encarregados de aplicar o poder curador e restaurador da vida do evangelho de Jesus Cristo, às pessoas cujas vidas foram quebrantadas pela proclamação e pelo impacto da lei de Deus. As tentações se levantam de todos os lados, convidando os pastores, no final do século XX, a abandonar o modelo de ministério que os autores do Livro de Concórdia estabeleceram. O mundo tenta o pastor a entrar no seu jogo, servindo como gerente de negócios, como diretor social, como “terapeuta mais barato” da cidade. Dentro da igreja surgem tentações de organizar, instituir e usar o poder no mesmo estilo do mundo. Inevitavelmente, a lei deve governar as relações das pessoas dentro da vida institucional da igreja. Mas os pastores devem lembrar que seu chamado tem a ver com o evangelho. Quaisquer que sejam os outros deveres que pastores devam ou possam assumir, seu povo conta com eles para fazer o que Deus designou para ser feito através do seu chamado: “pregar o evangelho, perdoar pecados, julgar doutrina e rejeitar a doutrina que for contrária ao evangelho, excluir da congregação cristã os ímpios cuja vida ímpia seja manifesta, sem o uso de poder humano, exclusivamente pela palavra de Deus.” (Confissão de Augsburgo 28:21, Texto alemão).

Robert Kolb é professor emérito de Teologia Sistemática no Seminário Concórdia de St. Louis (EUA).

Fonte: Robert Kolb. The Doctrine of Ministry in Martin Luther and the Lutheran Confessions. In: Todd W. Nichol, Marc Kolden (Ed.). Called and Ordained: Lutheran Perspectives on the Office of the Ministry. Eugene: Wipf and Stock Publishers, 2004. pág. 64.

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