31/03/2013

Noite de Páscoa ou Segunda-feira de Páscoa

"Ceia em Emaús" (1620), de Bartolomeo Cavarozzi (1590-1625) 

Cor litúrgica: Branca ou Dourada

INTROITO:
Salmo 105.1–2, 7a, 8a, 42a, 43; antífona Êxodo 13.5a,c, 9b

Quando o SENHOR te houver introduzido na terra que mana leite e mel, guardarás este rito neste mês. Aleluia!
Para que a lei do SENHOR esteja na tua boca; pois com mão forte o SENHOR te tirou do Egito. Aleluia!
Rendei graças ao SENHOR, invocai o seu nome, fazei conhecidos, entre os povos, os seus feitos.
Cantai-lhe, cantai-lhe salmos; narrai todas as suas maravilhas.
Ele é o SENHOR, nosso Deus;
Lembra-se perpetuamente da sua aliança;
Porque estava lembrado da sua santa palavra e conduziu com alegria o seu povo e, com jubiloso canto, os seus escolhidos.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora é, e para sempre será - de eternidade a eternidade. Amém.
Quando o SENHOR te houver introduzido na terra que mana leite e mel, guardarás este rito neste mês. Aleluia!
Para que a lei do SENHOR esteja na tua boca; pois com mão forte o SENHOR te tirou do Egito. Aleluia!

ORAÇÃO DO DIA:

Ó Deus, que na festa da Páscoa restauraste toda a criação, continua a enviar teus dons celestiais sobre o teu povo para que possamos caminhar em perfeita liberdade e receber vida eterna; através de Jesus Cristo, teu Filho, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

LEITURAS:

Antigo Testamento: Êxodo 15.1–18
Salmo: Salmo 100 (antífona. v. 5)
Epístola: Atos 10.34–43
Santo Evangelho: S. Lucas 24.13–35

GRADUAL:
Salmo 118.24, 2

Este é o dia que o SENHOR fez; regozijemo-nos e alegremo-nos nele.
Diga, pois, Israel: Sim, a sua misericórdia dura para sempre.

VERSO:
S. Lucas 24.32

Aleluia. Porventura, não nos ardia o coração, quando ele, pelo caminho, nos falava, quando nos expunha as Escrituras? Aleluia.

REFLEXÃO:

O Cordeiro da Páscoa é conhecido no partir do pão

A celebração da Páscoa é uma festa que nunca termina. Portanto, “cantarei ao SENHOR, porque triunfou gloriosamente” (Êxodo 15.1). Ele é a nossa força e nosso cântico, porque Ele se tornou nossa salvação. “Tiraram-lhe a vida, pendurando-o no madeiro; a este ressuscitou Deus no terceiro dia” (Atos 10.39,40). Suas testemunhas escolhidas “comem e bebem com ele, depois que ressurgiu dentre os mortos” (Atos 10.41), agora pregam “o perdão dos pecados pelo seu nome”(Atos 10.43). Por esta pregação, Jesus se aproxima e guia-nos para casa. Ele abre as Escrituras e a nossa mente para compreender “o que dele se achava em todas as Escrituras” (S. Lucas 24.27). Ele abre os nossos olhos para reconhecer suas feridas e conhecê-lo “no partir do pão” (S. Lucas 24.35).

Comemoração de José, Patriarca - 31 de março

"José e a Esposa de Potifar" (1660), de Bartolomé Esteban Murillo (1617-1682)
José era o filho do patriarca Jacó (comemorado em 5 de fevereiro) e Raquel. Sendo filho favorito de seu pai, foi alvo do ciúme de seus irmãos mais velhos, que o venderam como escravo no Egito e disseram a seu pai que ele estava morto (Gênesis 37). No Egito ele tornou-se o principal servo na casa de Potifar, um oficial militar. Porque José recusou-se a cometer adultério com a esposa de seu mestre, ele foi injustamente acusado de tentativa de estupro e jogado na prisão (Gênesis 39). Anos mais tarde, ele interpretou os sonhos de Faraó, que então libertou-o da prisão e o colocou no comando de todo o país. Quando seus irmãos vieram de Canaã para o Egito em busca de alimento, eles não o reconheceram. Ele finalmente revelou sua identidade a eles, perdoou e convidou a eles e seu pai para viverem no Egito. Ele é especialmente lembrado e homenageado por sua retidão moral (Gênesis 39) e por sua disposição de perdoar os seus irmãos (Gênesis 45 e 50). — LCMS Worship - Commemoration Biographies

