29/06/2018

29 de junho - São Pedro e São Paulo, Apóstolos



Cor litúrgica: Vermelha

† Atos 15.1-12 (13-21)
† Salmo 46 (antífona v. 11)
† Gálatas 2.1-10
† Mateus 16.13-19


A festa de São Pedro e São Paulo é, provavelmente, a mais antiga das observâncias dos santos (datando de meados do séc. III). Uma antiga tradição assegura que estas duas colunas da Igreja do Novo Testamento foram martirizados no mesmo dia, em Roma, durante a perseguição de Nero. Além desta comemoração conjunta de seus martírios, ambos os apóstolos são comemorados separadamente: Pedro em 18 de janeiro, por sua confissão de Jesus como o Cristo (Mt 16.13-16) e Paulo em 25 de janeiro, por sua conversão (At 9.1-19).

O Novo Testamento nos fala muito sobre os dois apóstolos. Pedro esteve com Jesus desde o início de seu ministério e serviu como líder entre os discípulos. Apesar de sua fé inabalável, as Escrituras também registram alguns de seus fracassos, como a sua repreensão a Jesus (Mt 16.21-23) e a negação de seu Senhor por três vezes (Mt 26.69-75). Após a ascensão de Jesus, Pedro continuou como líder na Igreja (At 1.15, 2.14, 15.7).

Paulo, um judeu piedoso, também conhecido como Saulo, entrou em cena como um perseguidor da Igreja. Depois de sua milagrosa conversão, na qual o próprio Cristo ressuscitado lhe apareceu, Paulo tornou-se um grande pregador da graça de Deus. Durante suas três viagens missionárias (At 13-14; 16-18; 18-21), Paulo viajou por toda a atual Turquia e Grécia. O relato de sua vida no Novo Testamento termina com Paulo em prisão domiciliar em Roma (At 28.16), embora a tradição sustente que ele foi para a Espanha, antes de regressar a Roma.

ORAÇÃO DO DIA:

Misericordioso e eterno Deus, teus Santos Apóstolos Pedro e Paulo receberam graça e vigor para sacrificar suas vidas por amor de teu Filho. Fortalece-nos pelo teu Espírito Santo para que possamos confessar tua verdade e estarmos sempre prontos a dar a vida por aquele que deu a sua vida por nós, o mesmo Jesus Cristo, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre.

Fonte: Treasury of Daily Prayer (St. Louis: Concordia Publishing House, 2008. p. 476)

28/06/2018

28 de junho - Irineu de Lyon, Pastor


Irineu (c. 130-200 d. C.) nasceu em Esmirna (atual İzmir, Turquia), estudou em Roma e mais tarde tornou-se pastor em Lyon, na França. Por volta do ano 177, quando Irineu estava fora da cidade, uma perseguição feroz aos cristãos levou ao martírio de seu bispo. Após o retorno de Irineu, ele se tornou o bispo de Lyon. Entre seus escritos mais notáveis está uma obra condenando heresias, principalmente o gnosticismo, que negava a bondade da criação. Em oposição, Irineu confessou que Deus redimiu a sua criação através da encarnação do Filho. Irineu também ratificou os ensinos das Escrituras como sendo normativos para a Igreja.

ORAÇÃO DO DIA:

Deus Todo-poderoso, tu sustentaste teu servo Irineu com força para confessar a verdade contra todo vento de vã doutrina. Por tua misericórdia, mantêm-nos firmes na fé verdadeira, para que caminhemos fielmente em paz no caminho que conduz à vida eterna; mediante Jesus Cristo, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre.

