30/07/2014

Comemoração de Robert Barnes, Confessor e mártir - 30 de julho


Lembrado como um devotado discípulo de Martinho Lutero, Robert Barnes é considerado um dos primeiros mártires luteranos. Nascido em 1495, Barnes se tornou prior do mosteiro agostiniano em Cambridge, na Inglaterra. Convertido ao ensino luterano, compartilhou suas percepções com muitos estudiosos ingleses através de escritos e contatos pessoais. Durante um período de exílio na Alemanha, tornou-se amigo de Lutero e mais tarde escreveu um resumo em latim das principais doutrinas da Confissão de Augsburgo intitulado Sententiae. Após seu retorno à Inglaterra, Barnes compartilhou pessoalmente suas doutrinas e ideias luteranas com o rei Henrique VIII e, inicialmente, teve uma recepção positiva. Em 1529 Barnes foi nomeado capelão real. No entanto, as alterações no clima político e eclesiástico de seu país natal, o vitimaram. Barnes foi queimado na fogueira em Smithfield, em 1540. Sua derradeira confissão de fé foi publicada por Lutero, que chamou seu amigo Barnes de “o nosso bom, piedoso companheiro de mesa e hóspede de nossa casa, este santo mártir, Santo Robertus”.

ORAÇÃO DO DIA:

Todo-Poderoso Deus, Pai Celestial, tu concedeste coragem a teu servo Robert Barnes para renunciar sua vida pela confissão da verdadeira fé durante a Reforma. Que possamos continuar firmes em nossa confissão da fé apostólica e tudo sofrer, até mesmo a morte, em vez de afastar-se dela; através de Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém.

Fonte: Treasury of Daily Prayer (St. Louis: Concordia Publishing House, 2008. p. 575)

29/07/2014

29 de julho - Maria, Marta e Lázaro de Betânia

“Cristo se despede de Maria” (1517/18), Antonio Allegri da Correggio (c.1489 – 1534)

Os membros desta pequena família de Betânia eram amigos de Jesus que abriram a porta de sua casa para o mestre, e foi na casa deles que Jesus encontrou refrigério durante seu ministério terreno. A intensidade de afeto e amor que eles tinham por Jesus, e Jesus para com eles, é evidente nas narrativas do Evangelho, mais particularmente na história da morte de Lázaro, no Evangelho conforme João. Os nomes de Maria, Marta e Lázaro aparecem em listas de mártires dos séculos VII e VIII.

Comemoração de Maria, Marta e Lázaro de Betânia - 29 de julho


Maria, Marta e Lázaro de Betânia eram discípulos com quem Jesus tinha uma ligação especial de amor e amizade. O Evangelho de São João registra que “amava Jesus a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro” (Jo 11.5). Em certa ocasião, Marta recebeu Jesus em sua casa para uma refeição. Enquanto ela fazia todo o trabalho, Maria sentou-se aos pés de Jesus ouvindo sua Palavra e foi elogiada por Jesus por ter escolhido a “a boa parte, e esta não lhe será tirada” (Lc 10.38-42). Quando seu irmão Lázaro morreu, Jesus anunciou a Marta esta bonita promessa do Evangelho: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente.” (Jo 11.25-27). Ironicamente, quando Jesus ressuscitou Lázaro da morte, isto tornou os inimigos de Jesus mais decididos do que nunca a matá-lo (Jo 11.39-54). Seis dias antes de Jesus ser crucificado, Maria ungiu-lhe os pés com um óleo perfumado muito caro e os enxugou com os seus cabelos, não sabendo na ocasião que ela estava fazendo isso como uma preparação para o sepultamento de Jesus (Jo 12.1-8; Mt 26.6-13).

LEITURAS:

† Salmo 35.5-10 ou 33.1-5, 20-21 
† Romanos 12.9-13 
† São Lucas 10.38-42

ORAÇÃO DO DIA:

Pai Celestial, teu amado Filho fez amizade com seres humanos frágeis como nós para torná-los teus amigos. Ensina-nos a ser como os queridos amigos de Jesus de Betânia, para que possamos servi-lo fielmente como Marta, aprendermos sinceramente com ele como Maria e, finalmente, sermos ressuscitados por ele como Lázaro. Através de Jesus Cristo, Senhor deles e nosso, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

Fonte: Treasury of Daily Prayer (St. Louis: Concordia Publishing House, 2008. p. 571-572)

28/07/2014

Comemoração de Johann Sebastian Bach, Cantor – 28 de julho


Johann Sebastian Bach (1685-1750) é reconhecido como um dos mais famosos e talentosos de todos os compositores do passado e do presente em todo o mundo ocidental. Órfão aos dez anos de idade, Bach foi quase que inteiramente autodidata na música. Sua vida profissional como regente, cantor, compositor, professor e consultor de órgãos iniciou com a idade de 19 anos, na cidade de Arnstadt e terminou em Leipzig, onde durante os últimos 27 anos de sua vida, ele foi responsável por toda a música nas quatro igrejas luteranas da cidade. Além de ter sido um excelente artista do teclado, o gênio e o volume de composições vocais e instrumentais de Bach permanecem ainda hoje. Um devoto e dedicado luterano, Bach é especialmente honrado na cristandade por sua insistência ao longo da vida de que sua música fora escrita especialmente para a vida litúrgica da igreja, para glorificar a Deus e edificar o seu povo.

LEITURAS:

† Salmo 150
† 2 Crônicas 7.1-6
† Colossenses 2.2-6
† São Lucas 2.8-14

ORAÇÃO DO DIA:

Todo-Poderoso Deus, belo em majestade e majestoso em santidade, tu nos ensina na Sagrada Escritura a cantar teus louvores e concedeste graça a teu servo Johann Sebastian Bach para manifestar a tua glória através da música. Continua a conceder este dom de inspiração para todos os teus servos que escrevem e fazem música para o teu povo, para que com alegria, possamos vislumbrar na Terra a tua beleza e ao final conhecer a riqueza inesgotável da tua criação em Jesus Cristo, nosso Senhor, que vive, e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

Fonte: Treasury of Daily Prayer (St. Louis: Concordia Publishing House, 2008. p. 568-569)

27/07/2014

Evangelho Dominical – Sétimo Domingo após Pentecostes (Ano A)

“Parábola do Tesouro Escondido” (1630), possivelmente por Rembrandt (1606 - 1669) ou Gerard Dou (1613-1675), atualmente no Musée des beaux-arts em Budapeste, na Hungria.

Evangelho segundo S. Mateus 13.44-52

44 O reino dos céus é semelhante a um tesouro oculto no campo, o qual certo homem, tendo-o achado, escondeu. E, transbordante de alegria, vai, vende tudo o que tem e compra aquele campo.
 45 O reino dos céus é também semelhante a um que negocia e procura boas pérolas;  46 e, tendo achado uma pérola de grande valor, vende tudo o que possui e a compra.
 47 O reino dos céus é ainda semelhante a uma rede que, lançada ao mar, recolhe peixes de toda espécie.
 48 E, quando já está cheia, os pescadores arrastam-na para a praia e, assentados, escolhem os bons para os cestos e os ruins deitam fora.
 49 Assim será na consumação do século: sairão os anjos, e separarão os maus dentre os justos,  50 e os lançarão na fornalha acesa; ali haverá choro e ranger de dentes.
 51 Entendestes todas estas coisas? Responderam-lhe: Sim!
 52 Então, lhes disse: Por isso, todo escriba versado no reino dos céus é semelhante a um pai de família que tira do seu depósito coisas novas e coisas velhas.

