Como foi dito no post anterior, temos
festas maiores e festas menores e todas elas estão ligadas a obra de Cristo.
Cada festa tem uma coleção de textos, orações que chamamos de “Próprios do dia”.
Ou seja, é o que especifico daquele dia. Este texto enfatizará os seguintes próprios:
Coleta, gradual, verso, prefácio próprio. Além destes próprios ainda temos as
leituras específicas do dia e que não serão contempladas neste texto.
Oração/ Coleta
Um dos primeiros próprios do dia é uma
pequena oração chamada de coleta. Na Igreja Luterana ou na Igreja Católica
Romana é uma das primeiras orações. Normalmente ela vem acompanha pela seguinte
saudação: O Senhor seja convosco/ E com o teu Espírito.
Misericordioso Deus, teu
Filho, Jesus Cristo, foi levantado na cruz para que pudesse levar os pecados do
mundo e atrair todas as pessoas a ti. Concede que nós, que gloriamos na sua
morte para a nossa redenção, possamos atender fielmente ao teu chamado para
suportar a cruz e seguir a Ele, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um
só Deus, agora e sempre. Amém.
Esta é a oração mais temática do culto. O primeiro ponto é para quem está oração está sendo dirigida:
Misericordioso Deus. Qual é verdade
que tal oração destaca? Cristo foi levantado na cruz para levar os
pecados do mundo e atrair todas as pessoas. Qual sera a nossa petição? A nossa petição fala em “nós”,
mas quem seria este nós? Este nós é respondido dentro da propria oração: “que gloriamos na sua morte para a nossa
redenção” Já temos a definição do nós, e temos o pedido: possamos atender fielmente ao teu
chamado para suportar a cruz e seguir a Ele. E concluir em nome de
Jesus dentro de um context trinitário. Por Jesus já ter sido mencionado no
começo da oração, substitui o nome pelo respectivo pronome: Ele, que vive e reina contigo e o
Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.
Gradual
Aprouve a Deus que em Cristo Jesus residisse toda a plenitude, e
por meio dele reconciliasse consigo todas as coisas, quer sobre a terra, quer
no céu, fazendo a paz pelo sangue da sua CRUZ. Assim importa que o Filho do
Homem seja levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna. (Colossenses
1.19-20 e João 3.14b-15)
Verso do dia
O orgulho foi sempre combatido na Bíblia, mas existe um orgulho
bom e salutar conforme nos aponta São Paulo em Gálatas 6.14: “Aleluia. Mas eu me orgulharei somente da CRUZ
do nosso Senhor Jesus Cristo. Pois, por meio da CRUZ, o mundo está morto para
mim, e eu estou morto para o mundo. Aleluia.”
Prefácio próprio
O prefácio próprio é uma oração dentro da celebração da Santa Ceia
e começa com a seguinte frase: “É
verdadeiramente digno....” O próprio não é uma citação direta da Bíblia,
mas com certeza tem verdades importantes. O primeiro é ação de graças a Deus
mediante Jesus Cristo: “É
verdadeiramente digno, justo e do nosso dever, que em todos os tempos e em
todos os lugares te demos graças, ó Senhor, santo Pai, onipotente, eterno Deus,
mediante Jesus Cristo, nosso Senhor,”
Logo em seguida, temos a temática do dia e no dia da Santa Cruz duas
temáticas são destacadas:
1.
Cristo conquista a salvação para a humanidade e
no lugar onde morte reinava, a salvação conquistada na cruz traz vida: “que no lenho da cruz deu salvação à
humanidade, para que que haja novamente vida onde havia morte,”
2.
Comparação entre duas árvores: árvore do jardim
e árvore da cruz. Considero, depois dos
textos bíblicos, o melhor texto dentro dos própios do dia da Santa Cruz: “e
para que a serpente que venceu pela árvore do jardim seja da mesma forma
vencida pela árvore da cruz.”
Conclusão: “Portanto,
com os anjos e arcanjos e com toda a companhia celeste, louvamos e glorificamos
o teu glorioso nome, dizendo” Esta conclusão é maravilhosa e nos coloca
dentro do céu, pois, nós juntamos as nossas vozes ao coro celestial (aos anjos,
arcanjos e com todos os santos de nosso Senhor Jesus Cristo) para cantar: “Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus dos exércitos....”
Texto do prefácio próprio na integra: “É verdadeiramente digno, justo e do nosso dever, que em todos os tempos
e em todos os lugares te demos graças, ó Senhor, santo Pai, onipotente, eterno
Deus, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor, que no lenho da cruz deu salvação à
humanidade, para que que haja novamente vida onde havia morte, e para que a
serpente que venceu pela árvore do jardim seja da mesma forma vencida pela
árvore da cruz. Portanto, com os anjos e arcanjos e com toda a companhia
celeste, louvamos e glorificamos o teu glorioso nome, dizendo:”
Estes textos, próprios do dia, juntamente com as leituras específicas
do dia, hinos, sermão e demais orações, distinguem um culto de outro. Para
concluir, cito novamente o orgulho bom e salutar apontado por São Paulo: Mas eu me orgulharei somente da CRUZ do
nosso Senhor Jesus Cristo. Pois, por meio da CRUZ, o mundo está morto para mim,
e eu estou morto para o mundo.
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