29/02/2016

Paráfrase do Pai Nosso e exortação aos que pretendem ir ao sacramento



Paráfrase do Pai Nosso e exortação aos que pretendem ir ao sacramento





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Caros amigos em Cristo, visto que estamos reunidos aqui em nome do Senhor para receber seu Sagrado Testamento, admoesto-vos, em primeiro lugar, que eleveis vosso coração a Deus para comigo orar o Pai Nosso como nos ensinou Cristo nosso Senhor, com a confortadora promessa de que será ouvido.
Que Deus, nosso Pai do céu olhe misericordiosamente a nós, seus miseráveis filhos na terra, e nos conceda a graça de que seu santo nome seja santificado entre nós e em todo o mundo por ensinamento puro e correto de sua Palavra e por fervoroso amor de nossa vida; queira graciosamente afastar toda falsa doutrina e vida malvada, pelas quais seu digno nome é blasfemado e profanado.
Que também seu Reino venha e seja aumentado, levando todos os pecadores ofuscados e presos pelo diabo em seu reino ao reconhecimento da fé autêntica em Jesus Cristo, seu Filho, e multiplicando o número dos cristãos. Que também sejamos fortalecidos com seu Espírito a cumprir e sofrer sua vontade na vida como na morte, no bem como no mal, sempre quebrando, sacrificando e aniquilando nossa vontade.
Queria dar-nos também nosso pão de cada dia, guardar-nos da cobiça e preocupações do ventre, esperando dele o suficiente de tudo que é bom.
Queira perdoar-nos também nossa culpa, assim como nós perdoamos aos que estão em dívida conosco, para que nosso coração tenha uma consciência tranqüila e segura perante ele e não temamos nem nos aterrorizemos jamais por pecado algum.
Que não nos conduza a provações, mas nos ajude por seu Espírito a dominar a carne, a desprezar o mundo com sua natureza e vencer o diabo com todas as suas manhas.
E por fim, queira redimir-nos de todo o mal, físico e espiritual, temporal e eterno. Todos os que sinceramente almejam tudo isso, digam de coração: ‘Amém’, acreditando sem dúvida alguma que será realmente ouvido no céu, como nos promete Cristo: ‘O que pedirdes, crede que o tereis, e assim há de suceder [Mc 11.24]. Amém.’



Além disso, eu vos exorto em Cristo que recebais o testamento de Cristo em verdadeira fé e, principalmente, graveis firmemente no coração as palavras em que Cristo nos presenteia com seu corpo e sangue para o perdão; que vos lembreis e agradeçais pelo amor imerecido que ele nos demonstrou ao nos redimir da ira de Deus, do pecado, da morte e do inferno por meio do seu sangue, tomando então exteriormente o pão e o vinho, isto é, seu corpo e sangue como garantia e penhor. Portanto, tomemos e usemos assim o testamento em seu nome e por sua ordem, por ele mesmo expressa.

Período Quaresmal Parte 3/6 Jornada cristã através do Catecismo Menor e do Catecismo Maior

Período Quaresmal                              Parte 3/6
Jornada cristã através do Catecismo Menor e do Catecismo Maior

Prezado leitor, no lado direito de cada petição, terás uma estrofe do hino Pai Nosso de Rodolfo Hasse (1890-1968). Melodia Num Komm, Der Heiden Her Land - Martinho Lutero - 1524). 


Catecismo Maior
Segue-se a terceira parte: como se deve orar. Pois, visto nossa situação
ser tal, que ninguém pode cumprir os mandamentos perfeitamente, ainda que haja começado a crer, e visto o diabo, juntamente com mundo e a nossa própria carne, a isso se opor com toda a força, nada é
 mais necessário do que viver continuamente nos ouvidos de Deus, clamando e pedindo que nos dê, preserve e multiplique a fé e cumprimento dos dez mandamentos e remova tudo o que está em nosso caminho e nos impede. Mas, a fim de soubéssemos orar, o próprio Cristo, Senhor nosso, nos ensinou a maneira e as palavras.
Antes, porém, de explicarmos, por partes, o Pai-Nosso, o mais necessário por certo é exortar e estimular os homens previamente a que orem, conforme o fizeram também Cristo e os apóstolos. E cumpre saibamos, em primeiro lugar, como, por causa do mandamento de Deus, temos o dever de orar. Com efeito, eis o que vimos no segundo mandamento: “Não tomarás o nome de Deus em vão. ” Aqui se exige que louvemos o Santo nome, o invoquemos em todas as necessidades, ou oremos. Pois invocar outra coisa não é que orar.
Ninguém pense que é indiferente orar ou não, como fazem as pessoas grosseiras, que seguem por aí com a seguinte ilusão e pensamento: Por que eu iria orar? Devemos orar, primeiro, por que Deus ordena. Segundo, acrescenta a promessa. Estudemos cada parte do Pai Nosso.

