21/04/2020

Anselmo de Cantuária, Teólogo (21 de abril)


“A misericórdia de Deus, que te parecia negada quando aprofundávamos a justiça divina e o pecado do homem, reencontramo-la agora tão grande e tão harmonizada com a justiça, que não se a pode pensar maior e mais justa.

De fato, qual conduta pode ser mais misericordiosa do que aquela do Pai que diz ao pecador condenado a tormentos eternos e privado do que poderia salvá-lo: “Toma o meu Unigênito e oferece-o por ti”; enquanto o Filho, por sua vez, lhe diz: “Toma-me e salva-te”?

É isso que eles nos dizem quando nos chamam e atraem à fé Cristã.

Que coisa, de fato, mais justa da parte daquele a quem é dado um pagamento maior que todo débito, senão que ele perdoou todo débito, posto que o dom lhe seja dado com os sentimentos devidos?”

- Anselmo de Cantuária (1033-1109), Cur Deus homo (Por que Deus se fez homem?), cap. 20.

Fonte: Paul Gilbert. Introdução à Teologia Medieval. São Paulo: Loyola, 1999. pág. 85

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