01/04/2021

Triduum Sacrum: os Três Grandes Dias

 

Arte de Cody F. Miller (LTP) no livro A Journey through the Three Days: Theological Reflections on the Paschal Triduum (Donna M. Eschenauer)

A Quinta-feira Santa é o Dia do Mandamento (Dies Mandati), indicando mais precisamente o exemplo de serviço que nos foi dado por nosso Senhor e a ordenança de amar assim como fomos amados (João 13.34). No entanto, não devemos esquecer o mandamento dado nas Palavras de Nosso Senhor para “fazer isso em memória de Mim”. Este dia se destaca do resto da Semana Santa como um dia de alegria e de festa, pois comemoramos a instituição da Ceia do Senhor.

A Sexta-feira Santa é o ponto alto da Semana Santa, mas não do Ano da Igreja - pois sabemos que depois da Sexta-feira Santa está vindo um dia em que a morte dará lugar à vida. Se a comemoração da Sexta-feira Santa fosse separada da Páscoa, continuaríamos em nossos pecados e, portanto, a palavra final da Sexta-feira Santa seria “você está condenado”. Mesmo estando ao pé da cruz e contemplando o preço de nosso pecado, nos reunimos como filhos reconciliados com Deus. Nos cultos da Sexta-feira Santa, a Igreja não nos deixa nas trevas e sombra da morte, mas antes nos enche com a certeza da vitória sobre o pecado, a morte e o diabo, apontando-nos a vitória final que será celebrada no dia Páscoa.

A comemoração do Sábado Santo abrange o descanso de nosso Senhor no túmulo e sua descida ao inferno. Entretanto, a descida ao inferno não é a profunda humilhação de Cristo, mas sim a demonstração de sua completa vitória sobre a morte. Este dia nos tira das profundezas da mais dolorosa tristeza e da solidão da santa meditação sobre a Paixão de Cristo para a celebração da vitória, pois antecipamos a ressurreição do Senhor, que irromperá em toda a sua glória na Páscoa.

A Páscoa é a mais antiga e a mais importante de todas as festas cristãs - a festa das festas! Neste dia, quando Cristo saiu triunfante das fileiras dos mortos, toda a nossa espera é declarada uma espera que já foi concluída. O triunfo de Cristo torna toda a espera que segue em nossas vidas de fé um edifício ancorado no fundamento que foi lançado quando aquele a quem os construtores rejeitaram tornou-se a Pedra Angular. Cristo ressuscitou! Verdadeiramente ressuscitou. Aleluia!

Fonte: Treasury of Daily Prayer (St. Louis: Concordia Publishing House, 2008)

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