Catecismo Menor
INTRODUÇÃO: Pai Nosso, que estás nos céus. Que significa isto? Deus quer atrair-nos carinhosamente com estas palavras, para crermos que ele é o nosso verdadeiro Pai e nós, os seus verdadeiros filhos, para que lhe roguemos sem temor, com toda a confiança, como filhos amados ao querido pai.
PRIMEIRA PETIÇÃO: Santificado seja o teu nome. Que significa isto? O nome de Deus, na verdade, é santo em si mesmo. Mas suplicamos nesta petição que seja santificado também entre nós. Quando sucede isto? Quando a palavra de Deus é ensinada clara e puramente e nós, como filhos de Deus, também vivemos uma vida santa, em conformidade com ela; concede-nos isso, querido Pai do céu. Aquele, porém, que ensina e vive de modo diverso do que diz a palavra de Deus, profana o nome de Deus entre nós; guarda-nos disso, ó Pai celeste!

SEGUNDA PETIÇÃO: Venha o teu reino. Que significa isto? O reino de Deus vem, na verdade, por si mesmo, sem a nossa prece; mas suplicamos nesta petição que venha também a nós. Quando sucede isto? Quando nosso Pai celeste nos dá o seu Espírito Santo, para crermos, por sua graça, em sua santa palavra, e vivermos uma vida com Deus neste mundo e na eternidade.

TERCEIRA PETIÇÃO: Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. Que significa isto? A boa e misericordiosa vontade de Deus, em verdade, é feita sem a nossa prece; mas suplicamos nesta petição que seja feita também entre nós. Quando sucede isto? Quando Deus desfaz e impede todo mau conselho e vontade dos que não nos querem deixar santificar o seu nome, nem permitir que venha o seu reino, tais como a vontade do diabo, do mundo e da nossa carne; e quando, por outro lado, nos fortalece e preserva na sua palavra e na fé, até o fim. Esta é a sua boa e misericordiosa vontade.

QUARTA PETIÇÃO: O pão nosso de cada dia nos dá hoje. Que significa isto? Deus, em verdade, dá o pão de cada dia, mesmo sem a nossa prece, a todos os homens, também aos ímpios. Mas suplicamos nesta petição que nos faça reconhecê-lo e receber com agradecimento o pão nosso de cada dia. Que significa o pão de cada dia? Tudo o que pertence ao sustento e às necessidades da vida, como por exemplo: comida, bebida, vestes, calçado,  casa, lar, campos, gado, dinheiro, bens, consorte fiel, filhos piedosos, empregados fiéis, superiores  piedosos e fiéis, bom governo, bom tempo, paz, saúde, disciplina, honra, leais amigos, bons vizinhos e coisas semelhantes.

QUINTA PETIÇÃO: E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também perdoamos aos nossos devedores. Que significa isto? Suplicamos nesta petição que o Pai celeste não observe os nossos pecados, nem por causa deles recuse as nossas preces; pois somos indignos de todas as coisas que pedimos, nem as merecemos; mas no-las conceda todas por graça, visto pecarmos muito diariamente e nada merecermos senão castigo. Da mesma forma queremos nós perdoar de coração, e de boa vontade fazer o bem aos que pecam contra nós.

SEXTA PETIÇÃO: E não nos deixes cair em tentação. Que significa isto? Deus, em verdade, não tenta ninguém; mas suplicamos nesta petição que nos guarde e preserve, para que o diabo, o mundo e a nossa carne não nos enganem, nem nos seduzam a crenças falsas, desespero ou qualquer outra grande infâmia ou vício; e ainda que tentados, vençamos afinal e retenhamos a vitória.

SÉTIMA PETIÇÃO: Mas livra-nos do mal. Que significa isto? Suplicamos, em resumo, nesta petição, que o Pai celeste nos livre de todos os males que afetam o corpo e a alma, os bens e a honra e, finalmente, quando vier a nossa hora derradeira, nos conceda um fim bem-aventurado e nos leve, por graça, deste vale de lágrimas para junto de si, no céu.


CONCLUSÃO: Pois teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém. Que significa Amém? Devo estar certo de que estas petições são agradáveis ao Pai celeste e ouvidas por ele; pois ele mesmo nos ordenou orar desta maneira e prometeu atender-nos. Amém, Amém, isto significa: Sim, assim seja!

