O homem rico e o Lázaro (De rijke man en de arme Lazarus), 1661, Barent Fabritius (1624-1673) |
Não importa se somos ricos ou pobres, ao morrermos cada um de nós estará como um mendigo diante de Deus. A boa nova é que, em Cristo, Deus torna mendigos em ricos. Como São Paulo escreve: "Pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos" (2 Co 8.9). Nenhum de nós é digno de pedir ou herdar alguma coisa diante de Deus - nem o homem rico, nem Lázaro, nem você ou eu. Há somente um que é digno de algo diante de Deus: "Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor" (Ap 5.12). E Jesus, o único que é digno, partilha desta herança com todos os pobres, mendigos pecaminosos que olham para ele com fé.
Na igreja cristã, Jesus faz com que mendigos se tornem ricos. Não é no banco, nem no shopping, mas é na casa de Deus que encontramos a nossa verdadeira prosperidade. Aqui o Salvador crucificado se dirige a nós na palavra e sacramento: Você tem um lugar ao meu lado para sempre. Quando você tiver necessidade, se afligir, temer e derramar lágrimas, olhe para o alto. Volta os seus olhos para cima. Toda a minha riqueza é sua. Adquiri para você um reino sempiterno com o meu sangue. Então venham, queridos mendigos, ao meu altar, e se regalem esplendidamente no meu perdão. Venham vestir-se da púrpura e do linho finíssimo da minha justiça! Os dias de dor e fome estão quase terminando. O regalo e amizade do meu reino vindouro estão bem perto daqui. Continue orando, mantendo a vigília, meus amados mendigos. Ame seu próximo rico; cuide de seu próximo pobre. Eu vou te ajudar - sempre.
Assim ele nos convida, e assim nos achegamos. Semana após semana, nos achegamos... e somos tão ricos tanto quanto Lázaro!
Rev. Thomas J. Egger, professor assistente de teologia exegética no Concordia Seminary, St. Louis (EUA). Excerto traduzido de "Homiletical Helpes: Proper 21 • Luke 16:19–31 • September 25, 2016", no Concordia Journal (Summer 2016, v. 42, n.º 3, p. 247-248)
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