Fonte: Treasury of Daily Prayer (St. Louis: Concordia Publishing House, 2008. p. 472)

27/06/2018

27 de junho - Cirilo de Alexandria, Pastor e Confessor


Cirilo (c. 376-444) tornou-se bispo de Alexandria, no Egito, em 412. Ao longo de seu ministério, defendeu uma série de doutrinas ortodoxas, entre elas o ensinamento de que Maria, a mãe de Jesus, “acertadamente é chamada Mãe de Deus e verdadeiramente o é” (Fórmula de Concórdia, Epítome VIII, 12), sendo corretamente denominada “Theotokos”, a “portadora de Deus”. Em 431 o Concílio de Éfeso afirmou este ensino de que o Filho de Maria é também verdadeiro Deus. Os escritos de Cirilo sobre as doutrinas da Trindade e da pessoa de Cristo revelam que ele é um dos teólogos mais competentes de seu tempo. A Cristologia de Cirilo influenciou concílios posteriores e constituiu uma fonte primária para os escritos confessionais luteranos.

ORAÇÃO DO DIA:


Pai Celestial, teu servo Cirilo proclamou firmemente teu Filho, Jesus Cristo, como sendo um, totalmente Deus e totalmente homem. Por tua infinita misericórdia, mantêm-nos constantes na fé e na adoração de teu Filho, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre.

Fonte: Treasury of Daily Prayer (St. Louis: Concordia Publishing House, 2008. p. 469)

26/06/2018

Comemoração de Jeremias - 26 de junho

"Jeremias sobre as ruínas de Jerusalém" (1844), Horace Vernet  (1789–1863)
O profeta Jeremias era filho de Hilquias, um dos sacerdotes da cidade de Anatote, no território da tribo de Benjamim e atuou como profeta de Deus no reino de Judá, por volta de 627 a 582 a. C. Como profeta previu, testemunhou e presenciou o cerco babilônico e possivelmente a destruição de Jerusalém em 587 a. C. Em sua pregação, frequentemente utilizava símbolos, como um galho de amendoeira (Jeremias 1.11-14), jarra de vinho (13.12-14) e um oleiro trabalhando (18.1-17). Todo o seu ministério profético era um sermão, comunicando através de palavras e atos a ira de Deus para com seu povo rebelde. Jeremias sofreu repetida rejeição e perseguição de seus compatriotas, mas sabendo que a força de Deus estava consigo, expressava-se livremente e com firmeza. Reis o encarceraram, o flagelaram, ameaçavam-no de morte constantemente e queimavam seus escritos. Mas Deus o fortaleceu e o impulsionou a seguir pregando até seus últimos dias. Até onde se pode saber, Jeremias morreu no Egito, pra onde fora levado à força. Ele é lembrado e honrado pelo destemido chamado do povo de Deus ao arrependimento.

ORAÇÃO DO DIA:

Senhor Deus, Pai Celestial, por intermédio do profeta Jeremias, tu continuaste o modelo profético de ensinar seu povo na verdadeira fé e a demonstrar através dos milagres a tua presença na criação para curá-la de sua fragilidade. Concede que tua Igreja possa ver em teu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, o profeta dos últimos tempos cujos ensinamentos e milagres continuam na tua Igreja através da medicina curativa do Evangelho e dos Sacramentos, através de Jesus Cristo, nosso Senhor.

Fonte: Treasury of Daily Prayer (St. Louis: Concordia Publishing House, 2008. p. 466)

25/06/2018

25 de Junho - Apresentação da Confissão de Augsburgo




Introdução:

            Em 25 de Junho de 1530, os Luteranos – liderados por Filipe Melanchton, amigo e colaborador de Lutero – apresentaram na cidade de Augsburgo, na Alemanha, diante do imperador Carlos V, a sua confissão de Fé. Esta se tornou conhecida como Confissão de Augsburgo que, por apresentar as verdades fundamentais da Fé Cristã, não se coloca como um credo particular dos Luteranos, mas uma confissão de Fé de todos os cristãos, em que através dos seus artigos ensina que somos salvos pela Graça de Deus (Sola Gratia), mediante a Fé (Sola Fide), conforme a Sagrada Escritura (Sola Scriptura). Esta confissão, juntamente com os Credos ecumênicos e outros escritos confessionais do século XVI foram reunidos no Livro de Concórdia de 1580 – a exposição correta das Sagradas Escrituras, aquilo que como cristãos, cremos, ensinamos e confessamos.