24/02/2016

Parte 2/6 Jornada cristã através do Catecismo Menor e do Catecismo Maior


Período Quaresmal                              Parte 2/6
Jornada cristã através do Catecismo Menor e do Catecismo Maior

No segundo passo de nossa jornada, enfatizaremos o Credo Apostólico. O texto base será o Catecismo Menor, mas a introdução será uma frase do Catecismo Maior, da mesma forma que foi feito no primeiro passo da jornada, sobre os mandamentos.
Conhecendo a estrutura do Catecismo Menor: O Catecismo Menor está divido em duas partes: 1) O texto, neste caso, o texto do credo; 2) A explicação do texto do credo. O terceiro passo da jornada vai ser disponibilizado após o terceiro domingo na Quaresma (28/02).

Introdução
 No primeiro passo da “Jornada cristã através Catecismo Menor e Maior, ” “vimos tudo o que Deus quer façamos ou deixamos de fazer. Com razão segue agora a isso o credo, que nos apresenta tudo o que devemos esperar e receber de Deus. Em primeiro lugar, tem-se dividido o Credo, até agora, em doze artigos.... Todavia, para que se possa captá-lo do modo mais fácil e simples, como deve ensiná-lo às crianças, vamos compendiar, sumariamente, todo credo em três artigos principais, correspondentes às três pessoas da divindade, às quais se refere tudo o que cremos. De forma tal, que o primeiro artigo, de Deus Pai, explique a criação; o segundo, do Filho, a redenção; terceiro, do Espírito Santo, a santificação... Creio em Deus Pai que me criou; Creio em Deus Filho, que me redimiu; Creio no Deus Espírito Santo, que me santifica. Um só Deus e uma só fé, porém três pessoas, e por isso também três artigo ou confissões.” 

   1º Artigo da criação




   CATECISMO MAIOR: O Através dos mandamentos, vimos tudo o que Deus quer que façamos ou deixemos de fazer. O Credo nos apresenta tudo o que esperar e receber de Deus. O Credo não é nada mais que a resposta e confissão dos cristãos harmonizada com o Primeiro Mandamento. Podemos perguntar: que espécie de Deus tens? Que sabes a respeito dele? deveríamos responder: “Eis o meu Deus, em primeiro Lugar, o Pai, que fez o céu e a terra. Fora desse único Deus, não considero mais nada como Deus.”  Confessamos que Deus Pai não apenas nos deu tudo o que possuímos e temos diante de olhos, mas também nos protege de todo perigo e desastre. Nós confessamos que Deus faz todas essas coisas por amor e bondade, sem nenhum merecimento de nossa parte. Por esta razão devemos diariamente recitar este artigo a fim de lembramos, gravarmos em nossas mentes e corações tudo o que acontece e tudo o que Deus concede de bom, dos perigos que somos afastados, das necessidades supridas, é a prova de seu coração paternal e o seu imenso amor de Deus para conosco. Por tudo isto que Deus faz, agradeçamos e sejamos gratos por tudo aquilo que Deus faz por nós.
CATECISMO MENOR: Creio em Deus Pai todo-poderoso, Criador do céu e da terra. Que significa isto? Creio que Deus me criou a mim e a todas as criaturas; e me deu corpo e alma, olhos, ouvidos e todos os membros, razão e todos os sentidos, e ainda os conserva; além disso, me dá vestes, calçados, comida e bebida, casa e lar, esposa e filhos, campos, gado e todos os bens. Supre-me abundante e diariamente de todo o necessário para o corpo e a vida; protege-me contra todos os perigos e me guarda de todo o mal. E tudo isso faz unicamente por sua paterna e divina bondade e misericórdia, sem nenhum mérito ou dignidade da minha parte. Por tudo isto devo dar-lhe graças e louvor, servi-lo e obedecer-lhe. Isto é certamente verdade.


  2º Artigo da Redenção




 CATECISMO MAIOR: Se, pois, se pergunta: “Que crês no segundo artigo, a respeito de Jesus Cristo? ” Responde, bem brevemente: “Creio que Jesus Cristo, verdadeiro Filho de Deus, se tornou meu Senhor. ” Agora, “tornar-se Senhor” que significa isso? Significa que redimiu do pecado, do diabo, da morte e de toda desgraça. Depois que havíamos sido criados e tínhamos recebido toda a sorte de bens de Deus Pai, veio o diabo e nos levou a desobediência, ao pecado, a morte e a toda desgraça, de forma que estávamos debaixo da ira e do desagrado de Deus, sentenciados a condenação eterna, conforme por nossa culpa havíamos merecidos. .... Mas Jesus Cristo, Senhor da vida, da justiça, de todo bem e ventura, e nos arrancou a nós, homens pobres e perdidos das faces do inferno, nos conquistou e libertou e nos trouxe de volta a graça do pai, e nos pôs, como propriedade sua, sobre seu amparo e proteção, para governarmos com sua justiça, sabedoria, poder e bem-aventurança. O resumo deste artigo é, pois, que a palavrinha “senhor”, da maneira mais singela, significa tanto como redentor, isto é, aquele que nos trouxe do diabo a Deus, da morte para a vida.
CATECISMO MENOR: E em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, o qual foi concebido pelo Espírito Santo, nasceu da virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado, desceu ao inferno, no terceiro dia ressuscitou dos mortos, subiu ao céu, e está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos. QUE SIGNIFICA ISTO? Creio que Jesus Cristo, verdadeiro Deus, gerado do Pai desde a eternidade, e também verdadeiro homem, nascido da virgem Maria, é meu Senhor. Pois me remiu a mim, homem perdido e condenado, me resgatou e salvou de todos os pecados, da morte e do poder do diabo; não com ouro ou prata, mas com seu santo e precioso sangue e sua inocente paixão e morte, para que eu lhe pertença e viva submisso a ele, em seu reino, e o sirva em eterna justiça, inocência e bem-aventurança, assim como ele ressuscitou dos mortos, vive e reina eternamente. Isto é certamente verdade.