- Bíblia Sagrada J. F. de Almeida Revista e Atualizada (SBB)

26/07/2014

Sétimo Domingo após Pentecostes – 27 de julho de 2014 (Próprio 12- – Ano A)

“A Parábola da Pérola Preciosa” ou da “Pérola de Grande Valor”, Domenico Fetti (1588-1623)
O Filho de Deus nos redimiu para si com seu santo e precioso sangue

O Senhor nosso Deus nos escolheu para ser "o seu povo especial", não por causa de alguma qualidade ou força de vontade em nós, mas apenas "porque o Senhor ama" a cada um de nós (Dt 7.6-8). Ele é fiel e "guarda a aliança e a misericórdia até mil gerações aos que o amam e guardam os seus mandamentos" (Dt 7.9). Ele nos procurou e nos encontrou em amor, e nos tem concedido "grande valor" pelo grande preço que pagou na cruz (Mt 13.45-46). Em sua transbordante alegria, Ele nos redimiu por sua cruz e nos reuniu em seu Reino pelo Evangelho. Agora somos como "um tesouro escondido num campo", cobertos pela cruz e sujeitos à perseguição do mundo (Mt 13.44), não para a destruição, mas para sermos “conformes à imagem de seu Filho" (Rm 8.29). Visto que fomos "chamados segundo o seu propósito" (Rm 8.28) e que Cristo Jesus morreu, ressuscitou e vive para interceder por nós "à direita de Deus" (Rom. 8.34), não há nada em toda a criação que possa nos separar "do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor" (Rm 8.39).

Cor litúrgica: Verde

LEITURAS:

† Antigo Testamento: Deuteronômio 7.6-9
† Salmo: Salmo 125 (antífona v. 2)
† Epístola: Romanos 8.28-39
† Santo Evangelho: S. Mateus 13.44-52

ORAÇÃO DO DIA:

Todo-poderoso e eterno Deus, faze crescer a nossa fé, esperança e amor para que, recebendo o que prometeste, possamos amar o que ordenas; através de Jesus Cristo, teu Filho, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém. 

25/07/2014

Marcados para a salvação


Não temas as coisas que tens de sofrer.” Apocalipse 2.10

Em Mossul (Iraque), onde existe uma das comunidades cristãs mais antigas do mundo, extremistas islâmicos estão marcando os lares cristãos com a letra “num” do alfabeto árabe, para identificá-los como “nazarenos” e lhes impor o pagamento de multas, a conversão ao Islã, o exílio ou a morte. Você já deve ter visto esta letra também no Facebook, Twitter e Instagram. São cristãos em todo o mundo que estão se solidarizando a seus irmãos cristãos perseguidos no Iraque, identificando-se nas redes sociais como “nazarenos”.
Os cristãos de Mossul estão sendo perseguidos por confessarem Cristo, por se apegarem à Cruz e aos dons que Ele, o próprio Filho de Deus, oferece a cada um de nós. Eles estão sendo marcados para a morte por seus inimigos. No entanto, como pessoas redimidas por Cristo, os cristãos em Mossul, assim como nós, já foram marcados uma vez por todas para a salvação. Não com uma marca visível na porta da casa, mas com um selo sagrado na fronte e no coração, marcado na bendita fonte das águas do Santo Batismo. São Paulo escreve que no Santo Batismo aqueles que foram unidos com Cristo na semelhança da sua morte, também o serão na semelhança da sua ressurreição (Rm 6.3-5). Ali na fonte batismal os cristãos de Mossul, assim como nós, receberam uma vida que nem “tribulação, ou angústia, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada” (Rm 8.35) pode tirar, uma vida dada por Jesus Cristo de Nazaré. Uma vida entregue a cada um de nós no Santo Batismo e sempre de novo no Sacramento do Altar, em seu corpo e sangue.
Assim como São Tiago Maior, Apóstolo, o primeiro dos Doze a receber a coroa do martírio, e assim como os santos de todos os tempos que sofreram por causa do Evangelho, os santos em Mossul dão testemunho de Jesus Cristo, e este crucificado. Com toda a companhia celeste, oramos por estes nossos irmão e irmãs em Cristo, a fim de que sejam libertos da mão do opressor e que, em seus sofrimentos, sejam confortados pelo precioso corpo e sangue de Cristo.

Oremos:
Senhor Jesus Cristo, diante do qual tudo no céu e na terra se dobrará, concede coragem para que nossos irmãos e irmãs no Iraque possam confessar teu nome salvador em face de qualquer oposição de um mundo hostil ao Evangelho. Ajuda-os a lembrar da longa linhagem de tuas fiéis testemunhas que preferiram suportar a perseguição e até mesmo a morte do que desonrar a ti. Por teu Espírito, fortalece-os a confessar a ti diante de tudo, sabendo que irás confessá-los diante de teu Pai no céu; tu que vives e reinas com o Pai e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém. (Coleta pelos cristãos perseguidos)

25 de julho – Dia de São Tiago, o Maior, Apóstolo

“São Tiago, o Maior”, Rembrandt Van Rijn (1606-1669).
Tiago, filho de Zebedeu (morto em 44 d.C.) foi um dos doze apóstolos de Jesus. Era um dos filhos de Zebedeu e Salomé, e irmão de João, o Apóstolo. Ele também é chamado de Tiago, o Maior, para distingui-lo de Tiago, filho de Alfeu, que também é conhecido como Tiago, o Menor.

As listas dos Doze nos Evangelhos (Mt 10.2-4; Mc 3.14-19; Lc 6.13-16) incluem Tiago e João entre os quatro primeiros. De Marcos 3.17 aprendemos que Jesus lhes apelidou de Boanerges, que quer dizer “Filhos do Trovão” - talvez justificado pela história (Lc 9.51-56) de que certa vez que eles queriam fazer descer fogo do céu para destruir uma aldeia que lhes havia recusado hospitalidade.