A Ressurreição de Nosso Senhor - Domingo de Páscoa

"Aparecimento atrás das portas fechadas" (entre 1308-11), de Duccio di Buoninsegna (c.1255-1318)

Cor litúrgica: Branca ou Dourada

INTROITO:
Salmo 8.1, 5–6, 9; antífona. S. Lucas 24.5–7

ORAÇÃO DO DIA

Todo-poderoso Deus e Pai, que através de teu único Filho Jesus Cristo venceste a morte e abriste para nós o portão da vida eterna, faze com que nós, ao celebrarmos com alegria o dia da ressurreição do Senhor, possamos ser ressuscitados da morte do pecado pelo teu Espírito doador da vida; através de Jesus Cristo, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

LEITURAS:

Antigo Testamento: Jó 19.23–27
Salmo: Salmo 118.15–29 (antífona. v. 1)
Epístola: 1 Coríntios 5.6–8 ou 1 Coríntios 15.51–57
Santo Evangelho: S. Marcos 16.1–8

GRADUAL:
Salmo 118.24,1


Este é o dia que o SENHOR fez; regozijemo-nos e alegremo-nos nele.
Rendei graças ao SENHOR, porque ele é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre.


VERSO:
1 Coríntios 5.7b–8a,b

Aleluia. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado. Por isso, celebremos a festa não com o velho fermento, e sim com os asmos da sinceridade e da verdade. Aleluia.

30/03/2013

Aurora da Páscoa

"Maria Madalena na Tumba" (entre 1620-1622), de Grammatica Antiveduto (1571–1626)

Cor litúrgica: Branca ou Dourada

INTROITO:
Salmo 139.1–2a, 8, 10; antífona. Salmo 139.18b, 5b, 6

ORAÇÃO DO DIA
Todo-poderoso Deus, que através de teu único Filho Jesus Cristo venceste a morte e abriste para nós o portão da vida eterna, oramos com humildade para que possamos viver diante de ti em justiça e pureza para sempre; através do mesmo Jesus Cristo, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

LEITURAS:
Antigo Testamento: Isaías 25.6–9 ou Êxodo 14.10–15.1
Salmo: Salmo 16 (antífona. v. 11) ou O Cântico de Moisés e Israel
Epístola: 1 Coríntios 15.1–11 ou 1 Coríntios 15.12–25
Santo Evangelho: S. João 20.1–18

GRADUAL:
Salmo 118.24,1

VERSO:
Coríntios 5.7b–8

A Vigília Pascal

Vigília Pascal na na Redeemer Lutheran Church (Fort Wayne-EUA)
O terceiro e último dia do Tríduo é o Sábado de Aleluia, conhecido desde a antiguidade como a Grande Vigília. Este rito litúrgico consiste de três ofícios: o Ofício da Luz, o Ofício do Santo Batismo e o Ofício da Santa Comunhão.

O primeiro deles é o Ofício da Luz (ou Lucernário). Ocorre uma dramática reversão do Ofício Tenebrae da Sexta-feira Santa. A congregação se reúne na escuridão fora da igreja. A todos são dadas velas apagadas. O pastor que preside a celebração acende uma pequena fogueira, um símbolo da coluna de fogo que guiou o povo de Israel durante a noite (Êxodo 13.21-22). A partir deste fogo, o Círio Pascal, uma vela grande e branca, simbolizando a presença do Senhor ressuscitado, é iluminado. Todos acendem suas velas a partir do Círio Pascal que um carregador leva em seguida para o santuário, colocando-o em sua posição junto ao altar. Todos seguem em lenta procissão para os bancos na igreja escura. Canta-se o Exsultet, uma proclamação pascal ou um hino em louvor ao Cristo ressuscitado.

O Ofício do Santo Batismo é a segunda parte da Vigília Pascal. São lidas várias porções do Antigo Testamento que prefiguram o sacramento do Santo Batismo. O batismo é administrado a crianças e adultos. O clímax da Vigília Pascal é o Ofício da Santa Comunhão. O Círio Pascal é devolvido à sua posição perto do altar. As velas do altar e outras velas outras no santuário são iluminados a partir dele. O pastor que preside a celebração, cumprimenta com a antiga saudação: Aleluia! Cristo ressuscitou! A congregação responde: Ele verdadeiramente ressuscitou! Aleluia! Todos se reúnem para cantar o Gloria in Excelsis, um hino que não havia sido cantado na igreja desde o Último Domingo depois da Epifania.

