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“Natividade, à Noite” (1484-90), Geertgen tot Sint Jans (1460/65-1490) |
Devemos nos ater ao discurso e às palavras da Escritura e reter e confessar a doutrina de que este Cristo é verdadeiro Deus, através de quem todas as coisas são criadas e existem, e, ao mesmo tempo, que este mesmo Cristo, Filho de Deus, nasce da virgem Maria, morre na cruz, etc. Ademais, Maria, a mãe, não carrega, dá à luz, amamenta e alimenta tão-somente o homem, tão-somente carne e sangue – pois isso seria dividir a pessoa –, mas ela carrega e alimenta um filho que é Filho de Deus. Por isso, ela é corretamente chamada não só a mãe do homem, mas, também, a mãe de Deus. Isso, os antigos Pais ensinaram contra os nestorianos, que se opunham a que Maria fosse chamada de mãe de Deus e se recusavam a dizer que ela dera à luz o Filho de Deus.
-- Bem-aventurado
Martinho Lutero (1483-1546), doutor e reformador da igreja, em “
Os capítulos 14 e 15 de S. João, pregados e interpretados pelo Dr. Martinho Lutero” (1537-38).
Fonte: Obras Selecionadas de Martinho Lutero, Volume 11. São Leopoldo: Sinodal; Porto Alegre: Concórdia, 2010. p. 143-144.
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