Os sofrimentos de São Tiago

“O Martírio de São Tiago” (1640), Francisco de Zurbaran (1598 - 1664)

Nosso Senhor preparou seus apóstolos para o sofrimento (S. Mateus 10.17-19). O capítulo 10 de São Mateus é o sermão do Senhor aos apóstolos depois de os haver chamado. Eles também seriam equipados com o Espírito Santo, para dar testemunho da redenção que Jesus conquistaria para todos nós na Cruz. E Tiago, o Maior, foi o primeiro mártir apostólico. Hoje vivemos numa época em que queremos testemunhar a glória e a fama, a riqueza e o poder, especialmente em nossas vidas, e a garantia disso é “mamom” (S. Mateus 6.24). Lutero diz que o dinheiro é o ídolo número um do mundo. E muitas vezes pensamos que vivemos para ele e desanimamos quando não o temos suficiente. Na verdade, só temos vida em comunhão com Jesus Cristo. Os sofrimentos de Tiago, não a sua fama, é que glorificaram o nome do Senhor. “Cristo, autor de minha vida, e da morte vencedor..." (Hinário Luterano, n º 93). Este sofrimento, longanimidade nasce em seu amor por todos nós e através de seu amor, nasce o amor um pelo outro. Seu amor é a nossa vida.

Oremos:
Ó Senhor, te louvamos por Tiago, que caiu sob a espada de Herodes. Ele bebeu o cálice do sofrimento e assim cumpriu tua palavra. Senhor, refreia a nossa vã impaciência pela glória e fama, equipa-nos para tais sofrimentos para glória do teu nome. Amém.

Evangelho do Dia – Festa de São Tiago, o Maior, Apóstolo


Evangelho segundo S. Marcos 10.35-45

35   Então, se aproximaram dele Tiago e João, filhos de Zebedeu, dizendo-lhe: Mestre, queremos que nos concedas o que te vamos pedir.
36   E ele lhes perguntou: Que quereis que vos faça?
37   Responderam-lhe: Permite-nos que, na tua glória, nos assentemos um à tua direita e o outro à tua esquerda.
38   Mas Jesus lhes disse: Não sabeis o que pedis. Podeis vós beber o cálice que eu bebo ou receber o batismo com que eu sou batizado?
39   Disseram-lhe: Podemos. Tornou-lhes Jesus: Bebereis o cálice que eu bebo e recebereis o batismo com que eu sou batizado;
40   quanto, porém, ao assentar-se à minha direita ou à minha esquerda, não me compete concedê-lo; porque é para aqueles a quem está preparado.
41   Ouvindo isto, indignaram-se os dez contra Tiago e João.
42   Mas Jesus, chamando-os para junto de si, disse-lhes: Sabeis que os que são considerados governadores dos povos têm-nos sob seu domínio, e sobre eles os seus maiorais exercem autoridade.
43   Mas entre vós não é assim; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva;
44   e quem quiser ser o primeiro entre vós será servo de todos.
45   Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.

- Bíblia Sagrada J. F. de Almeida Revista e Atualizada (SBB)

Festa de São Tiago, o Maior, Apóstolo – 25 de julho

“São Tiago, o Maior” (c. 1636-1638), Guido Reni (1575–1642)
São Tiago e seu irmão João, filhos de Zebedeu e Salomé eram pescadores no mar da Galileia, que foram chamados juntamente com Pedro e seu irmão André para seguir a Jesus. Nas listas dos discípulos de Jesus nos Evangelhos, Tiago está listado seguindo Pedro e precedendo João. Juntos, esses três aparecem como líderes dos Doze. A razão de Tiago preceder João é porque Tiago é o mais velho dos irmãos. O Livro de Atos registra que Tiago foi decapitado por Herodes Agripa I, provavelmente entre os anos 42 e 44 d. C. (Atos 12.1-2). Assim, Tiago é o primeiro dos Doze a morrer como um mártir.

Cor litúrgica: Vermelha

LEITURAS:

† Atos 11.27-12.5
† Salmo: 56 (antífona vers. 4)
† Epístola: Romanos 8.28-39
† Santo Evangelho: S. Marcos 10.35-45

ORAÇÃO DO DIA:

Ó gracioso Deus, teu servo e apóstolo São Tiago foi o primeiro entre os Doze a sofrer o martírio em nome de Jesus Cristo. Derrama sobre os líderes da tua Igreja este espírito de serviço abnegado para que possamos abandonar todos os atrativos falsos e passageiros e passemos a seguir somente a Cristo, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

Fonte: Treasury of Daily Prayer (St. Louis: Concordia Publishing House, 2008)

24/07/2014

A parábola do joio

Ilustração da Parábola do Joio no livro de Matinho Lutero intitulado “Auslegung der Episteln vnd Euangelien vom Advent an, bis auff Ostern” (1530).
O método do diabo é sempre o de confundir a verdade com o mal, revestindo-o com a aparência e as cores da verdade, de modo a poder seduzir facilmente aqueles que se deixam enganar. É por isso que Nosso Senhor apenas fala do joio, porque esta planta é semelhante ao trigo. Seguidamente mostra como consegue o diabo enganar: “Enquanto os seus homens dormiam”. Daí, vemos o grave perigo que correm os chefes, principalmente aqueles a quem foi confiada a guarda do campo; além disso, este perigo não ameaça apenas os chefes, mas também os seus subordinados. Isto revela-nos também que o erro vem depois da verdade. [...] Cristo disse-nos isto para que aprendamos a não nos deixarmos adormecer [...], donde a necessidade de uma vigilância permanente. É por isso que Ele diz: “Aquele que se mantiver firme até ao fim será salvo” (Mt 10.22) [...].
Consideremos agora o zelo dos servos. Eles querem retirar o joio imediatamente, sem refletir, o que nos mostra a sua preocupação com a sementeira. Eles só querem uma coisa: não desejam vingar-se de quem semeou o joio, mas salvar a colheita, razão pela qual pensam como arrancar todo o mal. [...] O que responde então o Mestre? [...] Impede-os de o fazer por dois motivos: primeiro, o receio de prejudicar o trigo; e segundo, a certeza de que o castigo se abaterá inevitavelmente sobre aqueles que são tentados por esta doença mortal. Se eles desejam castigar, sem que a colheita sofra, esperem o momento oportuno. [...] Quem sabe se uma parte desse joio não se transforma em trigo? Então, se o arrancarem agora, a próxima colheita será afetada, pois arrancarão aqueles que poderiam transformar-se e tornar-se melhores.

-- São João Crisóstomo (c. 347-407), pastor e teólogo em Constantinopla (Homílias sobre São Mateus, 46, 1-2)

23/07/2014

Enquanto os homens dormem o inimigo semeia o joio

“O inimigo semeando ervas daninhas” (c. 1540), pintura no Altar de Mömpelgarder, atualmente no Museum Kunsthistorisches, em Viena.

 

A parábola do Evangelho do Sexto Domingo após Pentecostes nos conta que "um homem que semeou boa semente no seu campo; mas, enquanto os homens dormiam, veio o inimigo dele, semeou o joio no meio do trigo e retirou-se" (Mt 13.24-25).

De acordo com Lutero, o nosso Salvador retrata aqui "o espalhamento que Satanás faz de sua semente, enquanto o povo dorme, e ninguém vê que o fez, e mostra como Satanás se adorna e se disfarça para que não seja tomado como Satanás." (Postila da Igreja de 1525).

São João Crisóstomo escreve em suas Homilias sobre São Mateus que "Cristo disse-nos isto para que aprendamos a não nos deixarmos adormecer [...], donde a necessidade de uma vigilância permanente. É por isso que Ele diz: 'Aquele que se mantiver firme até ao fim será salvo' (Mt 10.22)".