Sábado de Aleluia

"Lamentação" (entre 1304-1306), de Giotto di Bondone (1266–1337)
Cor litúrgica: Preta

SALMODIA:
Salmo 88.1, 6–7, 9b; antífona Salmo 88.3
 
Pois a minha alma está farta de males, e a minha vida já se abeira da morte.
Ó SENHOR, Deus da minha salvação, dia e noite clamo diante de ti.
Puseste-me na mais profunda cova, nos lugares tenebrosos, nos abismos.
Sobre mim pesa a tua ira; tu me abates com todas as tuas ondas.
Dia após dia, venho clamando a ti, SENHOR, e te levanto as minhas mãos. 
Pois a minha alma está farta de males, e a minha vida já se abeira da morte.

ORAÇÃO DO DIA:

Ó Deus, Criador dos céus e da terra, concede que assim como o corpo crucificado de teu amado Filho foi colocado na tumba e descansou neste santo sábado, da mesma forma possamos aguardar com ele a vinda do terceiro dia e ressuscitar para uma nova vida com Cristo, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

LEITURAS:

Antigo Testamento: Daniel 6.1–24
Salmo: Salmo 16 (antífona. v. 10)
Epístola: 1 Pedro 3.17–22
Santo Evangelho: S. Mateus 27.57–66

GRADUAL:
Salmo 18.5, 4.8
 
Cadeias infernais me cingiram, e tramas de morte me surpreenderam.
Laços de morte me cercaram, torrentes de impiedade me impuseram terror.
Das suas narinas subiu fumaça, e fogo devorador, da sua boca; dele saíram brasas ardentes.

TRATO:
Salmo 88.1–4
 
Ó SENHOR, Deus da minha salvação, dia e noite clamo diante de ti.
Chegue à tua presença a minha oração, inclina os ouvidos ao meu clamor.
Pois a minha alma está farta de males, e a minha vida já se abeira da morte.
Sou contado com os que baixam à cova; sou como um homem sem força.

29/03/2013

A Sexta-feira Santa



Sexta-feira Santa, o segundo dia do Tríduo, é a lembrança solene da morte de Jesus na cruz.
O culto da Sexta-feira Santa é marcado pela austeridade e silêncio. A música de instrumentos é minimizada ou eliminada. O altar permanece completamente desnudado e as leituras são os pontos focais do culto. A narrativa da paixão do evangelho de S. João (S. João 18.1-19.42) é, tradicionalmente, o texto indicado para este dia.
Apesar da solenidade que envolve o culto de Sexta-feira Santa, não é um funeral de Jesus, mas sim um momento de contemplação silenciosa e solene de sua grande obra salvadora, na certeza de que a morte não o pode deter. Isto parece estar nítido na pintura "O Corpo de Cristo Morto no Túmulo" (1521), onde Hans Holbein, o Jovem (c. 1497-1543), um propagandista da Reforma, mostra que o corpo morto de Cristo não parece tão morto assim. Na boca e os olhos abertos de Jesus, Holbein talvez quisesse significar que, mesmo na sua morte, Cristo ainda fala e vê.

Sexta-feira Santa

"A Crucificação" (1520), de Lucas Cranach, o velho (1472–1553)

Cor litúrgica: Preta

INTROITO:
Salmo 102.1–2, 12; antífona Isaías 53.4a, 5a, 6a,c

Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; 
Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; 
Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos.
Ouve, SENHOR, a minha súplica, e cheguem a ti os meus clamores.
Não me ocultes o rosto no dia da minha angústia; inclina-me os ouvidos; no dia em que eu clamar, dá-te pressa em acudir-me.
Tu, porém, SENHOR, permaneces para sempre, e a memória do teu nome, de geração em geração.
Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; 
Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; 
Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos.

ORAÇÃO DO DIA:

Todo-poderoso Deus, graciosamente mantém esta tua família, por quem nosso Senhor Jesus Cristo aceitou ser traído e entregue nas mãos de homens pecadores para sofrer a morte sobre a cruz; através do mesmo Jesus Cristo, teu Filho, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

LEITURAS:

Antigo Testamento: Isaías 52.13—53.12
Salmo: Salmo 22 (antífona. v. 1) ou Salmo 31 (antífona. v. 1)
Epístola: 2 Coríntios 5.14–21
Santo Evangelho: S. João 18.1—19.42

GRADUAL:
Isaías 53.1,11b

Quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do SENHOR?
O meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si.