Resumo dos principais Artigos da primeira parte:

            “Em primeiro lugar, ensina-se que há uma só essência divina, que é chamada Deus e verdadeiramente é Deus (Dt 6.4). E, todavia, há três pessoas nesta única essência divina: Pai e Filho e Espírito Santo (Mt 28.19), todas três uma única essência, eterna, indivisa, de incomensurável poder, sabedoria e bondade” (CA I).

            “Ensina-se, outrossim, que depois da queda de Adão, todos os homens naturalmente nascidos são concebidos e nascidos em pecado (Sl 51.5). Este pecado condena eternamente a quantos não renascem (Jo 3.3-6) pelo Batismo e pelo Espírito Santo” (CA II).

            “Ensina-se, também, que o Filho se fez homem, nascido da Virgem Maria (Is 7.14), e que as duas naturezas, divina e humana, inseparavelmente unidas em uma única pessoa, são um só Cristo (Lc 1.39-43), que é verdadeiro Deus e verdadeiro homem” (CA III).

            “Ensina-se, ainda, que não podemos alcançar Perdão e Justiça diante de Deus por mérito ou obra nossos (Rm 3.10-12), porém, recebemos perdão dos pecados e nos tornamos justos pela Graça (Ef 2.8-9), por causa de Cristo, mediante a Fé” (CA IV).

            “Para recebermos essa Fé, instituiu Deus o Ofício da Pregação (Jo 20.21-23, Rm 10.14-15), dando-nos o Evangelho e os Sacramentos (1Co 4.1), pelos quais, como por meios, dá o seu Espírito, que opera a Fé” (CA V).

            “Ensina-se também que sempre haverá e permanecerá uma única santa Igreja Cristã (Mt 16.16-18), que é a congregação de todos os crentes (Ef 4.5), entre os quais o Evangelho é pregado puramente e os Sacramentos administrados de acordo com o Evangelho” (CA VII, VIII).

            “Do batismo se ensina que é necessário (1Pe 3. 18-21) pois oferece Graça (Tt 3. 4-7); que também se devem batizar as crianças (At 2. 38-39), as quais, são entregues a Deus e a ele se tornam agradáveis” (CA IX).

            “Da Ceia do Senhor se ensina que o verdadeiro Corpo e o verdadeiro Sangue de Cristo estão verdadeiramente presentes na Ceia (Mt 26. 26-28) sob o pão e do vinho (1Co 11. 20-26) e são nela distribuídos e recebidos” (CA X).

            “Da Confissão se ensina que se deve conservar a Absolvição Particular, não a deixando cair em desuso na Igreja (Tg 5.16), ainda que nela seja desnecessário enumerar (Sl 19.12) todos os pecados. Mas que estimule o arrependimento e se receba o perdão” (CA XI e XII).

            “Ensina-se, ainda, que os Sacramentos foram instituídos para serem sinais e testemunhos da vontade divina para conosco, com o fim de que, por eles, se desperte e fortaleça a nossa Fé (Mc 16.16, Mt 26.28, Mt 16.19). Assim, se ensina que, sem chamado regular (2Co 5.20), ninguém deve publicamente ensinar ou pregar ou administrar os Sacramentos na Igreja” (CA XIII e XIV).

            “Ensina-se, também, que toda autoridade no mundo e todos os governos e leis ordenados são boas, criadas e instituídas por Deus (Rm 13. 1-7), e que cristãos podem, sem pecado, ocupar o cargo de autoridade. Por isso, os cristãos têm o dever de estar sujeitos à autoridade (1Tm 2. 1-2) obedecer (At 5.29) em tudo o que não envolva pecado” (CA XVI).

            “Também se ensina que Cristo voltará no último dia para julgar (Mt 25. 31-34), e ressuscitará todos os mortos (Jo 5. 28-29), dará aos crentes vida eterna, e condenará os descrentes ao castigo eternos” (CA XVII).

