"Em Oração" de Edwin Longsden Long (1829–1891) |
Leitura bíblica: João 16.20-24
Quando você for orar, ajoelhe-se ou fique de pé e dirija-se a Deus com ousadia e atrevimento (desde que você se reconhece pecador e deseja melhorar), dizendo: Senhor Deus, Pai celeste, eu te peço, e não aceito recusa, a coisa há que ser assim e amém, isso aí e nada mais. Do contrário não quero orar nem teria orado. Não que eu tenha direito a isso ou fiz por merecer, pois sei muito bem e confesso que nada mereço além fogo do inferno e tua eterna ira por causa dos meus muitos e graves pecados. Neste ponto, porém, sou, pelo menos, um pouquinho obediente, porque tu me ordenas e constranges a orar em nome de teu amado Filho, nosso Senhor Jesus Cristo. Baseado nesse desafio e consolo de tua imensa bondade, e não em minha própria justiça, ajoelho ou apresento-me diante de ti e peço... etc.
Por outro lado, fomos suficientemente instruídos de que não devemos tentar a Deus na oração. Ou seja: Não devemos determinar tempo, medidas, objetivos, maneira ou pessoa, como quando, onde ou através de que ele nos deva atender. Com toda humildade, devemos deixar isso aos cuidados de Deus, pois ele, em sua divina e incompreensível sabedoria, certamente vai fazer tudo bem. E não devemos duvidar que a oração é de fato ouvida, mesmo que as aparências pareçam indicar o contrário.
- Homilia do bem-aventurado Martinho Lutero (1483-1546), doutor e reformador da igreja.
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