TRATO:
Salmo 140.1–7, 12–13

Livra-me, SENHOR, do homem perverso, guarda-me do homem violento,
cujo coração maquina iniquidades e vive forjando contendas.
Aguçam a língua como a serpente; sob os lábios têm veneno de áspide.
Guarda-me, SENHOR, da mão dos ímpios, preserva-me do homem violento, os quais se empenham por me desviar os passos.
Os soberbos ocultaram armadilhas e cordas contra mim, estenderam-me uma rede à beira do caminho, armaram ciladas contra mim.
Digo ao SENHOR: tu és o meu Deus; acode, SENHOR, à voz das minhas súplicas.
Ó SENHOR, força da minha salvação, tu me protegeste a cabeça no dia da batalha.
Sei que o SENHOR manterá a causa do oprimido e o direito do necessitado.
Assim, os justos renderão graças ao teu nome; os retos habitarão na tua presença.

28/03/2013

Desnudamento do Altar

Desnudamento do altar no Culto da Quinta-feira Santa na Redeemer Lutheran Church (Fort Wayne-EUA)

Tradicionalmente, o altar é desnudado e lavado após a o ofício da Santa comunhão da Quinta-feira Santa. O trabalho é feito, neste momento, não só pela razão prática de que o altar precisa de uma limpeza profunda pelo menos uma vez por ano, mas também por uma razão simbólica. Depois da Quinta-feira Santa e antes de sua crucificação, nosso Senhor foi despido de suas vestes. Este ato foi parte de sua profunda humilhação por nós e deve incitar-nos a humildade, como está escrito: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.” (Filipenses 2.5-11). O altar pode permanecer desnudado até a Véspera da Páscoa. Mas se é um altar decorado com esculturas e cor, deve ser vestido com paramentos pretos.

Fonte: LANG, Paul H. D. What an altar guild should know. Saint Louis: Concordia Publishing House, 1964. p. 58. Tradução: Josemar Alves.

A Quinta-feira Santa

Celebração da Santa Ceia na Redeemer Lutheran Church (Fort Wayne-EUA)

A primeira parte do Tríduo começa na noite de Quinta-feira Santa (também chamada de Endoenças), durante a qual os cristãos lembram os acontecimentos que tiveram lugar na noite em que Jesus foi traído. Os evangelhos de S. Mateus, S. Marcos e S. Lucas concentram-se na instituição da Ceia do Senhor (S. Mateus 26.20-30, S. Marcos 14.17-26 e S. Lucas 22.14-35). O evangelho de S. João enfoca os ensinamentos finais de Nosso Senhor aos seus discípulos, pontuado de forma dramática quando Ele lava seus pés (S. João 13-17).
Algumas congregações revivem o ritual do lava-pés nesta noite. No entanto, o verdadeiro clímax do culto da Quinta-feira Santa é a celebração da Ceia do Senhor. Esta noite é o “aniversário” do sacramento e, portanto, um acontecimento memorável, até mesmo nas igrejas que celebram a Santa Comunhão todos os domingos.
Terminado o sacramento, acontece o desnudamento do altar. Os ministros e acólitos removem todos os vasos sagrados, cruzes, livros litúrgicos, velas, alfaias sagradas, paramentos, estandartes e outras ornamentações do altar e arredores. Este antigo ritual é uma reencenação poderosa e dramática da humilhação do Senhor nas mãos dos soldados romanos. Enquanto o altar é desnudado, o Salmo 22 (contendo profecias claras do sofrimento de Cristo) é cantado ou lido. O altar desnudado ou adornado apenas com paramentos pretos, é transformado de mesa da comunhão da Quinta-feira Santa em laje do túmulo da Sexta-feira Santa.

O Tríduo Pascal


A celebração mais solene do calendário cristão é o período da Quinta-feira Santa até o Sábado de Aleluia. Os cultos nestes dias ou noites são tradicionalmente considerados parte de uma única celebração estendida chamada Tríduo (do latim Triduum, que significa “três dias”). Nos primórdios da igreja cristã, os eventos do Tríduo eram celebrados em um culto contínuo de um dia e uma noite chamado Pascha (da transliteração grega da palavra hebraica para Páscoa).

Quinta-feira Santa

"A Última Ceia" (1311), de Duccio di Buoninsegna (c.1255-1318)

Cor litúrgica: Branca, Escarlate ou Roxa

INTROITO:
Salmo 67.1–2, 5–6b, 7; antífona Gálatas 6.14, Texto litúrgico

Longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo.
Nele há salvação, vida e ressurreição dos mortos,
Por ele somos salvos e colocados em liberdade.
Deus gracioso para conosco, e nos abençoe, e faça resplandecer sobre nós o rosto;
para que se conheça na terra o teu caminho e, em todas as nações, a tua salvação.
Louvem-te os povos, ó Deus; louvem-te os povos todos.
Deus, o nosso Deus, nos abençoa.
Abençoe-nos Deus, e todos os confins da terra o temerão.
Longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo.
Nele há salvação, vida e ressurreição dos mortos,
Por ele somos salvos e colocados em liberdade.

