Em sua busca interior, Martinho Lutero indagou a si mesmo: "Como posso encontrar um Deus misericordioso?" ou, em outras palavras: "O que devo fazer para Deus me aceitar no céu?" A resposta que Lutero encontrou e anunciou é: Nada posso fazer! Somente por meio da graça de Cristo, somente por meio da Palavra de Deus, somente por meio da fé no Deus Trino sou salvo para a vida eterna.
Por isso, Lutero não ficou indiferente às falsas promessas de salvação oferecidas no comércio de indulgências. Na tentativa de despertar um debate e correção da prática abusiva, Lutero afixou 95 Teses na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg em 31 de outubro de 1517. Foi o estopim de um verdadeiro movimento de Reforma. A palavra Reforma (do latim “reformatio”: restauração, renovação) expressa o desejo original de uma renovação da Igreja, não de cisma ou separação.
Lutero e seus colegas queriam que a Igreja retornasse à mensagem bíblica. Eles não eram pessoas perfeitas, mas com firmeza, corajosa defesa da fé e perguntas sinceras sobre Deus, moldaram profundamente a história. Em apenas 40 anos o movimento se alastrou por toda a Europa. Para muitos historiadores, a Reforma marca o fim da Idade Média e o início da Era Moderna. O Dia da Reforma é uma oportunidade não apenas para relembrar as tradições sobre as quais a nossa confissão se fundamenta, mas também para questionar os problemas atuais que ainda persistem na cristandade e ofuscam o verdadeiro evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo.
 
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