Vítor Westhelle |
Na entrevista a seguir, concedida à IHU On-Line por e-mail, o teólogo ressalta que, para os protestantes, “Cristo é o da cruz e do sofrimento, bem como da ressurreição. A tentação é sempre passar de lado ou por cima da cruz e evitar o labor do luto para celebrar uma ressurreição de um corpo desencarnado”. E acrescenta: “Esta talvez seja a ‘cruz’ que a Reforma tenha de carregar desde que a noção de prosperidade começou a ser difundida pelos pioneiros puritanos na América do Norte, como magistralmente mostrou Max Weber no seu clássico A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo”.
Quase 500 anos depois da Reforma, Westhelle acentua que permanece entre os protestantes uma “atitude que dá vazão à liberdade”. E acrescenta: “As fixações das 95 teses de Lutero e suas iconografias apenas indicam um evento que nos faz rememorar que um ato de liberdade é possível. Não se trata de fantasmas de halloween, mas da presença encarnada de Deus, em todos os lugares e em todos os tempos”.
Vítor Westhelle é graduado em Teologia pela Escola Superior de Teologia – EST, de São Leopoldo, e mestre e doutor em Teologia pela Escola Luterana de Teologia de Chicago. De seus vários livros publicados, citamos O Deus Escandaloso. O uso e abuso da cruz (São Leopoldo: Editora Sinodal, 2008).
Confira a entrevista.
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