ORAÇÃO DO DIA:

Ó Senhor, que neste maravilhoso sacramento nos deixaste uma lembrança do teu sofrimento, concede que possamos receber o sagrado mistério do teu corpo e sangue para que os frutos da tua redenção possam continuamente ser manifestos em nós; pois tu vives e reinas com o Pai e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

LEITURAS:

Antigo Testamento: Êxodo 12.1–14 ou Êxodo 24.3–11
Salmo: Salmo 116.12–19 (antífona. v. 17)
Epístola: 1 Coríntios 11.23–32
Santo Evangelho: S. João 13.1–15 (34–35)

GRADUAL:
Salmo 111.4–5

Ele fez memoráveis as suas maravilhas; benigno e misericordioso é o SENHOR.
Dá sustento aos que o temem; lembrar-se-á sempre da sua aliança.

27/03/2013

Quarta-feira na Semana Santa

"Cristo lavando os pés dos discípulos" (c.1305), de Giotto di Bondone (c.1266-1337)

Cor litúrgica: Escarlate ou Roxa

INTROITO:
Salmo 102.1, 3–4, 12; antífona Filipenses 2.10, 8, 11

Ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra
[Ele] a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz.
[Por isso,] toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.
Ouve, SENHOR, a minha súplica, e cheguem a ti os meus clamores.
Porque os meus dias, como fumaça, se desvanecem, e os meus ossos ardem como em fornalha.
Ferido como a erva, secou-se o meu coração; até me esqueço de comer o meu pão.
Tu, porém, SENHOR, permaneces para sempre, e a memória do teu nome, de geração em geração.
Ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra
[Ele] a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz.
[Por isso,] toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.

ORAÇÃO DO DIA:

Misericordioso e eterno Deus, que não poupaste a teu único Filho, mas o entregaste por todos nós para carregar nossos pecados na cruz, concede que nossos corações possam estar de tal forma fixados com fé nele que não tenhamos medo do poder do pecado, da morte e do diabo; através do mesmo Jesus Cristo, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

LEITURAS:

Antigo Testamento: Isaías 62.11—63.7
Salmo: Salmo 60 (antífona. v. 5)
Epístola: Apocalipse 1.5b–7
Santo Evangelho: S. Lucas 22.1—23.56

GRADUAL:
Salmo 69.17, 1–2a

Não escondas o rosto ao teu servo, pois estou atribulado; responde-me depressa.
Salva-me, ó Deus, porque as águas me sobem até à alma.
Estou atolado em profundo lamaçal, que não dá pé.

TRATO: 
Salmo 102.1–2, 13

Ouve, SENHOR, a minha súplica, e cheguem a ti os meus clamores.
Não me ocultes o rosto no dia da minha angústia; inclina-me os ouvidos; no dia em que eu clamar, dá-te pressa em acudir-me.
Levantar-te-ás e terás piedade de Sião; é tempo de te compadeceres dela, e já é vinda a sua hora.

26/03/2013

Terça-feira na Semana Santa

"Judas recebendo o pagamento por sua traição" (c. 1304-1306), de Giotto di Bondone (c.1266-1337)

Cor litúrgica: Escarlate ou Roxa

INTROITO:
Salmo 67.1–2, 5–6b, 7; antífona Gálatas 6.14a, Texto litúrgico

Longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo.
Nele há salvação, vida e ressurreição dos mortos,
Por ele somos salvos e colocados em liberdade.
Deus gracioso para conosco, e nos abençoe, e faça resplandecer sobre nós o rosto;
para que se conheça na terra o teu caminho e, em todas as nações, a tua salvação.
Louvem-te os povos, ó Deus; louvem-te os povos todos.
Deus, o nosso Deus, nos abençoa.
Abençoe-nos Deus, e todos os confins da terra o temerão.
Longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo.
Nele há salvação, vida e ressurreição dos mortos,
Por ele somos salvos e colocados em liberdade.

ORAÇÃO DO DIA:

Todo-poderoso e eterno Deus, concede que por tua graça possamos passar por este santo tempo da paixão do Senhor e obtermos o perdão dos nossos pecados; através de Jesus Cristo, teu Filho, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

LEITURAS:

Antigo Testamento: Jeremias 11.18–20
Salmo: Salmo 54 (antífona. v. 4)
Epístola: 1 Timóteo 6.12–14
Santo Evangelho: S. Marcos 14.1—15.46

GRADUAL:
Salmo 35.13a, 1a, 2b

As minhas vestes eram pano de saco; eu afligia a minha alma com jejum e em oração me reclinava sobre o peito,
Contende, SENHOR, com os que contendem comigo e ergue-te em meu auxílio.