            “Ensina-se, além disso, que o homem tem, até certo ponto, livre arbítrio para viver exteriormente de maneira honesta e escolher entre aquilo que a razão compreende (1Co 2.14). Todavia, sem a Graça e o auxílio do Espírito Santo (Jo 6.44), o homem é incapaz de temer a Deus de coração, ou crer (2Co 3. 4-6), ou expulsar de si mesmo as más concupiscências inatas” (CA XVIII).

            “Sobre os santos (Sl 149), se ensina que devemos lembrar-nos deles (Hb 13.7), para fortalecer a nossa Fé ao vermos como receberam Graça e foram ajudados pela Fé (Hb 12. 1-2); e, também tomemos exemplo de suas obras. Entretanto, não se prova pela Escritura (1Tm 2. 3-6) que se devem invoca-los ou procurar auxílio junto a eles” (CA XXI).


Conclusão:

            Este é o resumo do que é ensinado em nossas Igrejas para instrução na Palavra de Deus e consolo e vida dos fiéis. Por isso, tudo o que cremos, ensinamos e confessamos está fundamentado na Escritura e não se opõe a Igreja Cristo de todos os tempos. Desse modo, os confessores luteranos, testemunharam sua Fé não como uma nova seita ou uma igreja separatista, mas, como a una, sancta e apostólica Igreja Cristã.

            Continuemos hoje, a preservar as verdades da Escritura em nossa vida e em nossas congregações, tendo a certeza que mesmo diante dos ataques e tentações do mundo, do diabo e de nossa própria carne, “a Palavra do SENHOR permanece para sempre” (Is 40.3).


Rev. Helvécio José Batista Júnior
Ministro do Senhor nas Igrejas Luteranas "Bom Pastor" e "Cristo Rei" em Cariacica/ES

11/06/2018

Festa de São Barnabé, Apóstolo - 11 de junho

Gravura do martírio de São Barnabé.

Cor litúrgica: Vermelha


† Isaías 42.5-12
† Salmo 112 (antífona v. 1)
† Atos 11.19-30; 13.1-3
† Marcos 6.7-13


São Barnabé foi um levita natural de Chipre que vendeu um campo que possuía e deu o dinheiro para a comunidade cristã primitiva em Jerusalém (At 4.36-37). São Paulo nos conta que ele era primo de João Marcos (Cl 4.10). Barnabé foi enviado pela Igreja de Jerusalém para supervisionar a jovem Igreja em Antioquia (At 11.22). De lá, ele foi para Tarso e trouxe Paulo a Antioquia para auxiliá-lo (At 11.25-26). Foi esta Igreja em Antioquia que comissionou e enviou Barnabé e Paulo na primeira viagem missionária (At 13.2-3). No entanto, quando iriam partir na segunda viagem missionária, Barnabé e Paulo discordaram com relação à ideia de levar João Marcos. Barnabé tomou a Marcos e seguiu para Chipre; Paulo tomou a Silas e seguiu para o norte através da Síria e da Cilícia (At 15.36-41). Nada mais sabemos sobre as atividades de Barnabé, a não ser que aparentemente era conhecido dos Coríntios (1 Co 9.6). A tradição conta que Barnabé morreu como um mártir em Chipre por apedrejamento no ano 61 d.C.

ORAÇÃO DO DIA:

Todo-poderoso Deus, teu servo fiel Barnabé não procurou sua própria fama, mas dedicou generosamente sua vida e propriedade para o encorajamento dos apóstolos e do ministério deles. Concede que possamos seguir seu exemplo com vidas dedicadas à caridade e à proclamação do Evangelho; através de teu Filho, Jesus Cristo, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre.

Fonte: Treasury of Daily Prayer (St. Louis: Concordia Publishing House, 2008. p. 422)

Barnabé, Homem de Deus



No dia 11 de junho a cristandade lembra o apóstolo Barnabé. Ele nos é apresentado na Bíblia, da seguinte forma:

"José, a quem os apóstolos chamavam de Barnabé, que quer dizer filho da consolação, um levita natural de Chipre, vendeu um campo que possuía, trouxe o dinheiro e o depositou aos pés dos apóstolos." (Atos 4.36-37).

