24/08/2021

Carta à Igreja em Esmirna


Apocalipse 2: 8-11

A Graça de nosso Senhor Jesus T Cristo e o Amor do Pai e a Comunhão do Espírito Santo sejam com todos!

Esmirna era uma das mais belas cidades da Ásia naquele tempo. Erguida numa encosta sobre o mar, com esplêndidos edifícios, formava uma imagem magnifica que lhe deu a alcunha de “coroa da terra”.

A Igreja Cristã em Esmirna havia sido fundada pelo Apóstolo Paulo e, apesar de estar em um local de beleza e bem-estar, vivia sob constante perseguição.

A esta Igreja, portanto, é endereçada a segunda das Sete Cartas de Jesus Cristo, por meio do Apóstolo João. E assim, como ocorreu na Carta anterior, aqui também Jesus diz ao seu Apóstolo para que escreva ao Pastor da Igreja em Esmirna para que ele, como o seu Servo e Enviado naquele local, possa transmitir a sua mensagem para aquele povo.

E o que Jesus tem a dizer para a Igreja em Esmirna? “Estas coisas diz o primeiro e o último, que esteve morto e tornou a viver.” (Apocalipse 2:8).

Em primeiro lugar, Jesus se apresenta como aquele que é “o Alfa e o Ômega”, ou seja, aquele que é Eterno. Além disso, ele é aquele que “morreu”, mas que venceu a morte, e por isso, “foi ressuscitado”.

Será que os cristãos em Esmirna não sabiam isso sobre Jesus? Não conheciam estas características? É claro que sabiam e conheciam. Porém, Jesus faz questão de ressaltá-las logo no início da sua Carta, pois elas precisavam ser lembradas por aquele povo, elas precisavam estar muito vivas em suas mentes e em seus corações. Afinal, estas características de Jesus são determinantes para a vida da Igreja em Esmirna.

Observe como Jesus continua: “Conheço a tribulação pela qual você está passando, a sua pobreza — embora você seja rico — e a blasfêmia dos que se declaram judeus e não são, sendo, isto sim, sinagoga de Satanás” (Apocalipse 2:9).

Perceberam? A Igreja em Esmirna era uma Igreja que estava vivendo em “tribulação”, ou seja, havia perseguição contra ela. Além disso, era uma Igreja “pobre financeiramente” – mas, ao mesmo tempo era “rica aos olhos de Deus”, por causa da fé verdadeira que existia ali. Por fim, era uma Igreja que sofria com a “blasfêmia”, isto é, com as mentiras inventadas contra ela, o que fazia com que seus membros constantemente enfrentassem interrogatórios diante das autoridades.

Sem dúvida alguma, a Igreja em Esmirna era uma Igreja que vivia em angústia dia e noite. E justamente por conhecer isso, Jesus diz algo a mais para ela: “Não tenha medo das coisas que você vai sofrer. Eis que o diabo está para lançar alguns de vocês na prisão, para que vocês sejam postos à prova, e passem por uma tribulação de dez dias. Seja fiel até a morte, e eu lhe darei a coroa da vida” (Apocalipse 2:10).

Será que é esta Palavra que esperaríamos ouvir de Jesus caso estivéssemos vivendo uma situação semelhante a estes irmãos de Esmirna? Obviamente que não! Afinal, esperaríamos ouvir que tudo isso acabaria, que ele estaria intervindo imediatamente e, que assim, nossa Igreja triunfaria.

Pois bem, não foi isso que Jesus Cristo disse. Pelo contrário, ao invés de falar sobre um fim imediato do sofrimento, sobre uma intervenção milagrosa ou algum tipo de triunfalismo sobre os inimigos; ele disse à Igreja em Esmirna que ela precisava se manter firme e fiel até o fim, porque no fim da história havia uma coroa de vida, dada por ele próprio, aquele que é Eterno e que venceu a morte.

Porém, até que este momento chegue, os irmãos em Esmirna estariam sendo “postos à prova”. Satanás continuaria tentando-os de todas as formas para abandonarem o Deus verdadeiro, para se deixarem levar por aquilo que fosse mais fácil ou mais próspero. E tudo isso estaria acontecendo sob a permissão de Deus, pois nada ocorre sem a sua permissão. Mas, por que Deus permitiria algo assim? Para que aquela fé que estava sendo abalada se tornasse a cada dia mais inabalável.