TRATO:
Salmo 103.10, 79.8–9

O SENHOR não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos retribui consoante as nossas iniquidades.
Não recordes contra nós as iniquidades de nossos pais; apressem-se ao nosso encontro as tuas misericórdias, pois estamos sobremodo abatidos.
Assiste-nos, ó Deus e Salvador nosso, pela glória do teu nome; livra-nos e perdoa-nos os pecados, por amor do teu nome.

25/03/2013

Segunda-feira na Semana Santa


"Festa de Simão, o Fariseu" (entre 1618-1620), de Pierre Paul Rubens (1577-1640)
Cor litúrgica: Escarlate ou Roxa

INTROITO:
Salmo 35.3, 11–12, 22; antífona Salmo 35.1–2

Ó SENHOR Deus, ataca os que me atacam e combate os que me combatem!
Pega o teu escudo e a tua armadura e vem me ajudar.
Pega a tua lança e o teu machado de guerra e luta contra os que me perseguem. Dá-me a certeza de que vais me salvar.
Homens maus testemunham contra mim e me acusam de crimes que não cometi.
O bem que faço eles me pagam com o mal, e por isso estou desesperado.
Mas tu, ó SENHOR Deus, tens visto isso. Então não te cales, Senhor, e não fiques longe de mim!
Ó SENHOR Deus, ataca os que me atacam e combate os que me combatem!
Pega o teu escudo e a tua armadura e vem me ajudar.

ORAÇÃO DO DIA:


Todo-poderoso Deus, concede que, em meio a todas as nossas falhas e deficiências, possamos ser restaurados pelo sofrimento e intercessão de teu unigênito Filho, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

LEITURAS:

Antigo Testamento: Isaías 50.5–10
Salmo: Salmo 36.5–10 (antífona. v. 9)
Epístola: 1 Pedro 2.21–24
Santo Evangelho: S. João 12.1–36 (37–43)

GRADUAL:
Salmo 35.23, 3

Acorda e desperta para me fazeres justiça, para a minha causa, Deus meu e Senhor meu.
Empunha a lança e reprime o passo aos meus perseguidores; dize à minha alma: Eu sou a tua salvação.

TRATO:
Salmo 103.10, 79.8–9

O SENHOR não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos retribui consoante as nossas iniquidades.
Não recordes contra nós as iniquidades de nossos pais; apressem-se ao nosso encontro as tuas misericórdias, pois estamos sobremodo abatidos.
Assiste-nos, ó Deus e Salvador nosso, pela glória do teu nome; livra-nos e perdoa-nos os pecados, por amor do teu nome.

A Ave Maria, por Martinho Lutero

Em 1522, a exemplo de todos os livros de oração da igreja medieval, Martinho Lutero manteve a tradicional Ave Maria no seu Livro de Oração Pessoal, mas deu a ela uma interpretação completamente evangélica, conforme vemos no seu comentário abaixo.
Veja também a história da Ave Maria na igreja cristã e na tradição luterana.

A Ave Maria

     Tome nota disso: ninguém deve colocar a sua confiança ou convicção na Mãe de Deus ou em seus méritos, pois de tal confiança somente Deus é digno e este elevado culto é devido somente a ele. Preferivelmente, louve agradeça a Deus por causa de Maria e da graça que lhe foi dada. Louve-a e ame-a simplesmente como aquela que, sem mérito, obteve tais bênçãos de Deus, por pura misericórdia dele, como ela mesma testemunha no Magnificat [Lc 1.46-55].

     Isto é muito semelhante a quando, por uma visão do céu, do sol e de toda a criação, sou movido a exaltar aquele que criou todas as coisas, trazendo tudo isso em minha oração e louvor, dizendo: Ó Deus, autor da bela e perfeita criação, concede-me... Da mesma forma, a nossa oração deve incluir a Mãe de Deus, como costumamos dizer: Ó Deus, que nobre pessoa tu criaste nela! Que ela seja bendita! E assim por diante. E tu que a honraste tão grandemente, concede também a mim...

     Não permitam que os nossos corações se apeguem a ela, mas que por causa dela penetrem em Cristo e no próprio Deus. Assim, o que a Ave-Maria diz é que toda a glória deve ser dada a Deus, usando estas palavras: “Ave, Maria, cheia de graça. O Senhor é convosco [Lc 1.28]; bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus Cristo. Amém”.

