11/04/2014

Domingo da Paixão com Procissão de Ramos

O culto do Domingo da Paixão, iniciando com a procissão de ramos, reflete as atitudes contrastantes em relação a Jesus durante os dias que antecederam a sua crucificação. O “Domingo de Ramos” é assim nomeado por causa dos ramos que foram espalhados diante de Jesus no momento em que Ele entrou em Jerusalém. A aclamação do povo: “Hosana ao Filho de Davi. Bendito o que vem em nome do Senhor”, revela claramente que eles saudaram Jesus como o rei messiânico. No entanto, poucos dias depois, o Senhor iria ouvir o grito “Crucifica-o!”. Esse contraste se reflete neste dia quando a alegria de sua entrada triunfal em Jerusalém dá lugar à lembrança sombria de sua paixão. A leitura estendida da narrativa da Paixão coloca diante do povo de Deus tudo o que o Senhor fez em nosso favor. Assim, a Igreja é preparada para entrar na Semana Santa – a mais importante semana do ano litúrgico.



Notas

  1. Os ramos são um antigo símbolo da vitória. Se forem utilizados, eles devem ser distribuídos para todos antes do início da procissão. Após este culto, os ramos podem ser guardados até o ano seguinte, quando eles podem ser queimados em cinzas para uso na Quarta-Feira de Cinzas.
  2. A procissão pode se iniciar no lado de fora do templo, no átrio ou na parte de trás da nave.
  3. Evangelhos processionais alternativos podem ser usados em lugar da leitura de João 12: Mateus 21.1-11; Marcos 11.1-10; Lucas 19.28-40.
  4. O silêncio antes da Coleta do Dia pretende destacar o contraste entre a entrada triunfal de Jesus e sua Paixão. As cruzes podem ser cobertas durante o silêncio.
  5. O lecionário inclui várias opções para a leitura da Paixão. A primeira opção é ler toda a narrativa da Paixão de um dos Evangelhos sinóticos. A segunda opção é ler apenas a segunda metade da narrativa da Paixão. A terceira opção é ler João 12.20-43, que é uma continuação da leitura incluída na Procissão com Ramos.
  6. Se a narrativa completa da Paixão for lida, outras partes do Ofício da Palavra podem ser omitidas, como a leitura do Antigo Testamento, o Salmo do Dia ou Gradual, e o Credo. O sermão também pode ser abreviado.
  7. A fim de ajudar a congregação a melhor ouvir a longa leitura da Paixão, a narrativa pode ser dividida em seções. Estrofes de hinos apropriados ou música coral podem ser inseridas entre algumas ou todas as divisões. Um hino adequado para introduzir a leitura da Paixão é a 1ª estrofe de “A Paixão do Salvador” (Hinário Luterano, nº 92).
  8. Cada uma das narrativas dos evangelhos sinóticos podem ser divididas de acordo com o seguinte (ou de alguma forma similar):
São Mateus 26-27
1. A conspiração contra Jesus e Jesus Ungido em Betânia (26.1-16)
2. Preparação para a Páscoa e Instituição da Ceia do Senhor (26.17-29)
3. Predição da negação de Pedro (26.30-35)
4. Jesus ora no Jardim do Getsêmani (26.36-46)
5. A traição de Judas e a prisão de Jesus (26.47-56)
6. Jesus diante de Caifás (26.57-68)
7. A negação de Pedro (26.69-75)
8. Jesus diante de Pilatos e a Morte de Judas (27.1-14)
9. Pilatos Sentencia Jesus (27.15-26)
10. Jesus é zombado e crucificado (27.27-44)
11. A morte de Jesus (27.45-56)
12. Sepultamento de Jesus (27.57-66)

São Marcos 14-15
1. Jesus Ungido pela Mulher (14.1-11)
2. Preparação para a Páscoa e Instituição da Ceia do Senhor (14.12-26)
3. Predição da negação de Pedro (14.27-31)
4. Jesus ora no Jardim do Getsêmani (14.32-42)
5. A traição de Judas e a prisão de Jesus (14.43-52)
6. Julgamento de Jesus perante o Conselho (14.53-65)
7. A negação de Pedro (14.66-72)
8. Jesus diante de Pilatos (15.1-15)
9. Jesus é zombado e crucificado (15.16-32)
10. A morte de Jesus (15.33-41)
11. Sepultamento de Jesus (15.42-47)
São Lucas 22-23
1. A conspiração contra Jesus (22.1-6)
2. Preparação para a Páscoa e Instituição da Ceia do Senhor (22.7-23)
3. Disputa entre os Discípulos e a Predição da negação de Pedro (22.24-38)
4. Jesus ora no Jardim do Getsêmani (22.39-46)
5. A traição de Judas e a prisão de Jesus (22.47-53)
6. A negação de Pedro (22.54-65)
7. Julgamento de Jesus perante o Conselho (22.66-71)
8. Jesus diante de Pilatos e Herodes (23.1-12)
9. Pilatos sentencia Jesus (23.13-25)
10. A procissão até o Gólgota (23.26-32)
11. A crucificação (23.33-38)
12. Os dois ladrões (23.39-43)
13. A morte de Jesus (23.44-49)
14. Sepultamento de Jesus (23.50-56)
      9. Além disso, para ajudar a congregação, a narrativa do Evangelho pode ser lida por vários leitores. A seguir estão vários modelos possíveis para divisão das leituras, procedendo do menor para um maior número de leitores:
Dois leitores
Jesus — lê as palavras de nosso Senhor.
Evangelista — lê todas as partes, exceto as palavras de Jesus.
Três leitores
Jesus — lê as palavras de Jesus.
Outras personagens — uma única pessoa lê Pedro, Judas, Pilatos, etc.
Evangelista — lê apenas os textos que “narram a história”.
Vários leitores
Jesus — lê as palavras de Jesus.
Pedro, Judas, Pilatos, etc. — diferentes pessoas leem as palavras de cada um desses personagens.
Evangelista — lê apenas os textos que “narram a história”.

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