“O
Evangelho segundo São Mateus 2. 1-12”
Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo!
O Santo Evangelho para este dia nos
traz o último ato da magnífica história do Natal: “Tendo
Jesus nascido em Belém da Judeia, nos dias do rei Herodes, eis que vieram uns
magos do Oriente a Jerusalém” (São Mateus 2.1).
Por qual motivo esses magos vêm à
Jerusalém? Movidos por um ardente desejo, eles se aventuram em uma perigosa e
cansativa viagem, passando entre povos e lugares desconhecidos; mas eles vêm. E
quando chegam em Jerusalém, começam a perguntar: “Onde
está recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e
viemos para adorá-lo” (São Mateus 2.2).
O objetivo da viagem desses magos não
era buscar informações seguras em torno do assunto ou fazer investigações a fim
de clarear pontos obscuros de suas pesquisas. Eles não procuram uma certeza ao
término da viagem, certeza eles já tinham antes de viajar. Estão convictos: O
Rei veio, o Rei está ai! Ele nasceu! Portanto, ainda é uma criancinha e deve
estar a cuidados de alguém; nós vimos a sua estrela!
Sua estrela! A estrela de Belém!
Foi ela que despertou, motivou e conduziu os magos até a
Judeia? De certa forma, sim. Mas, no sentido que ela foi somente um sinal.
Afinal, a estrela em si não basta – não importa quão grandioso tenha sido
aquele fenômeno no céu – ela só não basta! Jamais levaria os magos até a terra
dos judeus para adorar o Rei que havia nascido.
Mas, porque o destaque para a estrela?
Ora, os magos estudavam estrelas, mas é importante saber que eles não eram
somente astrólogos, eram estudiosos – no melhor sentido do termo. E, se sabiam
de um Rei que havia nascido, o qual eles queriam adorar e não apenas encontrar,
é certo que profecias antigas, como por exemplo, Números 24.17 despertou
o interesse deles: “Eu o vejo, porém não agora; eu o
contemplo, mas não de perto. Uma estrela procederá de Jacó, de Israel subirá um
cetro”.
A estrela foi um sinal enviado por
Deus para indicar o caminho para os magos; porém, o que levou aqueles
estudiosos das estrelas até a Judeia não foi simplesmente a estrela; mas sim a
Palavra de Deus – ela foi o meio que conduziu aqueles homens até o Menino de
Belém!
É obvio que toda essa história deixou Herodes, o Rei da
Judeia, inquieto, perturbado e furioso. E por isso, ao encontrar-se com os
viajantes do Oriente, ele mente: “quando o tiverem
encontrado, avisem-me, para eu também ir adorá-lo” (São Mateus 2.8).
Vocês sabem muito bem que Herodes não queria adorar Jesus?
“Depois de ouvirem o rei, os magos
partiram; e eis que a estrela que viram no Oriente ia adiante deles, até que,
chegando, parou sobre o menino estava” (São Mateus 2.9).
A viagem havia chegado ao seu ápice, e
eles “alegraram-se com grande e intenso júbilo”
(São Mateus 2.10). E entraram na casa e viram o Menino! Ver Jesus é um
milagre! É o acontecimento máximo da vida! E os magos ali, diante dele, “prostrando-se, o adoraram” (São Mateus 2.11).
A imagem final dessa história vocês
conhecem bem: presentes são trazidos diante do Menino: “ouro, incenso e mirra” – são ofertas; afinal, somente oferta
aquele que é movido pela Palavra e que confia no Senhor Jesus; e os magos do
Oriente eram assim. Após isso, eles, avisados por Deus a não falarem mais com
Herodes, “seguiram por outro caminho para sua terra”
(São Mateus 2.12).
Qual a estrela que nos guia hoje até
Jesus?
A mesma que despertou, motivou e guiou os magos: A Palavra de
Deus! Ela é a nossa estrela. O próprio Jesus, certa vez ensinou: “Vocês examinam as Escrituras, porque julgam ter nelas a
vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim” (São João 5.39).
Outro guia, outra luz, outro sinal não existe!
Guiados pela Palavra, nós cremos e somos conduzidos até
Cristo, que nos perdoa, nos acolhe e se manifesta a cada um de nós; ou seja, realiza
uma Epifania, como por exemplo, através do seu Corpo e do seu Sangue na Santa
Ceia.
Nossa viagem por este mundo continua e
é longa; porém, uma estrela nos conduz, uma luz nos guia, uma lâmpada nos
ilumina para enxergarmos algo muito maior! A Palavra de Deus é a “lâmpada para os meus pés, é a luz para os meus caminhos”
(Salmo 119.105). E movidos por esta Palavra não chegaremos a um lugar
qualquer, e sim chegaremos à presença do Rei dos Reis, o Menino de Belém –
Jesus Cristo, nossa Salvação!
Amém!
Rev. Helvécio José Batista Júnior
Paróquia Evangélica Luterana Bom Pastor
Paróquia Evangélica Luterana Bom Pastor
Cariacica/ES
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