3º Artigo da Santificação

CATECISMO MAIOR DA SANTIFICAÇÃO: Este artigo não posso titulá-lo melhor do que chamando-lhe “Da Santificação.” Pois nele se expressa e apresenta o Espírito Santo com seu ofício, a saber, que santifica. Mas como Ele realiza esta santificação? Assim como o Filho obtém o domínio, pelo qual nos conquista através de seu nascimento, morte, ressurreição, etc, da mesma forma o Espírito Santo efetua a santificação por intermédio das seguintes partes: a congregação dos santos ou a igreja cristã, o perdão dos pecados, a ressurreição da carne e a vida eterna. Isto é, primeiro nos conduz a sua santa congregação e nos põe no seio da igreja, pela qual nos prega e leva a Cristo. Por que nem tu nem eu jamais poderíamos saber algo a respeito e Cristo ou crer nele e que Cristo seja nosso Senhor, se o Espírito Santo não oferecesse e oferecesse Cristo ao nosso coração pela pregação do Evangelho.
CATECISMO MENOR: Creio no Espírito Santo, na santa Igreja Cristã - a comunhão dos santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne e na vida eterna. Amém. QUE SIGNIFICA ISTO? Creio que por minha própria razão ou força não posso crer em Jesus Cristo, meu Senhor, nem vir a ele. Mas o Espírito Santo me chamou pelo evangelho, iluminou com seus dons, santificou e conservou na verdadeira fé. Assim também chama, congrega, ilumina e santifica toda a cristandade na terra, e em Jesus Cristo a conserva na verdadeira e única fé. Nesta cristandade perdoa a mim e a todos os crentes diária e abundantemente todos os pecados, e no dia derradeiro me ressuscitará a mim e a todos os mortos, e me dará a mim e a todos os crentes em Cristo a vida eterna. Isto é certamente verdade.


23/02/2016

Parte 1/6 Jornada cristã através do Catecismo Menor e do Catecismo Maior

Período Quaresmal                              Parte 1/6
Jornada cristã através do Catecismo Menor e do Catecismo Maior



A Igreja Luterana confessa que a Bíblia é a única norma de fé e de doutrina. E por ser a expressão da fé bíblica, reconhece o Livro de Concórdia como um livro de grande e fundamental importância. O livro de Concórdia não tem autoridade em si só, mas por estar em consonância com a verdade escriturística, assume um papel relevante e primordial dentro da Confessionalidade Luterana.
O livro de Concórdia é composto de vários documentos que foram escritos no período entre 1530 até 1580. No projeto “Jornada cristã através Catecismo Menor e Maior” será enfatizado dois documentos de grande valia e que foram escritos por Lutero. Ambos Catecismos foram escritos em 1529 e o que diferencia ambos é público alvo para quem são dirigidos. O Catecismo Menor está destinado para ser usado nos lares e Catecismo Maior é destinado para o uso do clero.  Nesta jornada teremos um pouco dos dois, no entanto, a base principal é o Catecismo Menor.
O Catecismo Maior e o Menor estão dividido em seis partes principais: Os Mandamentos, O Credo, O Pai Nosso, O Sacramento do Santo Batismo, Como se deve ensinar as pessoas simples a se confessarem e Sacramento do Altar. Nesta primeira parte da jornada será enfatizado os mandamentos.
Conhecendo a estrutura do Catecismo Menor: é de fundamental importância entender a estrutura do Catecismo Menor. Primeiramente temos o texto do mandamento e logo em seguida temos a pergunta “Que significa isto” que é a explicação do mandamento. Nesta jornada, teremos uma pequena reflexão sobre o mandamento em destaque retirada do CATECISMO MAIOR e logo em seguida o texto do CATECISMO MENOR.