"... enviaram Barnabé até Antioquia. Quando ele chegou e viu a graça de Deus, ficou muito alegre. E exortava todos a que, com firmeza de coração, permanecessem no Senhor. Porque era homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé. E muita gente se uniu ao Senhor. Depois Barnabé foi a Tarso à procura de Saulo. E, quando o encontrou, levou-o para Antioquia. E, durante um ano inteiro, se reuniram naquela igreja e ensinaram numerosa multidão. Em Antioquia, os discípulos foram, pela primeira vez, chamados de cristãos. (Atos 11.22-26)

Em 1985, o talentoso músico e compositor Guilherme Kerr Neto lançou o álbum Vento Livre, com a música "Barnabé, Homem de Deus". Com letra do próprio Guilherme e música de Jorge Rehder, a canção que conta a história do apóstolo Barnabé também foi incluída no Hinário para o Culto Cristão (JUERP) com o número 496.

Guilherme Kerr também foi integrante do grupo musical Vencedores Por Cristo, que marcou toda uma geração na década de 80, com músicas cristãs verdadeiramente inspiradas na Palavra de Deus.


Barnabé, Homem de Deus

1. Não fica bem a gente passar bem e o outro carestia,
ainda mais quando se sabe o que fazer e não se faz.
Como fruto do amor de Cristo,
Fruto do seu compromisso,
vendeu um homem o que tinha e repartiu.

Era o seu nome Barnabé, natural de Chipre,
Também chamado de José da Consolação,
Homem bom e piedoso, cheio de temor e fé,
Homem de Deus.

2. E quando Saulo converteu-se à Cristo lhe faltou amigo,
alguém que fosse companheiro, fonte de consolo e abrigo.
Como fruto do amor de Cristo,
fruto do seu compromisso,
Foi um homem procurá-lo, dando-lhe a mão.

3. E quando a igreja se espalhou por todo canto que havia,
por providência, sim, por mão de Deus chegou à Antioquia.
Precisando de um pastor de almas,
mesmo de um pastor de homens,
foram procurar aquele que Deus preparou.

Letra: Guilherme Kerr Neto (1953 - ), 1985.
Música: Jorge Rehder (1956-2009), 1985.
Harmonização: Ralph Manuel (1951 - ), 1990.

06/06/2018

Bonifácio, apóstolo e missionário dos Povos Germânicos

Ontem, 5 de junho, a Igreja Luterana lembrou São Bonifácio em seu Calendário Santoral.

Seu nome de batismo era Winfrido, nascido por volta do ano 680, no Reino de Wessex (um dos sete reinos anglo-saxões no séc. VI). Por causa de sua intensa obra missionária que levou o Evangelho até o norte da Escandinávia, ficou conhecido como o “Apóstolo e Missionário dos Povos Germânicos”.

Uma das maiores façanhas no trabalho missionário de São Bonifácio ocorreu em 723, perto da atual cidade de Fritzlar, no norte de Hesse (Alemanha), quando ele cortou um carvalho sagrado dedicado a Thor (ou Donar, no alemão antigo), o deus nórdico e germânico do trovão.

"São Bonifácio Derrubando o Carvalho de Donar" (1861), Johann Michael Wittmer (1802-1880)

Árvores sagradas eram veneradas pelos povos germânicos pré-cristãos. Quando Bonifácio começou a golpear o carvalho, um forte vento ajudou a derrubar a árvore, como que milagrosamente. Visto que o missionário não fora atingido por um raio de Thor, os moradores concordaram que o Deus dos cristãos era supremo e foram batizados.

Num gesto simbólico, mas também prático, Bonifácio utilizou a madeira do grande carvalho na construção de uma capela dedicada a São Pedro Apóstolo.