Esta Carta, assim como todas as outras registradas no Livro de Apocalipse, também é dirigida a nós nos dias de hoje, assim como é para todas as Igrejas Cristãs em todos os tempos e lugares. Afinal, a Igreja de Cristo sempre sofreu, continua sofrendo e sempre sofrerá tribulações, dificuldades e blasfêmias. Esta não é uma particularidade da Igreja em Esmirna. Na verdade, essa cruz que a Igreja de Cristo tem de carregar em toda a sua história é uma das suas marcas, é uma das coisas que faz dela Igreja Cristã. Pois, se pararmos para pensar, esta marca nos faz continuamente reconhecer que não somos super-heróis, não somos autossuficientes ou capazes de alguma coisa. Pelo contrário, somos totalmente dependentes de Deus e necessitamos dele para tudo em nossa vida. E as tribulações, dificuldades e blasfêmias contra nós fazem com que nós não nos esqueçamos disso. E aqui está o cerne do ser Cristão, do ser Igreja de Cristo.

Ao concluir sua Carta, Jesus procura mostrar o valor desta “coroa de vida” que ele dará para todo aquele que permanecer “fiel até a morte”. Observe:

Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: O vencedor de modo nenhum sofrerá o dano da segunda morte” (Apocalipse 2:11). Em outras palavras, mesmo que os sofrimentos do tempo presente sejam muitos e sejam também insuportáveis, mantenha-se firme naquele que já venceu todos os sofrimentos, inclusive a morte; seja fiel aquele que é Eterno, que é o Autor da Vida e que pode dar a Eternidade. Afinal, aquele que permanecer assim até o fim será chamado de “vencedor” e não sofrerá a “condenação eterna”. Pelo contrário, desfrutará eternamente dos Novos Céus e Nova Terra que Deus tem preparado para aqueles que são seus.

Querida Igreja de Cristo aqui neste lugar, não caia na ilusão de que os sofrimentos, as angústias e as dificuldades desaparecerão com o passar dos dias ou dos anos, ou ainda pela capacidade de alguns de vocês que são os seus membros. Não! Enquanto vivermos esta era, as tribulações serão nossas companheiras do dia a dia. Porém, como Jesus promete a Esmirna e a todos em qualquer lugar: aquele que permanecer firmado nele e fiel unicamente a ele, receberá uma coroa, muito mais bela que a cidade de Esmirna, muito mais gloriosa que a coroa de qualquer rei que já existiu na face da terra; esta coroa recebida do próprio Cristo será a “Coroa da Vida”, e não de uma vida qualquer, mas sim da “Vida Eterna”, uma Vida onde ai sim, não “haverá mais lágrima, nem pranto, nem choro e nem dor”.

Amém!

Rev. Helvécio J. Batista Jr.
Igreja Luterana em Naviraí/MS
24 de Agosto, 2021 AD

T

 

22/08/2021

Décimo Terceiro Domingo após Pentecostes (Próprio 16B) - 22 de agosto de 2021


Isaías 29.11-19
Efésios 5.22-33
Marcos 7.1-13

A verdadeira tradição da Igreja é o Ministério do Evangelho de Cristo Jesus, seu Salvador

A verdadeira tradição da Igreja é o Evangelho, que é a pregação e ministração de Cristo Jesus. Outras tradições, mesmo que não ordenadas por Deus, podem servir e apoiar essa tradição sagrada do Evangelho. Mas a Igreja não se atreve a “rejeitar o mandamento de Deus” a fim de estabelecer ou guardar “a tradição humana” (Mc 7.8–9). Pessoas pecadoras tentam se aproximar do Senhor “com sua boca” e honrá-lo “com os seus lábios”, mas seus corações estão longe dele (Is 29.13). Contudo, ele é o “Santo de Israel”, que traz a salvação por meio de sua cruz. Consequentemente, a sabedoria dos “sábios será destruída”, mas “os surdos ouvirão” e os olhos dos cegos verão (Is 29.14–19). “Grande é este mistério” de Cristo, pois ele é o marido da Igreja e seu Salvador. Ele “se entregou por ela, para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra”, não por causa de alguma obra que ela tenha feito, mas unicamente por causa do seu grande amor por ela (Ef 5.25–32).

