28/02/2019

Estejamos agarrados à nossa esperança e ao penhor de nossa justiça


Sétimo Domingo após Epifania (Ano C)

"Não julguem e vocês não serão julgados; não condenem e vocês não serão condenados; perdoem e serão perdoados; deem e lhes será dado; boa medida, prensada, sacudida e transbordante será dada a vocês; porque com a medida com que tiverem medido vocês serão medidos também." (Lucas 6.37-38)

Da Carta de Policarpo aos Filipenses:

"Se pedimos ao Senhor que nos perdoe, também nós devemos perdoar, pois estamos sob o olhar do Senhor e Deus, todos devemos comparecer diante do tribunal de Cristo, e cada um prestará contas de si mesmo. Portanto, sirvamos a ele com temor e todo respeito, como ele mesmo nos ordenou, e também os apóstolos que nos anunciaram o Evangelho e os profetas que preanunciaram a vinda de nosso Senhor. Sejamos zelosos no bem, evitando os escândalos, os falsos irmãos e aqueles que, levando hipocritamente o nome do Senhor, enganam os homens vazios.

Quem não confessa que Jesus Cristo veio na carne, é anticristo; aquele que não confessa o testemunho da cruz, é do diabo; aquele que distorce as palavras do Senhor segundo seus próprios desejos, e diz que não há ressurreição, nem julgamento, esse é primogênito de satanás. 2Por isso, abandonando os discursos vazios de muitos e falsos ensinamentos, retornemos à palavra que nos foi transmitida desde o começo. Permaneçamos sóbrios nas orações e perseveremos nos jejuns. Supliquemos em nossas orações ao Deus que tudo vê, para não cairmos em tentação, pois assim diz o Senhor: “O espírito está pronto, mas a carne é fraca.”

Portanto, sem cessar, estejamos agarrados à nossa esperança e ao penhor de nossa justiça, isto é, Cristo Jesus, que carregou nossos pecados em seu próprio corpo sobre o madeiro, ele que não cometeu pecado e em cuja boca não foi encontrada nenhuma falsidade, mas que tudo suportou por nós, a fim de que vivêssemos nele.

Imitemos, portanto, a perseverança dele. Se sofrermos por causa do seu nome, o glorificaremos. De fato, esse é o modelo que ele nos apresentou em si mesmo, e nós cremos nisso."

- Policarpo (69-155 d.C.), bispo de Esmirna e mártir (Carta aos Filipenses 6.2-9.1)

Fonte: Patrística - Padres Apostólicos - Vol. 1. São Paulo: Paulus, 2014.

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