Nós conhecemos o selo ou brasão de Lutero, a rosa branca sobre um fundo azul envolto por um círculo dourado, com um coração e uma cruz ao centro. E o brasão de Philipp Melanchthon, reformador e amigo de Lutero?
Neste Quarto Domingo na Quaresma, a cena de uma serpente de bronze que Deus mandou Moisés pendurar numa haste (Nm 21.4-9) é retomada tipologicamente por Jesus Cristo na sua conversa com Nicodemos (Jo 3.14s).
Esta tipologia foi retomada mais tarde na arte medieval e amplamente utilizada nos tempos modernos. Os símbolos do Antigo e do Novo Testamento se fundem melhor quando a haste à qual a serpente de bronze está fixada é representada como uma cruz, geralmente em forma de T.
É nesta forma que aparece no brasão de Melanchthon. Assim, o símbolo que Melanchthon usou desde 1519 é uma confissão do Cristo crucifixado. Ao mesmo tempo, a serpente era considerada um símbolo de sabedoria no Oriente Próximo e Grécia antiga, e isso aponta para a grande importância que Melanchthon deu à harmonia da fé e do conhecimento.
O brasão aparece em diversas publicações do tempo da Reforma, às vezes junto ao brasão de Lutero, outras vezes também junto aoa brasões de Bugenhaghen, Justus Jonas e Caspar Cruciger.
Na Melanchthonhaus, museu edificado no local de nascimento de Melanchthon em Bretten, o brasão do reformador aparece na fachada do edifício e também no mosaico do altar de mármore da capela ali existente.
O brasão também compôs o selo postal do 500º aniversário de Melanchthon (1997).
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