1
           Catecismo maior: primeiro mandamento: O que é ter um Deus? Ter um Deus outra coisa não é senão confiar e crer nele de todo coração. Repetidas vezes já disse que apenas o confiar e crer de coração faz tanto o Deus como ídolo. Se é verdadeira a fé e confiança verdadeira, verdadeiro também é o teu Deus. Lutero afirma que verdadeiro culto e honra a Deus é confiar inteiramente em Deus. Catecismo Menor: primeiro mandamento: Eu sou o Senhor, teu Deus. Não terás outros deuses diante de mim. Que significa isto? Devemos temer e amar a Deus e confiar nele acima de todas as coisas.

2
 Catecismo Maior: Segundo mandamento: O primeiro mandamento instruiu o coração e ensinou o que é fé, assim este mandamento coloca a boca a e a língua numa relação correta com Deus. Por que primeiro se manifesta no coração e depois brota em palavras. Catecismo Menor: Segundo mandamento: Não tomarás em vão o nome do Senhor, teu Deus, porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão. Que significa isto? Devemos temer e amar a Deus e, portanto, em seu nome não amaldiçoar, jurar, praticar a feitiçaria, mentir ou enganar; mas devemos invocá-lo em todas as necessidades, orar, louvar e agradecer.

3
Catecismo Maior: Terceiro Mandamento: Tome lugar e tempo a fim de participar do culto divino, isto é , reúnam-se as pessoas com o objetivo de ouvir e tratar da Palavra de Deus e depois louvar a Deus, cantar e rezar. Catecismo Menor: Terceiro mandamento: Santificarás o dia do descanso. Que significa isto? Devemos temer e amar a Deus e, portanto, não desprezar a pregação e a sua palavra; mas devemos considerá-la santa, gostar de a ouvir e estudar.

4
 Catecismo Maior: Quarto mandamento: Até aqui aprendemos os três mandamentos, que tratam da nossa relação com Deus. Primeiro, que de todo coração nele confiemos, temamos e amemos, em toda a nossa vida. Segundo, que não mal-usemos seu santo nome para apoiar mentiras ou qualquer outra coisa má, porém que façamos uso dele em louvor de Deus, bem como para o proveito e salvação do próximo e de nós mesmos. Terceiro, que em dia santo e de repouso diligentemente tratemos a palavra de Deus e com ela nos ocupemos, a fim de toda nossa ação e vida sejam orientadas pela Palavra de Deus. Agora vêm os outros sete, que se referem ao nosso próximo. O primeiro e maior desses é: Honrarás a teu pai e a tua mãe. Catecismo Menor: Quarto mandamento: Honrarás a teu pai e a tua mãe, para que vás bem e vivas muito tempo sobre a terra. Que significa isto? Devemos temer e amar a Deus e, portanto, não desprezar nem irritar nossos pais e superiores; mas devemos honrá-los, servi-los, obedecer-lhes, amá-los e querer-lhes bem.

5
Catecismo Maior: Quinto mandamento: Neste mandamento saímos de nossa casa e vamos aos vizinhos, para aprender como devemos viver uns com os outros. Deus e o governo não estão incluídos neste mandamento, por que tanto Deus, como o governo tem o direito de punir os malfeitores. O propósito deste mandamento é que ninguém faça mal ao próximo devido as suas ações más, mesmo considerando que ele mereça. Por que onde se proíbe matar, aí se proíbem todas as coisas que possam dar origem ao homicídio. Segundo este mandamento, a pessoa não é somente culpada quando faz o mal para seu próximo, mas quando deixa de fazer o bem. Catecismo Menor: Quinto mandamento: Não matarás. Que significa isto? Devemos temer e amar a Deus e, portanto, não causar dano ou mal algum ao nosso próximo em seu corpo; mas devemos ajudar-lhe e favorecê-lo em todas as necessidades corporais.

6
 Catecismo Maior: Sexto mandamento: Os mandamentos, quinto a oitavo, nos mostram que não podemos fazer nenhum tipo de mal ao nosso próximo. Estes mandamentos estão muito bem organizados. Em primeiro lugar, eles falam sobre danos ao nosso próximo. Em seguida, os mandamentos passam a falar sobre a pessoa mais próxima a ele, ou a posse mais próximo seguinte, após o seu corpo, ou seja, sua esposa. Ela é uma carne e sangue com ele, de modo que não pode infligir um dano maior sobre qualquer bem que é dele. Portanto, é claramente proibido trazer qualquer desgraça, vergonha com respeito a esposa do meu próximo. Este mandamento é diretamente contra todos os tipos de pecados contra uma vida casta, seja que nome receba. Não somente a forma externa do adultério é proibido, mas todo tipo de causa, motivo e meios de adultério. O coração, os lábios e todo o corpo deve ser casto e puro e que não se de oportunidade a vida impura. Deus tem o casamento em alta consideração. Catecismo Menor: Sexto mandamento: Não cometerás adultério. Que significa isto? Devemos temer e amar a Deus e, portanto, viver uma vida casta e decente em palavras e ações, e cada qual ame e honre seu consorte.