C. F. W. Walther nos lembra "que quanto mais perto chegamos do Último Dia, mais ardilosamente nosso inimigo maligno tentará nos iludir a pensar que o tesouro da Palavra é incerto e suspeito. Vamos, então, estar em guarda! Nossa aderência à Palavra é crucial para a nossa salvação." (God grant it: daily devotions from C.F.W. Walther, pág. 489).

22/07/2014

Olha para mim, um pobre pecador


Ó Senhor Jesus Cristo, olha para mim, um pobre pecador, com seus olhos de misericórdia, os mesmos olhos de misericórdia com o qual tu olhaste para Pedro no pátio do sinédrio, para Maria Madalena no banquete e para o malfeitor na cruz. Concedei-me também, ó, Deus todo-poderoso, que, com Pedro eu possa lamentar meu pecado de coração, com Maria Madalena eu possa amá-lo sinceramente e com o malfeitor na cruz possa viver eternamente contigo em teu reino. Amém.

-- Bem-aventurado Johann Gerhard (1582-1637), pastor e teólogo, em “An Explanation of the History of the Suffering and Death of Our Lord Jesus Christ” (Repristination Press, 2005), p. 123.

Evangelho do Dia – Festa de Santa Maria Madalena

“Noli Me Tangere” (c. 1506), Fra Bartolomeo (1472-1517)
Evangelho segundo S. João 20.1-2, 10-18

1   No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, sendo ainda escuro, e viu que a pedra estava revolvida.
2   Então, correu e foi ter com Simão Pedro e com o outro discípulo, a quem Jesus amava, e disse-lhes: Tiraram do sepulcro o Senhor, e não sabemos onde o puseram.
[...]
10   E voltaram os discípulos outra vez para casa.
11   Maria, entretanto, permanecia junto à entrada do túmulo, chorando. Enquanto chorava, abaixou-se, e olhou para dentro do túmulo,
12   e viu dois anjos vestidos de branco, sentados onde o corpo de Jesus fora posto, um à cabeceira e outro aos pés.
13   Então, eles lhe perguntaram: Mulher, por que choras? Ela lhes respondeu: Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o puseram.
14   Tendo dito isto, voltou-se para trás e viu Jesus em pé, mas não reconheceu que era Jesus.
15   Perguntou-lhe Jesus: Mulher, por que choras? A quem procuras? Ela, supondo ser ele o jardineiro, respondeu: Senhor, se tu o tiraste, dize-me onde o puseste, e eu o levarei.
16   Disse-lhe Jesus: Maria! Ela, voltando-se, lhe disse, em hebraico: Raboni (que quer dizer Mestre)!
17   Recomendou-lhe Jesus: Não me detenhas; porque ainda não subi para meu Pai, mas vai ter com os meus irmãos e dize-lhes: Subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus.
18   Então, saiu Maria Madalena anunciando aos discípulos: Vi o Senhor! E contava que ele lhe dissera estas coisas.

- Bíblia Sagrada J. F. de Almeida Revista e Atualizada (SBB)

Festa de Santa Maria Madalena - 22 de julho

“Santa Maria Madalena” (1644-46), Carlo Dolci (1616-1686)

Com apenas uma exceção (S. João 19.25), sempre que os Evangelhos do Novo Testamento citam as mulheres que estavam com Jesus, Santa Maria Madalena é a primeira da lista. Muitos especulam que a razão para isso é que Maria foi abençoada por ser a primeira pessoa a ver o Senhor Jesus ressuscitado (S. João 20.10-18). De acordo com S. Lucas 8.2, Jesus tinha curado Maria da possessão de sete demônios. Através dos séculos, ela tem sido frequentemente identificada com a arrependida “mulher da cidade” (prostituta) que ungiu os pés de Jesus, quando ele se sentou à mesa na casa do fariseu (S. Lucas 7.36-50). Essa identificação levou à inclusão da palavra “Penitente” em seu título oficial na Igreja da Idade Média, a única pessoa a ser assim designada. De acordo com os evangelhos, Maria de Magdala é a principal testemunha dos eventos fundamentais da pregação cristã: ela viu a morte de Jesus, seu sepultamento e sua primeira aparição após a ressurreição. Devido Maria ter sido enviada aos apóstolos para contar sobre a ressurreição, Bernardo de Claraval (1090-1153) a chamou de “apóstola dos apóstolos”. Sua comemoração em 22 de julho é observada tanto pelas expressões ocidentais e orientais da Igreja, e se tornou uma das mulheres mais amplamente comemorada em toda a cristandade.

Cor litúrgica: Branca

LEITURAS:

† Antigo Testamento: Provérbios 31.10-31
† Salmo: 73.23-28 (antífona vers. 1)
† Epístola: Atos 13.26-31
† Santo Evangelho: S. João 20.1-2, 10-18

ORAÇÃO DO DIA:

Todo-Poderoso Deus, teu Filho Jesus Cristo restaurou Maria Madalena à saúde e chamou-a para ser a primeira testemunha de sua ressurreição. Cura-nos de todas as nossas enfermidades e chama-nos para conhecer a ti no poder da vida eterna do teu Filho; pelo mesmo Jesus Cristo, teu Filho, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

Fonte: Treasury of Daily Prayer (St. Louis: Concordia Publishing House, 2008)

21/07/2014

Prefácio de Lutero ao Profeta Ezequiel (1545)


     Assim como Daniel e outros mais, Ezequiel foi levado de livre vontade junto com o rei Joaquim para o cativeiro na Babilônia conforme o conselho de Jeremias. Este último sempre aconselhava que deviam se render ao rei da Babilônia para que vivessem, e que não deviam resistir, pois do contrário seriam destruídos (Jeremias, capítulo 21[.8s.]).
     Visto que agora já tinham chegado à Babilônia - como indica Jeremias, no capítulo 24[.1ss], consolando-os amigavelmente -, eles começaram a ficar impacientes e se arrependeram sobremaneira de se haver rendido. Pois eles viram que aqueles que tinham ficado em Jerusalém e não tinham se rendido ainda possuíam a cidade e tudo o mais, e que tinham a esperança de fazer Jeremias passar por mentiroso, de defender-se bem diante do rei da Babilônia e de permanecer na terra.
     Para tanto, certamente, contribuíam os falsos profetas que sempre consolavam bastante em Jerusalém, dizendo que Jerusalém não viria a ser conquistada, e que Jeremias devia estar mentindo como um herege e uma pessoa infiel. Junto com isso deu-se o fato (como costuma suceder) que os que estavam em Jerusalém se jactavam de apegar-se firme e honestamente a Deus e à Pátria, dizendo que os outros tinham se entregado e abandonado a Deus junto com a Pátria, como os infiéis e traidores que não podiam confiar nem esperar em Deus, mas que se jogaram ao encontro de seus inimigos por causa da conversa fiada de Jeremias, o mentiroso, etc. Isso feria e enfurecia bastante aqueles que tinham se rendido à Babilônia e, agora, seu cativeiro pesava o dobro. Ó quantas e quão extremas maldições não devem ter desejado para Jeremias a quem tinham seguido, mas que os havia desnorteado tão miseravelmente!
     Por essa razão, Deus desperta agora, na Babilônia, este profeta Ezequiel, para consolar os cativos e profetizar contra os falsos profetas de Jerusalém, confirmando a palavra de Jeremias. Isso ele também faz de modo leal, e profetiza bem mais dura e copiosamente acerca da maneira como Jerusalém será destruída e o povo morto junto com seus reis e príncipes. E, não obstante, ele promete, em meio a isso, o retomo e a volta para a terra de Judá. E esse é o assunto mais importante em Ezequiel, que ele tratou em sua época e sobre o qual ele discorre até o capítulo 25.
     Após isso, até o capítulo 34, ele estende sua profecia também a todos os outros países circundantes que seriam atormentados pelo rei da Babilônia. Seguem-se, então, quatro excelentes capítulos sobre o Espírito e o Reino de Cristo. Depois, ele fala do último tirano no Reino de Cristo, Gogue e Magogue. E, finalmente, ele reconstrói Jerusalém e, com isso, consola as pessoas do povo de que voltarão novamente para casa. No espírito, porém, ele se refere à cidade eterna, a Jerusalém celestial de que também fala o Apocalipse.

