01/11/2018

Os Luteranos e o Dia de Todos os Santos

Adoração do Cordeiro - Jan van Eyck

A Festa de Todos os Santos tem possível origem no início do século VII, mais provavelmente quando o antigo Panteão em Roma foi dedicado como uma igreja cristã intitulada “Santa Maria e Todos os Santos”.

Uma nota introdutória do Artigo XXI da Confissão de Augsburgo afirma: “A Igreja Primitiva desenvolveu um apreço por aqueles que confessaram e, por vezes, morreram por sua fé. No entanto, a corrupção profunda desenvolveu-se dentro da Igreja com relação à honra dada aos santos, resultando no que só pode ser descrito como adoração idólatra. Aqueles que vieram antes de nós na fé devem ser honrados, lembrados, e imitados de acordo com nossos diversos postos e chamados na vida. Isso é claro. No entanto, é claramente contrário às Escrituras ensinar que os santos estão aí para serem buscados e invocados para ajudar. Simplesmente não há mandamento, não há exemplo e nenhuma promessa na Bíblia indicando que devemos orar aos nossos irmãos e irmãs que partiram em Cristo”.

Portanto, o Dia de Todos os Santos não é um remanescente medieval romano que luteranos esqueceram de erradicar, mas é um dia santo no qual lembramos que estamos rodeados por uma “tão grande nuvem de testemunhas” (Hb 12.1), os fiéis em Cristo aqui na terra e acima no céu, encorajando e ajudando-nos a perseverar na fé cristã.

- Rev. Wilhelm Torgerson, reitor emérito da Sociedade Luterana Internacional de Wittenberg (Alemanha)

FonteConcordia Pulpit Resources, Volume 22, Part 4, Series B (St. Louis: Concordia Publishing House, 2012)

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