7
 Catecismo Maior: Sétimo mandamento: Após o mandamento que trada da pessoa e do seu cônjuge, o próximo fala dos bens materiais. Deus também protege os bens que Ele concede. Ele ordena que ninguém furte qualquer coisa que seja do próximo. Brevemente, obter lucro, vantagem a partir do prejuízo do próximo. Roubar não é somente pegar o dinheiro do próximo, mas também se estende a todos os lugares que tem comércio, por exemplo, vender algo com o peso adulterado, lucro exagerado, etc. No trabalho, quando um empregado ou empregada é infiel com seus deveres e causa prejuízo ao seu patrão, ou poderia evitar, mas não o faz. Não fazer aquilo para que foi contratado também é furtar, pois se está recebendo para cumprir uma atividade. Saiba cada qual, que sob a pena de desagradar a Deus, em nenhum momento fazer dano ao próximo, nem tirar nenhuma vantagem sobre ele, nem nas transações de compra e venda ou em qualquer negócio. Mas sim cumpre proteger os bens do próximo. Catecismo Menor: sétimo mandamento: Não furtarás. Que significa isto? Devemos temer e amar a Deus e, portanto, não tirar ao nosso próximo o dinheiro ou os bens, nem nos apoderar deles por meio de mercadorias falsificadas ou negócios fraudulentos; mas devemos ajudá-lo a melhorar e conservar os seus bens e o seu meio de vida.

8
 Catecismo Maior: Oitavo mandamento: Oitavo Mandamento: Além do próprio corpo, esposo (a), bens materiais, existe outro tesouro que não se pode dispensar – honra e boa reputação. É muito difícil que alguém viva entre outras pessoas quando se está em pública desgraça e desprezado por todos. Por isso Deus não quer que a reputação e o bom nome sejam retirados ou diminuídos, assim como os bens do próximo não devem ser extorquidos. Deus deseja que a pessoa continue honrada diante do cônjuge, filhos, empregados e vizinhos. Este mandamento proíbe todos os pecados da língua pela qual se pode causar dano ao próximo ou magoá-lo. Por que sustentar falso testemunho não é nada mais do que obra da língua. Deus proíbe tudo que se faz contra o próximo através do pecado da língua. Aqui se aplica também a falsos pregadores com suas doutrinas e blasfêmias; juízes e testemunhas falsas. Aqui também trata-se da fofoca. Isto é problema por que é mais comum ouvir falar mal do que bem do próximo. Para evitar a fofoca, devemos lembrar que a ninguém cabe julgar e censurar publicamente o próximo, ainda quando o vê pecar, a menos que tenha a ordem de julgar e censurar; é grande a diferença entre julgar o pecado e ter o conhecimento do pecado. Pode estar ciente do pecado, mas não julgá-lo. Posso ouvir e ver que o próximo peca, mas não é meu dever contar a outros. Se me adianto e passo a julgar e sentenciar, caio em pecado maior que do outro. Se sabe de alguma coisa de outra pessoa deve guardar para si mesmo, até receberes ordem de ser juiz e punir oficialmente. Deus proíbe que alguém fale mal de outra pessoa, mesmo que seja culpada; muito menos ainda quando se sabe apenas de ouvir dizer. Tudo isto que foi dito trata-se dos pecados secretos, aqueles que não de conhecimentos de todos. Onde tiver um pecado público o problema deve ser tratado publicamente. Catecismo Menor: oitavo mandamento: Não dirás falso testemunho contra o teu próximo. Que significa isto? Devemos temer e amar a Deus e, portanto, não mentir com falsidade, trair, caluniar ou difamar o próximo; mas devemos desculpá-lo, falar bem dele e interpretar tudo da melhor maneira.


