“Paulo, Silvano e Timóteo, à igreja dos tessalonicenses, em Deus Pai e no Senhor Jesus Cristo. Que a graça e a paz estejam com vocês.” (1Tessalonicenses 1.1)
Comentário do Rev. Dr. Martin H. Franzmann (1907-1976):
“Paulo, Silvano e Timóteo” - a conexão destes nomes é um testemunho do poder coesivo da fé cristã. Aqui temos o entrelaçamento de Paulo, o inimigo da Igreja convertido e ex-fariseu, Silas, membro da primeira igreja de Jerusalém, e Timóteo, um dos primeiros frutos das jornadas missionárias de Paulo. Um grupo peculiarmente distinto, todavia indivisível no servir ao Senhor Jesus Cristo. Os três nomes assim reunidos são também um testemunho da natureza cosmopolita da Igreja primitiva e, consequentemente, do propósito e dimensão universais da Igreja primitiva, já nesse momento inicial. Assim como Paulo também era Saulo, Silvano também tinha o bom nome judeu de Silas, e ambos eram cidadãos romanos, aglutinando em suas vidas as duas culturas que constituem o pano de fundo histórico do Novo Testamento: a semita e a greco-romano. Timóteo é igualmente cosmopolita: seu pai era grego e sua mãe, embora tivesse um nome grego, era uma devota judia que havia educado seu filho nas Escrituras Sagradas do povo antigo de Deus. Por uma espécie de ironia graciosa, Timóteo não havia sido circuncidado até o início de seu trabalho como ministro da Nova Aliança. A salvação é identificada na história da proclamação e na pessoa de seus proclamadores como sendo dos judeus, mas que é para todo o mundo.
Fonte: Martin H. Franzmann. Essays in Hermeneutics. Concordia Theological Monthly. Vol. XIX, set. 1948. p. 9644-645.
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