ORAÇÃO DO DIA:

Todo-poderoso Deus e misericordioso Deus, defende tua Igreja de todo ensino falso e erro para que teu povo fiel possa confessar-te como o único Deus verdadeiro e se alegrar em teus dons perfeitos e na tua salvação; através de Jesus Cristo, teu Filho, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém

— Comentário traduzido e adaptado de Lectionary Summaries (The Lutheran Church—Missouri Synod). Salvo exceção, todas as citações da Bíblia Sagrada são da versão Nova Almeida Atualizada (NAA), da Sociedade Bíblica do Brasil. A Coleta é do Culto Luterano: lecionários (Editora Concórdia).

Cristo entre os fariseus, por Jacob Jordaens (1593–1678)


17/08/2021

Carta à Igreja em Éfeso

 


Apocalipse 2: 1-7

A Graça de nosso Senhor Jesus T Cristo e o Amor do Pai e a Comunhão do Espírito Santo sejam com todos!

Éfeso era uma cidade rica, próspera, magnificente e também famosa por seu grandioso Templo dedicado a Diana. Além disso, possuía o melhor porto para navios e as melhores estradas da época. Por isso, era considerada o centro comercial de toda a Ásia e vista pela maioria do povo como a melhor e mais importante cidade que existia.

A Igreja Cristã em Éfeso também desfrutava de grande notoriedade. Afinal, o Apóstolo Paulo já havia visitado ela em duas oportunidades e chegou a escrever uma Epístola especialmente endereçada a ela; além disso, Apolo foi pregador nesta Igreja e, posteriormente, Timóteo foi o seu pastor; por fim, na metade final do primeiro século ainda encontramos o Apóstolo João nesta Igreja, e em Éfeso ele ficou até ser banido para a Ilha de Patmos. Quando foi liberto, João permaneceu em Éfeso até sua morte, terminando seus dias ensinando àquela Igreja: “Filhinhos, amem uns aos outros”.

Observando todos estes fatos, percebe-se que Éfeso era uma cidade ótima para se viver, com desenvolvimento e prosperidade em diversos aspectos. E a Igreja em Éfeso, além de ter vários de seus membros com boa situação econômica e social, ainda podia se alegrar no fato de ter tido o privilégio de ser pastoreada por dois apóstolos e dois dos principais pastores do Novo Testamento. Portanto, Éfeso era a cidade dos sonhos, e a Igreja em Éfeso, a Igreja dos sonhos de muitos cristãos: cheia, com os melhores ministros, rica e em pleno desenvolvimento.

A esta Igreja é endereçada a primeira das Sete Cartas de Jesus Cristo, por meio do Apóstolo João. O que será que Jesus tem a dizer para uma Igreja assim? Uma Igreja sempre cheia, que teve os principais pastores da época, e que continuava com diversas atividades e em pleno vapor? Olhemos para Apocalipse 2: 1-7 e vamos descobrir:

Ao anjo da Igreja em Éfeso escreva: Estas coisas diz aquele que conserva na mão direita as sete estrelas e que anda no meio dos sete candelabros de ouro” (Apocalipse 2:1). Ou seja, ao Pastor da Igreja em Éfeso escreva. Pois a palavra “anjo” no Novo Testamento significa primeiramente “mensageiro”, “aquele que recebe e entrega a mensagem”, e esta é a função de cada pastor.

E o que o pastor da Igreja em Éfeso deveria proclamar? Aquilo que eu estarei pregando a vocês agora não é a minha palavra pessoal, mas sim “a palavra daquele que conserva na mão direita as sete estrelas” – ou seja, aquele que guarda os pastores da sua Igreja. Além disso, aquele que guarda os Pastores da Igreja também anda no meio das Igrejas, isto é, “no meio dos sete candelabros de ouro”. Portanto, aqui Jesus se apresenta como sendo o Pastor de todos os pastores que permanece presente em sua Igreja na terra. Portanto, a Igreja em Éfeso não é a Igreja do povo de Éfeso simplesmente, mas é a Igreja de Jesus Cristo. E o pastor da Igreja em Éfeso também não é o empregado daquele povo, ou alguém que está nas mãos daquele povo, o pastor é um enviado de Cristo, que serve a Cristo e que está guardado na mão de Cristo. E por isso, ele deve e responde, acima de tudo, sempre a Cristo.