     Você vê que estas palavras não tratam de oração, mas simplesmente em dar louvor e honra. Da mesma forma, não há petição nas primeiras palavras do Pai Nosso, mas sim louvor e glorificação de que Deus é nosso Pai e que ele está no céu. Portanto, não devemos fazer da Ave-Maria, nem uma oração, nem uma invocação, porque é inadequado interpretar as palavras além do que elas significam em si mesmas e para além do significado dado a elas pelo Espírito Santo.

     Mas há duas coisas que podemos fazer. Primeiramente, podemos usar a Ave Maria como uma meditação em que recitamos o que a graça que Deus lhe deu. Secundariamente, devemos acrescentar um pedido de que todos possam conhecê-la e respeitá-la [como uma bendita por Deus].

     Em primeiro lugar, ela é cheia de graça, proclamada para ser inteiramente sem pecado – algo extraordinariamente grandioso. A graça de Deus encheu-a com tudo de bom e a tornou livre de todo o mal.

     Em segundo lugar, Deus está com ela, o que significa que tudo o que ela fez ou deixou de fazer é divino e ação de Deus nela. Além disso, Deus a guardou e a protegeu de tudo o que poderia ser prejudicial a ela.

     Em terceiro lugar, ela é bendita acima de todas as outras mulheres, não somente porque ela deu à luz sem lida, sofrimento e dano para si mesma, diferente de Eva e todas as outras mulheres, mas pela razão de pelo Espírito Santo e sem pecado, tornou-se fértil, concebeu e deu à luz de maneira a nenhuma outra mulher concedida.

     Em quarto lugar, seu dar à luz é bendito visto que ela foi poupada da maldição sobre todos os filhos de Eva, que são concebidos em pecado [Sl 51.5] e nascem para merecer a morte e condenação. Somente o fruto do seu ventre é bendito, e através deste nascimento todos nós somos abençoados.
Além disso, uma oração ou pedido deve ser acrescentado – nossa oração por todos os que falam mal contra este Fruto e esta Mãe. Mas quem é que fala mal deste Fruto e desta Mãe? Qualquer um que persegue e fala mal contra sua obra, o evangelho e a fé cristã, como os judeus e os papistas estão fazendo agora.

     A conclusão disso é que, no presente, ninguém fala mal dessa Mãe e de seu Fruto, tanto quanto aqueles que a bendizem com muitos rosários e constantemente falam da boca para fora a Ave Maria. Estes, mais do que quaisquer outros, falam mal contra a palavra de Cristo e a fé da pior maneira.
Portanto, repare que esta Mãe e seu Fruto são benditos em duplo modo – corporal e espiritual. Corporal com os lábios e as palavras da Ave-Maria; tais pessoas blasfemam e falar mal dela mais perigosamente. E espiritualmente [alguém bendiz ela] em seu coração ao louvar e render ação de graças pelo seu filho, Cristo – por todas as suas palavras, obras e sofrimentos. E ninguém faz isso senão aquele que tem a verdadeira fé cristã, porque sem esta fé nenhum coração é bom, mas é, por natureza, recheado de fala maligna e blasfêmia contra Deus e todos os santos. Por essa razão, quem não tem fé é aconselhado a abster-se de dizer a Ave Maria e todas as outras orações, porque a tal pessoa se aplicam as palavras: Em pecado se lhe torne a sua oração. [Sl 109.7].

- Bem-aventurado Martinho Lutero (1483-1546), doutor e reformador da igreja ( Livro de Oração Pessoal, 1522).

Fonte: Pelikan, J. J.; Oswald, H. C.; Lehmann, H. T. (Ed.). Luther's works, vol. 43 : Devotional Writings II. Philadelphia: Fortress Press, 1968. p. 39-41.)

"A Virgem e o Menino" (1845), William Dyce (1806-1864)

A Saudação Angélica

“A Anunciação” (c. 1623), Orazio Gentileschi (1563–1639)
     A “Ave Maria” (do latim), também chamada de “Saudação Angélica”, é tirada do Evangelho de São Lucas e é uma combinação das palavras do Anjo Gabriel na Anunciação (Lc 1.28) e da saudação de Isabel a Maria na Visitação (Lc 1.42). Na sua forma antiga e original, lê-se: “Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre as mulheres; bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus”.

     A fórmula é encontrada já nos séculos V, talvez IV, nas liturgias orientas e no século VI na igreja latina, mas seu uso devocional entre os cristãos do ocidente começou no século XI, como um memorial da encarnação de Cristo. 

