Sexta-feira Santa, o segundo dia do Tríduo Pascal, é um dia de lembrança solene da crucificação e morte de Jesus.
"Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito!" (Lucas 23.46 NAA)
A Sexta-feira Santa é um dia de adoração, onde se permanece ao pé da cruz. A cor litúrgica é o preto. O altar da igreja permanece desnudado desde o culto da Quinta-feira Santa, mas também pode-se cobri-lo de preto, especialmente se o altar é muito ornamentado.
Há apenas o crucifixo no altar. Além disso, é costume nas igrejas luteranas escandinavas colocar no altar cinco rosas floridas para representar as chagas de Jesus e uma coroa de espinhos.
Os ofícios da igreja neste dia são calmos e reflexivos e normalmente são realizados sem o Sacramento do Altar. Geralmente os sinos da igreja não são tocados na Sexta-feira Santa, assim como o órgão e outros instrumentos musicais, sendo os hinos cantados sem acompanhamento.
Há diversos ofícios que são realizados durante a Sexta-feira Santa, lembrando a crucificação de Jesus:
ESTAÇÕES DA CRUZ: ofício devocional que consiste em 14 estações, cada uma representando um evento da Paixão de Jesus.
SETE PALAVRAS: ofício de meditação nas sete últimas palavras ditas por Cristo durante o tempo de sua crucificação.
TRE ORE: o ofício com homilias baseadas nas sete palavras é uma referência ao tempo em que Cristo esteve na cruz.
TENEBRAE: ofício geralmente realizado na noite da Sexta-feira Santa com apagamento gradual das luzes e velas.
Os luteranos tinham ainda muitos outros costumes que foram mudando com o passar do tempo. Na tradição luterana europeia a Sexta-feira Santa era um dia de profunda tristeza. Para os nascidos até a primeira metade do século XX, a Sexta-feira Santa era muitas vezes um dia de silêncio absoluto, todos ficavam em casa e visitas não eram permitidas. Também era proibido dar risada, brincar ou fazer barulho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário