02/09/2018

02 de Setembro - Dia de Santa Ana


          Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo!
          Diz a Palavra do SENHOR que “houve um homem de Ramataim-Zofim, da região montanhosa de Efraim, cujo nome era Elcana” (1Samuel 1.1). Ele tinha duas esposas: “uma se chamava Ana, e a outra se chama Penina. Penina tinha filhos; Ana, porém, não tinha” (1Samuel 1.2).
          Todos os anos esse homem ia da sua cidade para adorar e sacrificar ao SENHOR dos Exércitos, em Silo, onde os dois filhos de Eli eram sacerdotes do SENHOR” (1Samuel 1.3). “No dia em que Elcana oferecia o seu sacrifício, ele dava porções deste a Penina e a todos os seus filhos. A Ana, porém, dava uma porção dobrada, porque ele a amava, mesmo que o SENHOR a tivesse deixado estéril” (1Samuel 1. 4-5).
          Penina, no entanto, a “provocava incessantemente para a irritar” (1Samuel 1.6). E isto não aconteceu um ou duas vezes. Diz o texto bíblico que “todas as vezes que Ana ia à Casa do SENHOR, a outra a irritava. Por isso Ana se punha a chorar e não comia nada” (1Samuel 1.7).
          O sofrimento de Ana era inconsolável. E seu marido, percebendo toda aquela angústia e dor, lhe perguntou: “Ana, porque você está chorando? E por que não quer comer? E por que está tão triste? Será que eu não sou melhor para você do que dez filhos?” (1Samuel 1.8).
          Ana, com amargura em sua alma, orou ao SENHOR e chorou muito” (1Samuel 1.10). E ali, no Templo do SENHOR, ela fez um voto: “SENHOR dos Exércitos, se de fato olhares para a aflição da tua serva, e te lembrares de mim, e não te esqueceres da tua serva, e lhe deres um filho homem, eu o dedicarei ao SENHOR por todos os dias da sua vida” (1Samuel 1.11).
          Ana continuava a orar, e o sacerdote Eli, que também estava no Templo do SENHOR, “começou a observar o movimento dos lábios dela” (1Samuel 1.12). E Eli reparou que “os seus lábios se moviam, porém não se ouvia voz nenhuma. Por isso, Eli pensou que ela estava embriagada” (1Samuel 1.13). Porém, ele não sabia que Ana estava orando ao SENHOR em seu coração.
          O sacerdote, então, lhe perguntou: “Até quando você vai ficar embriagada? Trate de ficar longe do vinho!” (1Samuel 1.14). Porém Ana respondeu: “Não, meu senhor! Eu sou uma mulher angustiada de espírito. Não bebi vinho nem bebida forte. Apenas estava derramando a minha alma diante do SENHOR. Não pense que esta sua serva é ímpia. Eu estava orando assim até agora porque é grande a minha ansiedade e a minha aflição” (1Samuel 1. 15-16).
        Então o sacerdote Eli lhe disse: “Vá em paz, e que o Deus de Israel lhe conceda o que você pediu” (1Samuel 1.17). Ouvindo estas palavras, Ana respondeu: “Que eu possa encontrar favor aos seus olhos” (1Samuel 1.18). Então ela seguiu o seu caminho, comeu alguma coisa e o seu semblante já não era triste.
          Com o tempo, “o SENHOR se lembrou de Ana” (1Samuel 1.19). Ela ficou grávida e, passado o devido tempo, teve um filho, a quem pôs o nome de Samuel, pois dizia: “Do SENHOR o pedi” (1Samuel 1.20).
          Depois que o menino desmamou, Ana o levou à Casa do SENHOR, em Silo, o entregou ao sacerdote Eli, e lhe disse: “Meu senhor, tão certo como você vive, eu sou aquela mulher que esteve aqui ao seu lado, orando ao SENHOR. Era por este menino que eu orava, e o SENHOR Deus me concedeu o pedido que eu fiz. Por isso também o entrego ao SENHOR. Por todos os dias que viver, será dedicado ao SENHOR” (1Samuel 1. 26-28).
          Ana foi agraciada pelo SENHOR. Pois, por causa de sua infinita bondade e misericórdia, ele se lembrou da sua serva. E unicamente por amor, lhe concedeu o seu favor.
          Poderíamos dizer que a história de Ana seja uma grandiosa história de fervor na oração e devoção ao SENHOR. Sim, esta é uma história que também nos ensina a orar e confiar no SENHOR acima de todas as coisas. No entanto, como a própria Ana ora em seu cântico, sua história nos ensina que a Graça e a Misericórdia de Deus estão acima de todas as nossas impossibilidades, e por isso, somente no SENHOR existe verdadeira esperança para nossas aflições, verdadeiro refúgio diante das tribulações, verdadeira paz em meio a tanto dor e sofrimento, e verdadeira alegria mesmo quando a tristeza nos enlaça com toda a sua força.
          O nome “Ana” nos ajuda a perceber tudo isso, pois significa “Agraciada”. Ou seja, Ana é alguém que recebeu a Graça do SENHOR, que recebeu o Favor de Deus, e somente por ele, é perdoada, é amada, e é salva.
          Ana descreve todas essas coisas em seu cântico, onde entoa – como que numa prefiguração, o belíssimo Magnificat – o cântico da abençoada Virgem Maria.
          Ana orou assim: “O meu coração exulta no SENHOR. A minha força está exaltada no SENHOR. A minha boca se ri dos meus inimigos, porque me alegro na tua Salvação. Ninguém é santo como o SENHOR, porque não há outro além de ti, e não há rocha como o nosso Deus” (1Samuel 2. 1-2).
          Amém!
Rev. Helvécio José Batista Júnior
No dia de St. Ana, mãe do St. Profeta Samuel, 2018 AD
Ministro do SENHOR nas Igrejas Luteranas “Bom Pastor” e “Cristo Rei” em Cariacica/ES


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