Johann von Staupitz (ator Brunon Ganz) e Lutero (Joseph Fiennes) no filme “Lutero” (2003) dirigido por Eric Till. |
Martinho Lutero descreveu Staupitz como seu “pai em Deus” e certa vez disse: “Se não fosse pelo Dr. Staupitz eu teria afundado no inferno”. Isso porque quando Lutero se perguntava “Quem pode amar um Deus irado que julga e condena?” e nada lhe trazia paz, apesar de todas as suas intercessões, o principal auxílio e conforto em meio a essas angústias e provações (anfechtungen, em alemão) veio de Johann von Staupitz, que recomendou Lutero a olhar para as chagas de Cristo, pois ali está o amor de Deus.
Staupitz também recomendou que Lutero se tornasse um pregador, a fim de que, confortando a outros, ele próprio seria confortado; estimulou Lutero a obter um doutorado em teologia e assumir a cadeira do ensino da Bíblia na Universidade de Wittenberg. Diante de tamanha responsabilidade, Lutero sentiu-se incapaz e alegou que tanto trabalho acabaria matando-o, ao que Staupitz teria respondido: “Não se preocupe com isso, Deus também tem bastante trabalho no céu para homens inteligentes”.
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