13/12/2013

Comemoração de Santa Luzia: antídoto para celebrações ilusórias

"Santa Luzia" (1521), Domenico di Pace Beccafumi (1486-1551)

Durante este tempo de Advento e Natal, há uma série de comemorações de vários santos cristãos e várias datas festivas em cascata, que nos proporcionam um bom "choque de realidade" para o que podemos chamar de formas ilusórias de celebrar o Natal. O que quero dizer com isso? Que muitos esquecem a verdadeira alegria deste tempo: que se encontrada na reflexão orante sobre a Encarnação de Nosso Senhor, a luz que as trevas não puderam vencer.

Aquele que é a nossa luz e nossa vida veio para um mundo de trevas cheio de pecado. E nós não escapamos das realidades do mal que nos confrontam no tempo presente, pelo contrário, nós as enfrentamos: não com festas intermináveis, bebedeiras e glutonaria, mas com a perspectiva vigilante e esperançosa de quem reconhece que neste mundo teremos muitas aflições, mas temos bom ânimo, porque Cristo venceu o mundo. E assim, mesmo diante de uma morte horrível, como a experimentada por Santa Lúcia, permanecemos firmes e inabaláveis em Cristo. É por isso que é importante observarmos essas várias comemorações e datas festivas, juntamente com os domingos festivos deste tempo litúrgico. Aqui vão mais informações sobre Lúcia:

Lúcia foi uma das vítimas da grande perseguição sob o imperador romano Diocleciano, morrendo por causa de sua fé em Siracusa, na ilha da Sicília, no ano de 304 d.C. Conhecida por sua caridade, "Santa Luzia" (como é chamada na Itália) dividiu o seu dote entre os pobres e manteve a castidade até sua execução pela espada. O nome Lúcia significa “luz” e, por isso, festivais da luz em comemoração a ela se tornaram popular em toda a Europa, especialmente nos países escandinavos. Lá o seu dia festivo corresponde com a época do ano em que há menor incidência da luz do dia.

Ó Deus Todo-poderoso,
por cuja graça e poder
tua santa serva Lúcia triunfou sobre o sofrimento
permanecendo fiel até a morte;
concede a nós, que agora lembramos dela com ações de graças,
que sejamos tão verdadeiros em nosso testemunho a ti neste mundo
a fim de que possamos receber juntamente com ela
novos olhos sem lágrimas e a coroa da luz e da vida;
mediante Jesus Cristo, nosso Senhor,
que vive e reina contigo e com o Espírito Santo,
um só Deus, agora e sempre.

Amém.

— Rev. Paul Timothy McCain, pastor ordenado ao Santo Ministério no Domingo de Pentecostes de 1990; editor e diretor executivo do departamento editorial da Concordia Publishing House.


Martírio de Santa Lúcia (1609), por Pompeo Caccini (1577-1624)


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