-- Bem-aventurado Martinho Lutero (1483-1546), doutor e reformador da igreja (Prefácio ao Profeta Ezequiel (Vorrede auff den Propheten Hesekiel, WA DB 11/I,393). Tradução de Luís H. Dreher nas Obras Selecionadas de Lutero, Volume 8 (São Leopoldo: Sinodal; Porto Alegre: Concórdia, 2003. p. 53-54).

Comemoração do Santo Profeta Ezequiel – 21 de julho

“Ezequiel: O Sacerdote-Profeta de Deus” (c. 1954), Frank O. Salisbury (1874–1962), da coleção do John Wesley’s House & The Museum of Methodism.
Ezequiel, filho de Buzi, era um sacerdote chamado por Deus para ser um profeta para os exilados durante o cativeiro babilônico (Ezequiel 12.13). Em 597 a.C., o rei Nabucodonosor e o exército babilônico levaram o rei de Judá e milhares dos melhores cidadãos de Jerusalém - incluindo Ezequiel - para a Babilônia (2 Reis 24.8-16). De 593 a.C. até a destruição de Jerusalém e do templo em 586 a.C., Ezequiel profetizou a inevitabilidade do juízo divino sobre Jerusalém, sobre os exilados na Babilônia e em sete nações que cercavam Israel (Ezequiel 1-32). Jerusalém cairia e os exilados não voltariam rapidamente, como consequência de seu pecado. Uma vez que chegou a Ezequiel a notícia que Jerusalém e o templo foram destruídos, sua mensagem se tornou conforto e esperança. Através o profeta, Deus prometeu que seu povo iria experimentar a futura restauração, renovação e avivamento na vinda reino messiânico (Ezequiel 33-48). Grande parte do estranho simbolismo das profecias de Ezequiel foi mais tarde utilizado no Apocalipse de São João.

ORAÇÃO DO DIA:

Senhor Deus, Pai Celestial, por intermédio do Profeta Ezequiel, tu continuaste o modelo profético de ensinar seu povo na verdadeira fé e a demonstrar através dos milagres a tua presença na criação para curá-la de sua fragilidade. Concede que tua Igreja possa ver em teu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, o profeta dos últimos tempos cujos ensinamentos e milagres continuam na tua Igreja através da medicina curativa do Evangelho e dos Sacramentos, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém.

Fonte: Treasury of Daily Prayer (St. Louis: Concordia Publishing House, 2008. p. 545-546)

20/07/2014

Evangelho Dominical – Sexto Domingo após Pentecostes (Ano A)

“O Diabo semeando joio”, atribuído a Abraham Bloemaert (c. 1566–1651). Coleção: Somerville College, University of Oxford.
Evangelho segundo S. Mateus 13.24-30, 36-43

24 Outra parábola lhes propôs, dizendo: O reino dos céus é semelhante a um homem que semeou boa semente no seu campo;  25 mas, enquanto os homens dormiam, veio o inimigo dele, semeou o joio no meio do trigo e retirou-se.
 26 E, quando a erva cresceu e produziu fruto, apareceu também o joio.
 27 Então, vindo os servos do dono da casa, lhe disseram: Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde vem, pois, o joio?
 28 Ele, porém, lhes respondeu: Um inimigo fez isso. Mas os servos lhe perguntaram: Queres que vamos e arranquemos o joio?
 29 Não! Replicou ele, para que, ao separar o joio, não arranqueis também com ele o trigo.
 30 Deixai-os crescer juntos até à colheita, e, no tempo da colheita, direi aos ceifeiros: ajuntai primeiro o joio, atai-o em feixes para ser queimado; mas o trigo, recolhei-o no meu celeiro.
[...]
36 Então, despedindo as multidões, foi Jesus para casa. E, chegando-se a ele os seus discípulos, disseram: Explica-nos a parábola do joio do campo.
 37 E ele respondeu: O que semeia a boa semente é o Filho do Homem;  38 o campo é o mundo; a boa semente são os filhos do reino; o joio são os filhos do maligno;  39 o inimigo que o semeou é o diabo; a ceifa é a consumação do século, e os ceifeiros são os anjos.
 40 Pois, assim como o joio é colhido e lançado ao fogo, assim será na consumação do século.
 41 Mandará o Filho do Homem os seus anjos, que ajuntarão do seu reino todos os escândalos e os que praticam a iniquidade  42 e os lançarão na fornalha acesa; ali haverá choro e ranger de dentes.
 43 Então, os justos resplandecerão como o sol, no reino de seu Pai. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.

- Bíblia Sagrada J. F. de Almeida Revista e Atualizada (SBB)

