Em
nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo!
Diz a Palavra do SENHOR que “houve um homem de Ramataim-Zofim, da região
montanhosa de Efraim, cujo nome era Elcana” (1Samuel
1.1). Ele tinha duas esposas: “uma se chamava Ana, e a outra se chama Penina. Penina tinha filhos;
Ana, porém, não tinha” (1Samuel 1.2).
“Todos
os anos esse homem ia da sua cidade para adorar e sacrificar ao SENHOR dos
Exércitos, em Silo, onde os dois filhos de Eli eram sacerdotes do SENHOR” (1Samuel
1.3). “No dia em que
Elcana oferecia o seu sacrifício, ele dava porções deste a Penina e a todos os
seus filhos. A Ana, porém, dava uma porção dobrada, porque ele a amava, mesmo
que o SENHOR a tivesse deixado estéril” (1Samuel
1. 4-5).
Penina, no entanto, a “provocava incessantemente para a irritar”
(1Samuel 1.6). E isto não aconteceu um ou
duas vezes. Diz o texto bíblico que “todas
as vezes que Ana ia à Casa do SENHOR, a outra a irritava. Por isso Ana se punha
a chorar e não comia nada” (1Samuel 1.7).
O sofrimento de Ana era inconsolável.
E seu marido, percebendo toda aquela angústia e dor, lhe perguntou: “Ana, porque você está chorando? E por que
não quer comer? E por que está tão triste? Será que eu não sou melhor para você
do que dez filhos?” (1Samuel 1.8).
“Ana,
com amargura em sua alma, orou ao SENHOR e chorou muito” (1Samuel
1.10). E ali, no Templo do SENHOR, ela fez um voto:
“SENHOR dos Exércitos, se de fato olhares
para a aflição da tua serva, e te lembrares de mim, e não te esqueceres da tua
serva, e lhe deres um filho homem, eu o dedicarei ao SENHOR por todos os dias
da sua vida” (1Samuel 1.11).
Ana continuava a orar, e o sacerdote
Eli, que também estava no Templo do SENHOR, “começou a observar o movimento dos lábios dela” (1Samuel
1.12). E Eli reparou que “os seus lábios se moviam, porém não se ouvia voz nenhuma. Por isso, Eli
pensou que ela estava embriagada” (1Samuel
1.13). Porém, ele não sabia que Ana estava orando
ao SENHOR em seu coração.
O sacerdote, então, lhe perguntou: “Até quando você vai ficar embriagada? Trate
de ficar longe do vinho!” (1Samuel 1.14).
Porém Ana respondeu: “Não, meu senhor! Eu
sou uma mulher angustiada de espírito. Não bebi vinho nem bebida forte. Apenas
estava derramando a minha alma diante do SENHOR. Não pense que esta sua serva é
ímpia. Eu estava orando assim até agora porque é grande a minha ansiedade e a
minha aflição” (1Samuel 1. 15-16).
Então o sacerdote Eli lhe disse: “Vá em paz, e que o Deus de Israel lhe
conceda o que você pediu” (1Samuel 1.17).
Ouvindo estas palavras, Ana respondeu: “Que
eu possa encontrar favor aos seus olhos” (1Samuel
1.18). Então ela seguiu o seu caminho, comeu alguma
coisa e o seu semblante já não era triste.
Com o tempo, “o SENHOR se lembrou de Ana” (1Samuel
1.19). Ela ficou grávida e, passado o devido tempo,
teve um filho, a quem pôs o nome de Samuel, pois dizia: “Do SENHOR o pedi” (1Samuel 1.20).
Depois que o menino desmamou, Ana o
levou à Casa do SENHOR, em Silo, o entregou ao sacerdote Eli, e lhe disse: “Meu senhor, tão certo como você vive, eu sou
aquela mulher que esteve aqui ao seu lado, orando ao SENHOR. Era por este
menino que eu orava, e o SENHOR Deus me concedeu o pedido que eu fiz. Por isso
também o entrego ao SENHOR. Por todos os dias que viver, será dedicado ao
SENHOR” (1Samuel 1. 26-28).
Ana foi agraciada pelo SENHOR. Pois,
por causa de sua infinita bondade e misericórdia, ele se lembrou da sua serva.
E unicamente por amor, lhe concedeu o seu favor.
Poderíamos dizer que a história de Ana
seja uma grandiosa história de fervor na oração e devoção ao SENHOR. Sim, esta
é uma história que também nos ensina a orar e confiar no SENHOR acima de todas
as coisas. No entanto, como a própria Ana ora em seu cântico, sua história nos
ensina que a Graça e a Misericórdia de Deus estão acima de todas as nossas
impossibilidades, e por isso, somente no SENHOR existe verdadeira esperança
para nossas aflições, verdadeiro refúgio diante das tribulações, verdadeira paz
em meio a tanto dor e sofrimento, e verdadeira alegria mesmo quando a tristeza
nos enlaça com toda a sua força.
O nome “Ana” nos ajuda a perceber tudo isso, pois significa “Agraciada”. Ou seja, Ana é alguém que
recebeu a Graça do SENHOR, que recebeu o Favor de Deus, e somente por ele, é
perdoada, é amada, e é salva.
Ana descreve todas essas coisas em seu
cântico, onde entoa – como que numa prefiguração, o belíssimo Magnificat – o
cântico da abençoada Virgem Maria.
Ana orou assim: “O meu coração exulta no SENHOR. A minha força está exaltada no SENHOR.
A minha boca se ri dos meus inimigos, porque me alegro na tua Salvação. Ninguém
é santo como o SENHOR, porque não há outro além de ti, e não há rocha como o
nosso Deus” (1Samuel 2. 1-2).
Amém!
Rev. Helvécio José Batista Júnior
No dia de St. Ana, mãe do St. Profeta Samuel, 2018 AD
Ministro do SENHOR nas Igrejas Luteranas “Bom Pastor” e
“Cristo Rei” em Cariacica/ES
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