A carta de Jesus, então, prossegue com um elogio à Igreja em Éfeso: “Conheço as obras que você realiza, tanto o seu esforço como a sua perseverança. Sei que você não pode suportar os maus e que pôs à prova os que se declaram apóstolos e não são, e descobriu que são mentirosos. Você tem perseverança e suportou provas por causa do meu nome, sem esmorecer” (Apocalipse 2: 2-3). Em outras palavras, Jesus está dizendo que Éfeso é sim uma grande Igreja, esforçada, ativa e que procura se afastar dos falsos ensinos e falsos profetas. E tudo isso é muito bom, mas...

Jesus também afirma: “Tenho, porém, contra você o seguinte: você abandonou o seu primeiro amor” (Apocalipse 2:4). Isto é, tudo parecia estar indo muito bem com aquela Igreja, todas as suas atividades e projetos vinham acontecendo de forma muito positiva. Porém, tudo aquilo estava prestes a ser perdido, pois a Igreja em Éfeso havia esquecido quem era o Senhor da Igreja; havia deixado de lado o fato de que tudo o que deve ocorrer na Igreja não pode estar pautado por questões meramente administrativas, sociais ou estruturais; havia abandonado o essencial que era receber o Serviço do Senhor e a partir disso, servir o próximo.

Por causa dessa situação, mesmo sendo uma Igreja próspera, onde tudo de bom aos olhos do povo estava acontecendo, e por que não, chegando a despertar a admiração dos outros, Jesus a chama para o arrependimento e a mudança, de forma dura: “Lembre-se, pois, de onde você caiu. Arrependa-se e volte à prática das primeiras obras. Se você não se arrepender, virei até você e tirarei o seu candelabro do lugar dele” (Apocalipse 2:5). Isto é, volte para o primeiro amor, para aquilo que é essencial, se não, eu vou destruir você!

As 7 Cartas do Apocalipse são direcionadas primeiramente para aquelas 7 Igrejas específicas, mas também foram escolhidas em número de 7 para justamente representar todas as Igrejas de todos os tempos e lugares. Portanto, esta palavra de Cristo também é apropriada para nós neste lugar e neste dia.

E por isso, eu faço esta pergunta a você, Igreja reunida neste local: Você ainda é uma Igreja na qual Cristo permanece presente e onde o seu mensageiro, seu pastor, serve e responde ao mesmo Cristo? E mais: Você como Igreja permanece no Primeiro Amor? Ou será que a sua preocupação é somente crescimento, prosperidade, fama ou notoriedade? Nunca deixe de cuidar quanto a isso, pois assim como Éfeso, todas as Igrejas estão sujeitas a estas tentações, e se caem nelas podem também ouvir de Cristo: “Eu destruirei você”. E não é isso que nós queremos.

Portanto, como é dito ao final da Carta à Igreja em Éfeso: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas – a todas as Igrejas e não somente a Éfeso: ‘Ao vencedor – aquele que permanecer no primeiro amor até o fim – darei o direito de se alimentar da árvore da vida, que se encontra no paraíso de Deus – ou seja, darei a Vida Eterna nos Novos céus e nova terra junto com o Senhor.’” (Apocalipse 2:7). Por isso, Igreja de Cristo aqui neste lugar, não abandone o Primeiro Amor, não se deixe levar pela ânsia da prosperidade ou da notoriedade, não perca aquilo que é o Essencial: Jesus Cristo e a sua Obra! Pois é com isto, e somente com isto, que você também um dia se alimentará da Árvore da Vida no Paraíso de Deus!

Amém!