19/07/2014

Sermão de Lutero sobre a Parábola do Joio

Ilustração da Parábola do Joio (Mateus 13) na Postila de Matinho Lutero intitulada “Kercken Postilla, dat ys, Vthlegginge der Epistelen vnd Euangelien, an de Söndagen vnde vornemesten Festen” (1563). Descrição. Jesus conta a parábola do joio aos seus discípulos e o diabo semeia ervas daninhas com a boa semente. Aquele que plantou as sementes boas dorme.
O Evangelho que lemos hoje também ensina com essa parábola que nosso livre-arbítrio equivale a nada, visto que a boa semente é semeada apenas por Cristo, e Satanás pode semear apenas a semente do mal; como vimos também que o campo de si mesmo produz somente joio, que o gado come, embora o campo os receba e fique verde, como se fossem trigo. Da mesma forma, os falsos cristãos entre os verdadeiros não são de nenhuma utilidade, senão para alimentar o mundo e ser comida para Satanás, e são tão belamente verdes e hipócritas, como se fossem apenas os santos, e mantém o lugar na Cristandade que pertence a eles; e por nenhuma outra razão senão esta: eles se gloriam de ser cristãos e estar entre os cristãos na igreja de Cristo, embora vejam e confessem que vivem vidas ímpias.
Nisso o Salvador retrata aqui também o espalhamento que Satanás faz de sua semente, enquanto o povo dorme, e ninguém vê que o fez, e mostra como Satanás se adorna e se disfarça para que não seja tomado como Satanás. Como experimentamos quando o Cristianismo foi plantado no mundo, Satanás colocou no seu meio falsos mestres. As pessoas pensam aqui com segurança que Deus está entronizado sem um rival, e que Satanás está à milhas de distância, e ninguém vê nada exceto como eles ostentam a Palavra, o nome e a obra de Deus. Esse curso se prova belamente eficaz. Mas quando o trigo cresce, então vemos o joio, isto é, se formos cuidadosos com a Palavra de Deus e ensinarmos a fé; vemos que ele produz fruto, então vagueia e o antagoniza, e deseja se assenhorear do campo, e teme que somente trigo cresça no campo, e seus interesses sejam ignorados.
Então a igreja e o pastor se assombram; mas não lhes é permitido fazer julgamento, e avidamente desejam interpretar tudo como bom, visto que tais pessoas portam o nome de cristãos. Mas é evidente que elas são joio e semente perversa, se extraviaram da fé e caíram, confiando nas obras. Os santos lamentam por causa disso diante do Senhor, orando com sinceridade de espírito. Pois o semeador da boa semente diz novamente, eles não devem arrancar o joio pela raiz, isto é, devem ter paciência, e suportar tal blasfêmia, e encomendar tudo a Deus; pois embora o joio estorve o trigo, todavia, o primeiro torna o último mais belo de se contemplar, comparado com o joio, como S. Paulo também diz em 1 Co 11.19: "E até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem entre vós". Isso é suficiente sobre o texto de hoje.

-- Sermão do bem-aventurado Martinho Lutero, para o Quinto Domingo após Epifania (S. Mateus 13.24-30) publicado em sua (Postila da Igreja de 1525). 

Fonte: The Sermons of Martin Luther (Grand Rapids: Baker Book House, p. 103-104)

18/07/2014

Sexto Domingo após Pentecostes - 20 de julho de 2014 (Próprio 11 – Ano A)

“Cristo no Campo de Trigo”, Josef Untersberger (1864–1933)
A Palavra do Evangelho confere a justiça de Cristo e produz fé

A boa semente, que é "o Filho do Homem", o próprio Jesus (Mateus 13.37), produz uma colheita de fé e dá bons frutos nos "filhos do reino" (Mateus 13.38). Tudo o que é semeado além de sua Palavra é do diabo, que planta as ervas daninhas da incredulidade e do pecado, até mesmo entre o povo de Deus. Felizmente, o Senhor é paciente e não arranca as ervas daninhas, para que também as plantas não sejam destruídas. Ele deixa ambos "crescer juntos até à colheita" (Mateus 13.30), enquanto continua a pregar o arrependimento e o perdão dos pecados. Assim, o Senhor preserva a sua Igreja em justiça, pois só Ele é "o Rei de Israel, e seu Redentor" (Isaías 44.6). Uma vez que todas as coisas estão sob seu gracioso cuidado e manutenção, "não vos assombreis, nem temais" (Isaías 44.8), pois "a criação aguarda a revelação dos filhos de Deus" com ardente expectativa (Romanos 8.19), e nesta esperança nós também aguardamos com paciência. Apesar de ainda não vermos isto, "o Espírito nos ajuda em nossa fraqueza" (Romanos 8.26) e, na realidade, "os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós" (Romanos 8.18).

Cor litúrgica: Verde

LEITURAS:

† Antigo Testamento: Isaías 44.6-8
† Salmo: Salmo 119.57-64 (antífona v. 89)
† Epístola: Romanos 8.18-27
† Santo Evangelho: S. Mateus 13.24-30, 36-43

ORAÇÃO DO DIA:

Ó Senhor, dirige e governa nossos corações e mentes pelo teu Espírito Santo de tal maneira que, mesmo cientes do teu juízo final, possamos ser encorajados à santidade de viver aqui e habitar contigo em perfeita alegria na vida futura; através de Jesus Cristo, teu Filho, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém. 

17/07/2014

O livro de Rute e o sofrimento

Rute decide ir com Noemi a Belém”, Jacob Pynas (1592/1593–c. 1650)
A propósito da comemoração de Rute (16 de julho) no calendário santoral luterano, lemos no livro de Rute que Naomi, ao regressar a Belém após muitos anos, exclama: “Cheia parti, porém vazia o Senhor me fez tornar” (Rute1.21). Esta tem sido a experiência espiritual de muitos cristãos a cada Domingo. Muitas vezes deixamos o culto cheios e quando voltamos na outra semana, nos sentimos como Noemi, vazios por causa das muitas aflições e desafios de viver num mundo caído. E isto acontece exatamente pelo fato de sermos cristãos.
Lutero diz no prefácio à edição wittenberguense de seus escritos em língua alemã (1539) que necessitamos três coisas para tornar-se um teólogo: oratio, meditatio e tentatio (três palavras latinas para “oração, meditação e sofrimento”). Por “teólogo”, Lutero entende aquele que foi chamado por Deus para ser um perito na Palavra de Deus e que a conhece tão bem que seja capaz de ensiná-la publicamente na Igreja. Enfim, Lutero quer dizer que não é suficiente apenas ouvir e ler a Palavra. Somos levados a Deus em nossos sofrimentos. Ao olharmos para os santos que nos precederam, vemos que justamente aqueles que sofreram angústia na alma é que encontraram refrigério e descanso. E Deus está mais perto daqueles que sofrem, assim como nos sofrimentos nos tornamos mais dependentes das promessas de Deus do que de nós mesmos.
Aqueles que se aproximam da Palavra simplesmente como um objeto sem vida, por curiosidade e estudo, em meio ao sofrimento, a encaram como uma âncora para suas almas. No sofrimento, vemos a Palavra como ela realmente é: a viva vox (voz viva) de Deus, que nos salva, renova, restaura e faz reviver das angústias e sofrimentos. Essa é a experiência do salmista e de todos aqueles que procuram em Deus uma fortaleza nos momentos de tribulações e que buscam, Domingo após Domingo, a renovação na Palavra de Deus, que se apresentam miseráveis e famintos ao Sacramento do Altar para ali encontrarem o conforto do Verbo encarnado: “A minha alma está apegada ao pó; vivifica-me segundo a tua palavra.” (Sl 119.25)

