12/05/2020

Será que Dawn Brown tinha razão?


No apagar das velas de doze de maio de 2020, um dia quase frio, pelo menos em Curitiba, gostaria de destacar uma importante reunião que era quase desconhecida, marcada na memória histórica somente. Algo aconteceu e tirou esse evento da escuridão e a revestiu com cheiro de conspiração. Para quem gosta de uma boa conspiração, está aí um prato cheio. Quem deu o ar de conspiração foi o escritor Dan Brown, no livro O Código da Vinci. Agora, com essa dica, creio que muitos já mataram a charada: Concílio de Niceia, sim estou falando desse Concílio.

O que o senhor Dan Brawn afirmou sobre o Concílio de Niceia? A afirmação do senhor Brawn é que o Cristo, Filho de Deus, foi uma criação do Concílio de Niceia. Além de criar a divindade de Jesus, também criaram a Bíblia, ou seja, chancelaram o que era considerado divino e o que não era divino.

O que de fato é o Concílio de Niceia? A doutrina ariana, que defendia que Cristo não era verdadeiro Deus, mas sim a primeira de todas as criaturas, ganha destaque e grande destaque. Ário negava a divindade do Verbo. No Concílio não foi criado o conceito de Jesus como Filho de Deus, o que aconteceu foi rejeitar a doutrina que Ário pregava, a qual era contrária à fé cristã. No Concílio de Niceia foi defendido a verdade escriturística contra o erro.

Relatório da reunião: O “relatório” contra a doutrina errônea ariana pode ser lida no Credo Niceno, que traz detalhes defendendo a divindade de Jesus Cristo, o Verbo eterno de Deus. Gonzalez, historiador, a respeito do referido Credo, afirma: “o propósito da fórmula é excluir toda doutrina que queira dizer que o verbo é em algum sentido uma criatura. Podemos ver isto em primeiro lugar em frases como ‘Deus de Deus’; ‘luz de luz’. Mas podemos vê-lo também em outras frases, como quando o credo diz ‘gerado, não feito’. Observe que no princípio o mesmo credo tinha dito que o Pai era ‘criador de todas as coisas visíveis e invisíveis’. Portanto, dizendo que o Filho não é feito, o credo o excluí destas coisas ‘visíveis e invisíveis’ que o Pai fez.

Simplificando: Niceia foi um Concílio, de caráter universal, geral, que discutiu vários assuntos e um dos assuntos mais importantes foi defender a verdade escriturística de que o verbo era divino, em outras palavras, Jesus é verdadeiro ser divino.

Será que Dawn Brown tinha razão? Dawn Braw não tinha razão, pois o Concílio de Nicéia não criou a divindade de Jesus. Esse concílio defendeu a divindade contra a heresiana Ariana, pois Cristo é o verdadeiro Filho de Deus que rasgou o véu do templo e se encarnou como verdadeiro Deus para ser o Salvador de toda a humanidade. São Paulo afirma: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz.” (Filipenses 2.5-8 na ARA).

Viva o Concílio de Niceia! Viva a fé que Cristo é verdadeiro Deus gerado do Pai desde a eternidade! Não nos esqueçamos que Ele também é verdadeiro homem nascido da Virgem Maria.

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