Rev. Helvécio J. Batista Jr.
Igreja Luterana em Naviraí/MS
17 de Agosto, 2021 AD

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15/08/2021

Décimo Segundo Domingo após Pentecostes (Próprio 15B) - 15 de agosto de 2021

Provérbios 9.1-10 ou Josué 24.1-2a, 14-18
Efésios 5.6-21
João 6.51-69

Jesus é a Palavra e a Sabedoria de Deus que se fez carne e nos dá vida e luz

Jesus é a Palavra divina pela qual todas as coisas foram feitas, que se fez carne e habita entre nós. Ele dá sua carne “pela vida do mundo”, não apenas como um sacrifício pelo pecado, mas como “o pão vivo” do céu (Jo 6.51). Coma a sua carne e beba o seu sangue (Jo 6.54–57), e não ande mais nas trevas do pecado, mas ande em sua luz. “Levante-se dentre os mortos” e viva nele, pois agora você é “luz no Senhor” (Ef 5.8, 14). “Deixem-se encher do Espírito”, falem “entre vocês com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando com o coração ao Senhor” (Ef 5.18–19). Temam, amem e confiem no Senhor, “e o sirvam com integridade e com fidelidade” (Js 24.14). Pois, mediante sua cruz e ressurreição, ele nos tirou “da casa da servidão” e agora faz “grandes sinais aos nossos olhos” e nos guarda “por todo o caminho em que andamos” (Js 24.17). De fato, O Senhor é a Sabedoria divina, que “construiu a sua casa”, preparou seu banquete e “arrumou a sua mesa” e nos convida para comer do seu pão e beber do vinho que ele preparou (Pv 9.1-5).

ORAÇÃO DO DIA:

Todo-poderoso Deus, conhecer a ti é ter a vida eterna. Concede-nos conhecer a teu Filho Jesus como o caminho, a verdade e a vida, a fim de seguirmos seus passos com fidelidade no caminho que leva à vida eterna; através de Jesus Cristo, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém

— Comentário traduzido e adaptado de Lectionary Summaries (The Lutheran Church—Missouri Synod). Salvo exceção, todas as citações da Bíblia Sagrada são da versão Nova Almeida Atualizada (NAA), da Sociedade Bíblica do Brasil. A Coleta é do Culto Luterano: lecionários (Editora Concórdia).

07/08/2021

Décimo Primeiro Domingo após Pentecostes (Próprio 14B) - 8 de agosto de 2021



1 Reis 19.1-8
Efésios 4.17-5.2
João 6.35–51

O Senhor Jesus nos alimenta com seu corpo, a fim de nos nos fortalecer com sua própria vida

Deus Pai enviou seu Filho ao mundo, para que o mundo tenha vida nele. Agora, o Pai traz pessoas a seu Filho, Cristo Jesus, pela pregação de seu Evangelho. “Todo aquele que ouviu e aprendeu do Pai” vem a Jesus, que nunca o lançará fora, mas o ressuscitará “no último dia” (Jo 6.44-45). Ele é “o pão da vida”, que “desce do céu” na carne, de modo que “se alguém comer deste pão, viverá eternamente” (Jo 6.48–51). Sabemos que a nossa “viagem será longa” nesta vida, mas “com a força” desse alimento haveremos de chegar ao “monte de Deus”. Portanto, não tenha medo e não se desespere, mas “levante-se e coma” (1 Rs 19.5–8). “Não vivam mais como os gentios, que vivem na vaidade dos seus próprios pensamentos” (Ef 4.17), mas “vivam em amor, como também Cristo nos amou e se entregou por nós” (Ef 5.2). Em Cristo cada pessoa é “criada segundo Deus, em justiça e retidão” (Ef 4.24). Portanto, “sejam imitadores de Deus, como filhos amados” (Ef 5.1), “perdoando uns aos outros, como também Deus, em Cristo, perdoou vocês” (Ef 4.32).

ORAÇÃO DO DIA:

Gracioso Pai, teu bendito Filho desceu do céu para ser o verdadeiro pão que dá vida ao mundo. Concede que Cristo, o pão da vida, possa viver em nós e nós nele, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém

— Comentário traduzido e adaptado de Lectionary Summaries (The Lutheran Church—Missouri Synod). Salvo exceção, todas as citações da Bíblia Sagrada são da versão Nova Almeida Atualizada (NAA), da Sociedade Bíblica do Brasil. A Coleta é do Culto Luterano: lecionários (Editora Concórdia).

O Profeta Elias e o Anjo (1668), por Juan Antonio de Frías y Escalante (1633–1669)