16/07/2014

Comemoração da Santa Matriarca Rute – 16 de julho


Rute de Moabe, personagem do livro bíblico que leva seu nome, é um exemplo inspirador da graça de Deus. Embora ela fosse uma moça gentia, Deus fez dela a bisavó do Rei Davi (Rute 4.17) e, consequentemente, uma antepassada do próprio Jesus (S. Mateus 1.5). A fome em Israel levaram Elimeleque e Naomi a emigrar de Belém para o país vizinho de Moabe com seus dois filhos Malom e Quiliom. Os filhos casaram com mulheres moabitas, Orfa e Rute, mas após cerca de dez anos, Elimeleque e seus filhos morreram (Rute 1.1-5). Naomi então decidiu voltar para Belém e pediu que suas noras voltassem para suas famílias. Orfa atendeu a Naomi mas Rute se recusou, respondendo com as comoventes palavras: “para onde quer que tu fores, irei eu; e onde quer que tu pousares, pousarei eu: o teu povo será o meu povo, e o teu Deus o meu Deus” (Rute 1.16). Após Rute chegar a Belém, Boaz, um parente próximo de Elimeleque, concordou em ser o “redentor” de Rute (Rute 3.7-13; 4.9-12). Ele a tomou como sua esposa, e Rute deu à luz Obede, avô de Davi (Rute 4.13-17), preservando, assim, a semente messiânica.  A bondade de Rute e sua lealdade altruísta para com Naomi – e sua fé no Deus de Noemi – redundou para o louvor de Deus por sua misericordiosa escolha de um modo inesperado.

ORAÇÃO DO DIA:

Deus fiel, tu prometeste preservar o teu povo e salvar a tua herança, usando vasos pouco prováveis e inesperados na extensão da genealogia que traria o nascimento de teu bendito Filho. Dá-nos a lealdade de Rute e sua confiança no Deus único e verdadeiro, para que nós também possamos te honrar através de nossa submissão e respeito e sermos contados entre teu povo escolhido, pela graça de Jesus Cristo, nosso Senhor, e do Espírito Santo, que reina contigo, agora e sempre. Amém.

Fonte: Treasury of Daily Prayer (St. Louis: Concordia Publishing House, 2008. p. 530)

15/07/2014

Comemoração de Santa Olga e São Vladimir, primeiros governantes cristãos da Rússia – 15 de julho

Mosaico de Vladimir e Olga (séc. XIX). na Catedral de Santo Isaac, São Petersburgo, Rússia.
Olga (ou Helga), nascida por volta de 890, foi esposa do príncipe Igor da Rússia e depois de sua morte, em 945 foi regente de seu filho. Em 957, Olga visitou Constantinopla, tornando se cristã logo depois. No entanto, não obteve sucesso na conversão de seu filho ou de um número significativo de compatriotas. Ela morreu em 969, provavelmente no dia 11 de julho.
Vladimir, bisneto de Rurik I (o mítico fundador do Estado russo), neto de Olga e o mais novo dos três filhos de Sviatoslav I de Kiev, nasceu em 956 e se tornou Príncipe de Novgorod em 970. Em 972 seu pai morreu e os três filhos lutaram pela coroa. Vladimir subiu ao trono de Kiev em 980 após vencer seu irmão Yaropolk com o apoio Viking, expandindo seu império através de uma série de conquistas.
Vladimir interessou-se pela religião e começou a estudar o Evangelho, recebendo o Santo Batismo em 989. Casou-se depois com a princesa Ana Porfirogênita, irmã do imperador bizantino Basílio II.
Vladimir levou seu compromisso cristão a sério, e sob seu governo a cristianização da Rússia avançou rapidamente. Descartou sua antiga coleção de mulheres e amantes pagãs, destruiu ídolos e templos pagãos, construiu igrejas, mosteiros e escolas, trouxe missionários gregos para educar o seu povo, aboliu ou restringiu grandemente a pena de morte e deu generosos donativos aos pobres. Ao converter o seu povo, no entanto, Vladimir recorreu a métodos militares (toda a sua vida ele sobreviveu lutando) e algumas de suas ex-esposas pagãs e seus filhos levantaram uma rebelião armada contra ele, no curso da qual foi morto perto de Kiev, em 15 de julho de 1015. Ele e sua avó Olga são honrados como os fundadores do cristianismo russo.

ORAÇÃO DO DIA:

Ó Deus, que chamaste a tua serva Olga e seu neto Vladimir para um trono terreno a fim de que eles pudessem avançar teu reino celestial, e deu-lhes o zelo pela tua Igreja e amor pelo teu povo, concede misericordiosamente que nós, que os comemoramos neste dia, sejamos fecundos em boas obras e alcancemos a gloriosa coroa de teus santos; por Jesus Cristo, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, pelos séculos dos séculos. Amém.

13/07/2014

Evangelho Dominical – Quinto Domingo após Pentecostes (Ano A)

A Parábola do Semeador conforme ilustração em Hortus deliciarum compilado por Herrad de Landsberg (séc. XII).
Evangelho segundo S. Mateus 13.1-9, 18-23

1 Naquele mesmo dia, saindo Jesus de casa, assentou-se à beira-mar;
 2 e grandes multidões se reuniram perto dele, de modo que entrou num barco e se assentou; e toda a multidão estava em pé na praia.
 3 E de muitas coisas lhes falou por parábolas e dizia: Eis que o semeador saiu a semear.
 4 E, ao semear, uma parte caiu à beira do caminho, e, vindo as aves, a comeram.
 5 Outra parte caiu em solo rochoso, onde a terra era pouca, e logo nasceu, visto não ser profunda a terra.
 6 Saindo, porém, o sol, a queimou; e, porque não tinha raiz, secou-se.
 7 Outra caiu entre os espinhos, e os espinhos cresceram e a sufocaram.
 8 Outra, enfim, caiu em boa terra e deu fruto: a cem, a sessenta e a trinta por um.
 9 Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.
[…]
 18 Atendei vós, pois, à parábola do semeador.
 19 A todos os que ouvem a palavra do reino e não a compreendem, vem o maligno e arrebata o que lhes foi semeado no coração. Este é o que foi semeado à beira do caminho.
 20 O que foi semeado em solo rochoso, esse é o que ouve a palavra e a recebe logo, com alegria;
 21 mas não tem raiz em si mesmo, sendo, antes, de pouca duração; em lhe chegando a angústia ou a perseguição por causa da palavra, logo se escandaliza.
 22 O que foi semeado entre os espinhos é o que ouve a palavra, porém os cuidados do mundo e a fascinação das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera.
 23 Mas o que foi semeado em boa terra é o que ouve a palavra e a compreende; este frutifica e produz a cem, a sessenta e a trinta por um.

