23/11/2012

O arrependimento


Da 1ª Carta de Clemente aos Coríntios:

"Jonas chama Nínive ao arrependimento" de Gustave Doré (1832-1883)
Cap. 7. Caríssimos, escrevemos todas essas coisas, não só para vos advertir, mas também pra lembrá-las a nós mesmos. De fato, estamos na mesma arena, e o mesmo combate nos espera. Deixemos, portanto, as preocupações vazias e inúteis, e sigamos a norma gloriosa e venerada da nossa tradição. Vejamos o que é bom, o que agrada e o que é aceito diante daquele que nos criou. Tenhamos os olhos fixos no sangue de Cristo, e compreendamos como é precioso ao seu Pai. Derramado pela nossa salvação, trouxe ao mundo a graça do arrependimento. Percorramos todas as gerações e aprendamos que, de geração em geração, o Senhor deu possibilidade de arrependimento a todos aqueles que queriam converter-se a ele. Noé pregou o arrependimento, e os que o escutaram foram salvos. Jonas anunciou a catástrofe aos ninivitas, e estes se arrependeram de seus pecados, aplacaram a Deus com suas súplicas e obtiveram a salvação embora fossem estrangeiros em relação a Deus.

Cap. 8. Os ministros da graça de Deus falaram sobre o arrependimento, por meio do Espírito Santo. E o próprio Senhor do universo falou do arrependimento, jurando: "Eu vivo, diz o Senhor, e não quero a morte do pecador, e sim que ele se arrependa [Ez 18,23; 33,11]." E acrescenta também um propósito bom: "Casa de Israel, arrependei-vos de vossa iniquidade. Dize aos filhos do meu povo: Ainda que vossos pecados cheguem da terra até o céu, e que sejam mais vermelhos que o escarlate e mais sujos que o pano de saco, se vos converterdes a mim de todo o coração, e disserdes: 'Pai!'- eu vos escutarei como povo santo. [Ez 18,30; Sl 102,11; Jr 3,19.22]" Em outra passagem , ele diz assim: "Lavai-vos e purificai-vos; tirai da presença dos meus olhos a maldade de vossas almas; acabai com as vossas maldades. Aprendei a praticar bem, procurai a justiça, libertai o oprimido, defendei o órfão e fazei justiça à viúva. Depois, vinde e discutiremos, diz o Senhor. E ainda que vossos pecados estejam como a púrpura, eu os tornarei brancos como a neve; se estiverem como o escarlate, eu os tornarei alvos como a lã. Se quiserdes me ouvir, comereis dos bons produtos da terra; mas, se não quiserdes me ouvir, a espada vos devorará. Isso, de fato, foi a boca do Senhor que falou. [Is 1,16-20]" Na sua onipotente vontade, ele decidiu que todos os seus amados tenham possibilidade de arrependimento.

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