30/11/2024

O Rei vem para libertar dos pecados (Arthur A. Just Jr.)

Entrada de Cristo em Jerusalém (c. 1508), da "Pequena Paixão"  de Albrecht Dürer (1471–1528)

Jesus enviou dois de seus discípulos, dizendo-lhes: Ide à aldeia fronteira e ali, ao entrardes, achareis preso um jumentinho que jamais homem algum montou; soltai-o e trazei-o. Se alguém vos perguntar: Por que o soltais? Respondereis assim: Porque o Senhor precisa dele. (Lucas 19.29b-31)

A atenção aqui se volta especialmente para o jumentinho que nunca havia sido montado. [...] Depois Lucas vai encerrar sua narrativa de Jerusalém com uma referência parecida, ao falar de “um sepulcro cavado na rocha, no qual ninguém ainda fora colocado.” (23.53). Tanto o jumentinho que nunca havia sido montado quanto o túmulo onde ninguém havia sido colocado são separados para os santos propósitos de uma pessoa santa (cf. Nm 19.2; Dt 21.3; 1Sm 6.7). Jesus é um rei e agora precisa receber privilégios reais, pois, como Filho de Deus, ele agora é o lugar da santa presença de Deus. Ele deve entrar na cidade como um rei, pois o Senhor está vindo para o seu templo (Ml 3.1). [...] A soltura do jumentinho é o ponto central. Esse é o elemento-chave dos preparativos: encontrar um jumentinho, soltá-lo e levá-lo a Jesus. Essa ação, por meio dos que foram “enviados” (19.32; “apóstolos”), lembra os ouvintes sobre todo o ministério de libertação de Jesus. Por meio de seus ministros, Jesus liberta aqueles que estão presos pelo pecado.

- Arthur A. Just Jr. (Luke 9:51-24:53: A Theological Exposition of Sacred Scripture (Concordia Commentary). St. Louis: Concordia Publishing House, 1997. p. 744)

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