     A sentença precatória, — “Santa Maria, mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora da nossa morte.” — foi adicionada somente no século XVI. Pio V a tornou oficial somente em 1568 na Igreja Romana, quando foi incluída no novo breviário promulgado no Concílio de Trento. Portanto, nas Igrejas Ortodoxas do Oriente, bem como Lutero e os reformadores reconhecem a Saudação Angélica apenas na sua forma mais antiga.

     Em 1522, Lutero escreveu um comentário sobre a Ave Maria em seu Livro de Oração Pessoal (WA 10, II, 407-409; 17 II, 398-410; ver também 11, 59-61). Livros de orações pessoais para leigos foram amplamente utilizados na igreja medieval por séculos. Ainda existem cópias bem elaboradas e com iluminuras, datando do século IX, e que pertenciam à nobreza. Antes disso, no início da era cristã, o Saltério ou seleção de salmos serviram como manuais devocionais para leigos. Aos poucos, o Saltério foi suplementado por coleções de orações, narrativas da Paixão, Ave Maria e orações para a hora da morte. Na Idade Média, o Livro de Horas foi amplamente utilizado por devotados leigos de nascimento nobre que podiam pagar tais livros com belos manuscritos. Alguns levavam estes livros consigo em todos os momentos, razão pela qual eram de tamanho muito pequeno.

     Lutero utilizou o Livro de Oração Pessoal como uma forma de disponibilizar à baixo custo, traduções de variados livros do Novo Testamento. Depois incluiu também sermões. Esse material adicional tornou proveitosa as novas edições do Livro de Oração Pessoal de Lutero, ao prover conteúdo bíblico para substituir alguns dos materiais habitualmente incluídos nos tradicionais livros de oração. Lutero, no entanto, manteve a essência básica dos livros de oração, com os Dez Mandamentos, o Credo, o Pai Nosso e a Ave-Maria. 

Fontes:
- Erwin L. Lueker (Ed.). Lutheran Cyclopedia. St. Louis: Concordia Publishing House, 1954. p. 79.
- Martin H. Bertram (Luther’s Works, Volume 43)

19/03/2013

Festa de São José, tutor de Nosso Senhor - 19 de março


"São José conduzindo o menino Jesus" (1670-1675), de Bartolomé Esteban Murillo (1617-1682)
Cor litúrgica: Branca

Introito: Salmo 89.1,5,15-16; antífona Salmo 128.1
Saltério: Salmo 127 (antífona vers. 1a)
Antigo Testamento: 2 Samuel 7.4-16
Gradual: Salmo 45.6-7b
Epístola: Romanos 4.13-18
† Verso: Mateus 1.24a
Evangelho: S. Mateus 2.13-15, 19-23

Tudo o que sabemos de São José aprendemos com os dois primeiros capítulos de S. Mateus e de S. Lucas. Fora isso, ele é mencionado apenas de passagem (ver S. Lucas 3.23, S. João 1.45, S. João 6.42) como o suposto pai de Jesus de Nazaré.
S. Mateus mostra a compaixão de José por sua prometida esposa: Quando a Virgem Maria lhe revelou sua gravidez, José evitou uma repreensão pública, o que poderia resultar no apedrejamento dela. Em seguida, depois que o Senhor enviou o seu anjo, revelando-se como a causa desta circunstância extraordinária, José submeteu-se à vontade de Deus, assim como fizera sua esposa.
O Pai Celestial graciosamente permitiu que este homem modesto arcasse com a responsabilidade de proteção e provisão para o Verbo Encarnado e a Mãe de Deus (Theotokos). Como poderia José ter imaginado os eventos extraordinários que os aguardava, incluindo as visitas de pastores e magos, assim como a ira de Herodes e posterior fuga para o Egito?
José era um judeu piedoso, descendente de Davi e carpinteiro. (Os Evangelhos usam a palavra grega tekton, que pode ser traduzida como "construtor" ou "arquiteto").
Por causa do silêncio dos evangelhos - e porque Jesus confiou Maria aos cuidados de João - acredita-se que José morreu de morte natural, após a visita a Jerusalém, quando Jesus tinha doze anos (Lucas 2.41-51), mas antes de seu batismo (Mateus 3.13-17), provavelmente em torno de seu trigésimo ano.

Oração do dia
Todo-poderoso Deus, que da família de teu servo Davi fizeste nascer a José para ser o tutor do teu Filho encarnado e o marido de sua mãe, Maria. Concedei-nos a graça de seguir o exemplo deste trabalhador fiel em ouvir teus conselhos e obedecer a teus mandatos; através de Jesus Cristo, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.