 9-10
Catecismo Maior: Nono e décimo mandamento: O que é a cobiça? A cobiça é o pecado de um coração que deseja o que Deus não concedeu e insiste em tais coisas para a sua felicidade e realização. É uma fé idólatra, que confia nas coisas, no dinheiro e nos bens materiais, pessoas, amizades, reputação, posição social e na satisfação dos seus próprios desejos. A cobiça leva alguém a conspirar a fim de obter o que se deseja contrário à vontade de Deus e seduzir outras pessoas a abandonar a fidelidade a Deus com objetivo de alcançar o que se deseja. A cobiça é idolatria, isso nos leva para o primeiro mandamento. Jesus adverte o cristão da cobiça por que a cobiça é parte da natureza pecadora do homem. A cobiça transforma coisas em ídolo, portanto, ameaça a fé em Cristo. As palavras de Jesus são um convite ao arrependimento e a fé em Cristo. Ele convida a afastarmos o nosso coração das coisas a fim de que a nossa realização e a felicidade estejam somente em Cristo e que sejamos felizes com aquilo que Deus nos concede. A fé cristã consiste conhecer a Cristo pela fé e depender dEle  tanto para a salvação, como também para tudo o que se faz necessário para a manutenção do corpo e da vida. Catecismo Menor: Nono e décimo mandamento: NONO MANDAMENTO: Não cobiçarás a casa do teu próximo. Que significa isto? Devemos temer e amar a Deus e, portanto, não pretender adquirir, com astúcia, a herança ou casa do próximo, nem nos apoderar dela sob aparência de direito; mas devemos ajudar-lhe e servi-lo para conservá-la. DÉCIMO MANDAMENTO: Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem os seus empregados, nem o seu gado, nem coisa alguma que lhe pertença. Que significa isto? Devemos temer e amar a Deus e, portanto, não apartar, desviar ou aliciar a mulher do próximo, os seus empregados ou o seu gado; mas devemos aconselhá-los para que fiquem e cumpram o seu dever.

C

ONCLUSÃO DOS MANDAMENTOS Catecismo Menor: Que diz Deus de todos estes mandamentos? Ele diz: "Eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem, e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos.” Que significa isto? Deus ameaça castigar todos os que transgridem estes mandamentos; por isso, devemos temer a sua ira e não transgredi-los. Mas Ele promete graça e todo o bem aos que os guardam. Por isso mesmo devemos amá-lo, confiar nele e de boa vontade cumprir os seus mandamentos.

Livro de Concórdia, Catecismo Maior e Menor

20/02/2016

Segundo Domingo na Quaresma – 21 de fevereiro de 2016 (Ano C)

“Jesus compara Jerusalém a uma galinha”, Maarten de Vos (1532–1603) e Jacob de Bie (após)
Jeremias 26.8-15
Filipenses 3.17 – 4.1
Lucas 13.31-35

Jesus nos resgata da morte e nos leva para o céu
O profeta Jeremias pregou fielmente "tudo quanto o Senhor lhe havia ordenado que dissesse a todo o povo" (Jr 26.8). Ele chamou o povo ao arrependimento, para que não viesse sobre eles o julgamento do Senhor. A violência que Jeremias sofreu por causa da pregação prenunciava a cruz e Paixão de Cristo Jesus, o qual sofreu o juízo de Deus para a redenção de todas as pessoas. Este Jesus "vem em nome do Senhor" (Lc 13.35), a fim de entregar sua vida pelos pecados do mundo. A Jerusalém terrena estava indiferente à sua graciosa visitação e o levaram à morte, assim como os profetas antes dele. No entanto, o seu sacrifício na cruz se tornou a pedra angular da nova Jerusalém, a sua Igreja. Hoje ele nos visita em misericórdia com a sua pregação do perdão, para nos ajuntar a ele dentro dessa cidade santa, “como a galinha ajunta os do seu próprio ninho debaixo das asas" (Lc 13.34), pois "a nossa cidade está nos céus" (Fp. 3.20). Lectionary Summaries (The Lutheran Church—Missouri Synod)
ORAÇÃO DO DIA:

Ó Deus, que vês que não temos forças, por teu imenso poder, defende-nos de todas as adversidades que possam acontecer ao corpo e de todos os pensamentos ruins que possam assaltar ou prejudicar a alma; através de Jesus Cristo, teu Filho, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém. — Culto Luterano: lecionários (Editora Concórdia)

18/02/2016

Comemoração de Martinho Lutero, Doutor e Reformador da Igreja – 18 de fevereiro

Imagem de Martinho Lutero sobre o púlpito da capela da Antiga Escola Latina, durante a dedicação do Centro Internacional Luterano, no domingo, 3 de maio de 2015, em Wittenberg, Alemanha. LCMS Communications/Erik M. Lunsford.
No dia 18 de fevereiro, data de sua morte, nosso Sínodo comemora e rende graças a Deus pela vida do Bem-aventurado Martinho Lutero.

Martinho Lutero nasceu em 10 de novembro de 1483, em Eisleben, na Alemanha, e iniciou seus estudos objetivando uma licenciatura em Direito. No entanto, após um encontro muito próximo com a morte, ele mudou seus estudos para teologia, entrou num mosteiro agostiniano, foi ordenado sacerdote em 1505 e recebeu um doutorado em teologia em 1512. Como professor da recém-criada Universidade de Wittenberg, seus estudos das Escrituras o levaram a questionar muitos dos ensinamentos e práticas da Igreja, especialmente a venda de indulgências. A sua recusa em voltar atrás nas suas convicções resultou em sua excomunhão, em 1521. Após um período de reclusão no castelo de Wartburg, Lutero voltou para Wittenberg, onde passou o resto de sua vida pregando e ensinando, traduzindo as Escrituras, escrevendo hinos e inúmeros tratados teológicos. Ele é lembrado e honrado por sua ênfase permanente na verdade bíblica de que por causa de Cristo, Deus nos declara justos por graça mediante a fé somente. Ele morreu em 18 de fevereiro de 1546, quando estava visitando a cidade em que nasceu.