- Bíblia Sagrada J. F. de Almeida Revista e Atualizada (SBB)

12/07/2014

Quinto Domingo após Pentecostes – 13 de julho de 2014 (Próprio 10 – Ano A)


A pregação da Palavra de Cristo leva aos bons frutos da fé e amor

Assim como descem a chuva e a neve dos céus” e “regam a terra e a fazem produzir, e brotar, e dar semente ao semeador, e pão ao que come” (Isaías 55.10), assim também a Palavra de Deus realiza o propósito do qual ela fala, concedendo alegria e paz através do perdão dos pecados e produzindo os frutos da fé e amor naqueles que são chamados por seu nome. Jesus Cristo, o Verbo encarnado, estabeleceu o nome do Senhor como um “sinal eterno, que nunca se apagará" (Isaías 55.13). Ele abre os nossos ouvidos para ouvir, nossas mentes para compreender e nossos corações para crer em sua Palavra, a fim de que o maligno não venha e a tire de nós. Por isso, Jesus transforma nossos corações pedregosos em terra boa, que se apega ao Evangelho "e dá fruto" (Mateus 13.23). Ele próprio é as primícias de todos os que receberam “o Espírito de adoção de filhos" (Romanos 8.15). Portanto, sendo "guiados pelo Espírito de Deus", não temos medo, mas clamamos com fé ao nosso Pai no céu (Romanos 8.14-15). Assim como sofremos com Cristo, o Filho amado, assim "também com ele seremos glorificados" (Romanos 8.17).

Cor litúrgica: Verde

LEITURAS:

† Antigo Testamento: Isaías 55.10-13
† Salmo: Salmo 65.(1-8) 9-13 (antífona v. 5)
† Epístola: Romanos 8.12-17
† Santo Evangelho: S. Mateus 13.1-9, 18-23

ORAÇÃO DO DIA:

Bendito Senhor, visto que fizeste que as Escrituras Sagradas fossem escritas para nosso ensino, concede que possamos ouvir, ler, observar, estudar e internamente digeri-las, a fim de podermos abraçar e sempre manter firme a bendita esperança da vida eterna; através de Jesus Cristo, teu Filho, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém. 

11/07/2014

Comemoração de São Bento de Núrsia – 11 de julho


Bento, abade e fundador das comunidades monásticas de Subiaco e Monte Cassino, e autor da regra monástica que leva seu nome, é o patriarca do monaquismo ocidental, uma vez que o monaquismo cristão já existia havia três séculos no Oriente. A fonte primária para o nosso conhecimento de sua vida é o livro II dos Diálogos de São Gregório Magno. Bento nasceu por volta de 480 em Núrsia (ou Nórcia), na Itália, e estudou em Roma, onde o estilo de vida o desgostou. Roma havia sido invadida por várias tribos bárbaras e o momento era de considerável instabilidade política (o Império Romano do ocidente tinha chegado ao fim na segunda metade do século V). A antiga sociedade romana do ocidente foi se quebrando e os reinos germânicos da Idade Média foram surgindo dentro das fronteiras do império caído. O desgosto de Bento com os modos e costumes de Roma o levou a deixar a cidade antes de completar seus estudos e a retirar-se numa gruta do monte Subiaco. De lá, se retirou para o Monte Cassino, perto de Nápoles, onde escreveu a versão final de sua Regra dos Mosteiros. Bento morreu em algum momento entre 540 e 550 e foi enterrado no mesmo túmulo que sua irmã, Escolástica.
Bento incorporou muitos ensinamentos monásticos tradicionais de João Cassiano, de Basílio, o Grande, e da Regra do Mestre. Sua inovação foi caracterizada pela prudência e moderação dentro de uma estrutura de autoridade, obediência, estabilidade e vida comunitária. Sua grande conquista foi o de produzir um modo de vida monástico que era completo, ordeiro e funcional, no qual o trabalho e a oração estavam integrados. A flexibilidade de sua Regra permitiu-lhe ser adaptada às necessidades da sociedade, de modo que os mosteiros tornaram-se centros de aprendizagem, agricultura, hospitalidade e medicina, de uma forma certamente imprevista até mesmo pelo próprio Bento.

LEITURAS

Salmo 119.129-136 
Provérbios 2.1-9 
Filipenses 2.12-16 
São Lucas 14.27-33 

ORAÇÃO DO DIA:

Onipotente e eterno Deus, teus preceitos são a sabedoria de um Pai amoroso: Concede-nos a graça de, seguindo o ensinamento e o exemplo de teu servo Bento, caminhar com corações amorosos e dispostos na escola de serviço do Senhor. Deixa teus ouvidos abertos às nossas orações e prospera com a tua bênção a obra das nossas mãos; por Jesus Cristo, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, hoje e sempre. Amém.

06/07/2014

Evangelho Dominical – Quarto Domingo após Pentecostes (Ano A)


Evangelho segundo S. Mateus 11.25-30

25 Por aquele tempo, exclamou Jesus: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos.
 26 Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado.
 27 Tudo me foi entregue por meu Pai. Ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.
 28 Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.
 29 Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma.
 30 Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.

- Bíblia Sagrada J. F. de Almeida Revista e Atualizada (SBB)

Quarto Domingo após Pentecostes – 6 de julho de 2014 (Próprio 9 – Ano A)


Jesus Cristo, nosso Salvador, é a nossa verdadeira paz e nosso descanso

Apesar de já termos morrido com Cristo no Santo Batismo e sermos ressuscitados para uma nova vida nele, encontramos "outra lei que batalha" em nosso corpo e vida, isto é, entre o nosso velho Adão e o novo homem (Romanos 7.23). Pelo Espírito de Cristo, está em nós “o querer o bem”, mas não somos capazes de fazer isso porque “não habita bem nenhum” em nossa carne pecaminosa (Romanos 7.18). No entanto, "graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor", o qual nos livra do "do corpo desta morte" (Romanos 7.24-25). Alegramo-nos com ele, nosso bondoso Rei, que vem "justo e Salvador" (Zacarias 9.9). Ele anuncia paz aos nossos corações e pelo seu sangue do Novo Testamento ele nos tira da "da cova em que não havia água" e nos leva de volta para a fortaleza do nosso Batismo (Zacarias 9.10-12). Apesar de estarmos "cansados e oprimidos", ele nos chama para si e dá descanso para as nossas almas através do seu livre e pleno perdão (Mateus 11.28), não porque somos "sábios e entendidos", mas pela graciosa vontade de Deus, o Pai, “a quem o Filho o quiser revelar” em amor (Mateus 11.25-27).

Cor litúrgica: Verde

LEITURAS:

† Antigo Testamento: Zacarias 9.9-12
† Salmo: Salmo 145.1-14 (antífona v. 19)
† Epístola: Romanos 7.14-25a
† Santo Evangelho: S. Mateus 11.25-30

ORAÇÃO DO DIA:

Gracioso Deus, nosso Pai celestial, que em tua misericórdia nos atendes todos os dias, sê nossa força e auxílio em meio às mudanças cansativas deste mundo e, ao final da vida, concede-nos o teu prometido descanso e as perfeitas alegrias da tua salvação; através de Jesus Cristo, teu Filho, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

02/07/2014

A Visitação da Virgem Maria e as bênçãos do casamento e criação de filhos

No dia 2 de julho foi festejada a Visitação da Virgem Maria, de acordo com o lecionário anual tradicional (no trienal reformulado foi 31 de maio).

Por ocasião desta festividade, uma Carta Pastoral do Bispo Hans-Jörg Voigt da Igreja Evangélica Luterana Independente (SELK) na Alemanha, sobre as bênçãos do casamento e da criação de filhos. [Em Inglês e Alemão]