Entrada de Cristo em Jerusalém (c. 1508), da "Pequena Paixão" de Albrecht Dürer (1471–1528) |
Jesus enviou dois de seus discípulos, dizendo-lhes: Ide à aldeia fronteira e ali, ao entrardes, achareis preso um jumentinho que jamais homem algum montou; soltai-o e trazei-o. Se alguém vos perguntar: Por que o soltais? Respondereis assim: Porque o Senhor precisa dele. (Lucas 19.29b-31)
A atenção aqui se volta especialmente para o jumentinho que nunca havia sido montado. [...] Depois Lucas vai encerrar sua narrativa de Jerusalém com uma referência parecida, ao falar de “um sepulcro cavado na rocha, no qual ninguém ainda fora colocado.” (23.53). Tanto o jumentinho que nunca havia sido montado quanto o túmulo onde ninguém havia sido colocado são separados para os santos propósitos de uma pessoa santa (cf. Nm 19.2; Dt 21.3; 1Sm 6.7). Jesus é um rei e agora precisa receber privilégios reais, pois, como Filho de Deus, ele agora é o lugar da santa presença de Deus. Ele deve entrar na cidade como um rei, pois o Senhor está vindo para o seu templo (Ml 3.1). [...] A soltura do jumentinho é o ponto central. Esse é o elemento-chave dos preparativos: encontrar um jumentinho, soltá-lo e levá-lo a Jesus. Essa ação, por meio dos que foram “enviados” (19.32; “apóstolos”), lembra os ouvintes sobre todo o ministério de libertação de Jesus. Por meio de seus ministros, Jesus liberta aqueles que estão presos pelo pecado.
- Arthur A. Just Jr. (Luke 9:51-24:53: A Theological Exposition of Sacred Scripture (Concordia Commentary). St. Louis: Concordia Publishing House, 1997. p. 744)
Nenhum comentário:
Postar um comentário