LEITURAS: 
† Salmo 46
† Isaías 55.6-11
† Romanos 10.5-17
† São João 15.1-11
 
 ORAÇÃO DO DIA:
 
Ó Deus, nosso refúgio e nossa força, tu levantaste teu servo Martinho Lutero para reformar e renovar tua Igreja à luz da tua Palavra viva, Jesus Cristo, nosso Senhor. Defende e purifica a Igreja em nossos dias, e permite-nos proclamar corajosamente a fidelidade de Cristo até a morte e a ressurreição restituidora que deste a conhecer a teu servo Martinho; através de Jesus Cristo, nosso Salvador, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

Fonte: Treasury of Daily Prayer (St. Louis: Concordia Publishing House, 2008. p. 1219-1220)

15/02/2016

Quando alguém começa a crer, a tentação não demora

“A Tentação de Cristo pelo Diabo” (1860), Félix Joseph Barrias (1822 - 1907)
"Quando o diabo me tenta, meu coração se consola e a fé se fortalece por saber daquele que venceu o diabo e veio socorrer-me e consolar-me. Assim, pois, a fé vence o diabo. Portanto, o primeiro artigo que importa é que Deus me ensine a fé, para que saiba que Cristo venceu o diabo por mim.
E depois: sabendo que o diabo já não tem poder sobre mim, mas que está vencido por causa da fé, também tenho que pôr-me à disposição para que também seja tentado. E isso terá por resultado o fortalecimento de minha fé e que o próximo encontre consolo e exemplo em minha vitória e tentação.
Lembrem-se disso: Quando alguém começa a crer, a tentação não demora. O Espírito Santo não o deixa descansando e festejando. Logo o exporá à tentação. Por quê? Para que a fé se comprove. Do contrário, o diabo nos levaria às voltas como uma palha ao vento. Quando, porém, Deus vem e pendura em nós um lastro, tornando-nos pesados de sorte que temos que ficar firmes no chão, o diabo e todo o mundo reconhecerão que é o poder de Deus que está fazendo isso. Assim, Deus revela sua glória e majestade em nossa fraqueza. Por isso, lança-nos ao deserto, ou seja, faz com que estejamos abandonados de todas as criaturas, de sorte que não vejamos de onde nos pudesse vir ajuda e chegamos a pensar, inclusive, de estarmos abandonados por Deus. Pois, como age aqui com Cristo, assim age também conosco. Esse caminho não é doce, mas de causar medo à pessoa."

-- Bem-aventurado Martinho Lutero (1483-1546), doutor e reformador da igreja

13/02/2016

Primeiro Domingo na Quaresma


Rev. Elissandro Ribeiro da Silva

No Primeiro Domingo na Quaresma o texto tradicional é a tentação de nosso Senhor Jesus Cristo pelo diabo no deserto. Tanto a leitura da Epístola, como a leitura do Santíssimo Evangelho, falam da Palavra como defesa. É importante destacarmos o fato que Jesus não é nosso exemplo, mas sim que Jesus é o nosso Salvador. E como isto pode ser aplicado neste texto? Podemos enfatizar a resposta de Jesus ao diabo, mas devemos enfatizar o Cristo que por nós enfrentou o diabo a fim de nos salvar.
 
No Catecismo Maior de Lutero, no Prefácio, temos um conselho precioso sobre a Palavra. Sem deixar de lado o fato mais importante da tentação de Jesus Cristo, que a sua tentação foi em nosso lugar; olhemos para a sua orientação em relação a Palavra de Deus:

"Além do que é um auxílio sobremodo poderoso contra o diabo, o mundo, a carne e todos os maus pensamentos ocupar-se com a Palavra de Deus, dela falar e sobre ela meditar. Razão por que o primeiro salmo chama de bem aventurado aqueles que 'meditam de dia e de noite na Lei de Deus'. Por certo não lograrás com nenhum incenso, ou outra aromatização algo mais poderoso contra o diabo do que se ocupares com os mandamentos e as palavras de Deus, sobre eles falares, cantares e meditares. Isso, com certeza, é água e o sinal da cruz verdadeiros, de que o diabo foge e por que se pode espantá-lo. Ora, sem dúvida já apenas por isso deverias prazerosamente ler, recitar, meditar e tratas essas partes, mesmo que nenhum outro fruto e proveito tivesses daí senão o de com isso poderes afugentar o diabo e os maus pensamentos." (Catecismo Maior, 10-11).