Ilustração da Parábola do Joio no livro de Matinho Lutero intitulado “Auslegung der Episteln vnd Euangelien vom Advent an, bis auff Ostern” (1530). |
Consideremos agora o zelo dos servos. Eles querem retirar o joio imediatamente, sem refletir, o que nos mostra a sua preocupação com a sementeira. Eles só querem uma coisa: não desejam vingar-se de quem semeou o joio, mas salvar a colheita, razão pela qual pensam como arrancar todo o mal. [...] O que responde então o Mestre? [...] Impede-os de o fazer por dois motivos: primeiro, o receio de prejudicar o trigo; e segundo, a certeza de que o castigo se abaterá inevitavelmente sobre aqueles que são tentados por esta doença mortal. Se eles desejam castigar, sem que a colheita sofra, esperem o momento oportuno. [...] Quem sabe se uma parte desse joio não se transforma em trigo? Então, se o arrancarem agora, a próxima colheita será afetada, pois arrancarão aqueles que poderiam transformar-se e tornar-se melhores.
-- São João Crisóstomo (c. 347-407), pastor e teólogo em Constantinopla (Homílias sobre São Mateus, 46, 1-2)
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