28/02/2014
Oração para o Último Domingo após Epifania (A Transfiguração de Nosso Senhor)
27/02/2014
A Transfiguração de Nosso Senhor – 02 de março de 2014
“Paisagem com Transfiguração de Cristo / Landschaft mit Verklärung Christi” (c. 1788), Francesco Zuccarelli (1702–1788) |
Deus manifesta a sua glória no corpo de Jesus Cristo, transfigurado para nós pela sua Cruz
A transfiguração confirma “a palavra profética, e fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso” (2 Pe 1.19). A glória divina de Jesus manifesta-se na palavra de seus apóstolos, que foram “testemunhas oculares da sua majestade” (2 Pe 1.16). Ele “foi transfigurado diante deles; o seu rosto resplandecia como o sol” (Mt 17.2). Moisés e Elias testemunharam o cumprimento do Antigo Testamento neste Senhor Jesus e o Pai testificou a respeito dele: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi” (Mt 17.5). Por seu próprio sangue, derramado na cruz, Jesus faz e sela a nova aliança conosco. Por isso, “o aspecto da glória do Senhor” já não é “como um fogo consumidor” (Êx 24.17 ), mas é graciosamente revelada em seu próprio corpo. Assim como “Arão, e Nadabe, e Abiú, e setenta dos anciãos de Israel” subiram ao monte com Moisés e “viram a Deus, e comeram, e beberam” (Êx 24.9, 11), nós também contemplamos o Senhor nosso Deus em Cristo Jesus e permanecemos com Ele quando comemos e bebemos seu corpo e sangue no altar.
26/02/2014
A chuva cai sobre justos e injustos
– A chuva cai sobre justos e injustos.
– Isso é um bom sistema!
(Charlie Brown)
Sobre o Evangelho do Sétimo Domingo após Epifania (S. Mateus 5.38-48)
24/02/2014
A Eleição de São Matias
A Eleição de São Matias, vitral da St. Mary's Episcopal Cathedral, Glasgow (Escócia). |
Atos dos Apóstolos, capítulo 1, versículos 15 a 26
1.15 Naqueles dias, levantou-se Pedro no meio dos irmãos (ora, compunha-se a assembléia de umas cento e vinte pessoas) e disse:
1.16 Irmãos, convinha que se cumprisse a Escritura que o Espírito Santo proferiu anteriormente por boca de Davi, acerca de Judas, que foi o guia daqueles que prenderam Jesus,
1.17 porque ele era contado entre nós e teve parte neste ministério.
1.18 (Ora, este homem adquiriu um campo com o preço da iniquidade; e, precipitando-se, rompeu-se pelo meio, e todas as suas entranhas se derramaram;
1.19 e isto chegou ao conhecimento de todos os habitantes de Jerusalém, de maneira que em sua própria língua esse campo era chamado Aceldama, isto é, Campo de Sangue.)
1.20 Porque está escrito no Livro dos Salmos: Fique deserta a sua morada; e não haja quem nela habite; e: Tome outro o seu encargo.
1.21 É necessário, pois, que, dos homens que nos acompanharam todo o tempo que o Senhor Jesus andou entre nós,
1.22 começando no batismo de João, até ao dia em que dentre nós foi levado às alturas, um destes se torne testemunha conosco da sua ressurreição.
1.23 Então, propuseram dois: José, chamado Barsabás, cognominado Justo, e Matias.
1.24 E, orando, disseram: Tu, Senhor, que conheces o coração de todos, revela-nos qual destes dois tens escolhido
1.25 para preencher a vaga neste ministério e apostolado, do qual Judas se transviou, indo para o seu próprio lugar.
1.26 E os lançaram em sortes, vindo a sorte recair sobre Matias, sendo-lhe, então, votado lugar com os onze apóstolos.
Hoje comemoramos o santo apóstolo Matias
"São Matias" (c. 1317–19), Oficina de Simone Martini (Italiano, Siena, ativo por volta de 1315 – Avinhão, 1344) |
Seu dia é observado em 9 de agosto pelo rito oriental e, mais recentemente, em 14 de maio por Roma. Pelos luteranos, episcopais e ortodoxos de rito ocidental, é observado em 24 de fevereiro - a data tradicional de sua comemoração na igreja ocidental.
Festa de São Matias, Apóstolo – 24 de fevereiro
"São Matias", Il Guercino (Giovanni Francesco Barbieri, 1591-1666) |
São Matias é um dos apóstolos menos conhecidos. De acordo com os Pais da Igreja, Matias foi um dos setenta e dois enviados por Jesus em Lucas 10.1-20. Depois da ascensão, Matias foi escolhido, por sorteio, para preencher a vaga dos Doze em decorrência da morte de Judas Iscariotes (Atos 1.16-25). A tradição da Igreja Primitiva coloca Matias em uma série de locais. Alguns historiadores sugerem que ele foi para a Etiópia, outros o colocam na Armênia, a primeira nação a adotar o cristianismo como uma religião nacional. Martirizado por causa da sua fé, Matias pode ter encontrou a morte em Cólquida, na Ásia Menor, por volta do ano 50 d. C. A Igreja de São Matias em Tréveris (Trier, em alemão), na Alemanha, reivindica a honra de ser o local de enterro final de Matias, o único dos Doze a ser enterrado ao norte dos Alpes europeu.
23/02/2014
Evangelho Dominical – Sétimo Domingo após Epifania
Imagem: Escultura neo-gótica (séc. XIX) do Sermão do Monte, no altar-mor da Igreja dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, Igreja de São (Pfaffenhoffen, Alsácia, Baixo Reno, França). |
38 Ouvistes que foi dito: Olho por olho, dente por dente.
39 Eu, porém, vos digo: não resistais ao perverso; mas, a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra;
40 e, ao que quer demandar contigo e tirar-te a túnica, deixa-lhe também a capa.
41 Se alguém te obrigar a andar uma milha, vai com ele duas.
42 Dá a quem te pede e não voltes as costas ao que deseja que lhe emprestes.
43 Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo.
44 Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem;
45 para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos.
46 Porque, se amardes os que vos amam, que recompensa tendes? Não fazem os publicanos também o mesmo?
47 E, se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os gentios também o mesmo?
48 Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste.
- Bíblia Sagrada, Edição Almeida Revista e Atualizada (SBB)
22/02/2014
Oração de São Policarpo de Esmirna
Martírio do mártir e santo cristão Policarpo. Xilogravura da edição Americana de 1832 do Livro dos Mártires de John Foxe. |
Policarpo foi condenado a ser queimado. Enquanto esperava o fogo ser aceso, ele orou:
Ó Senhor, Deus Todo-poderoso, Pai de teu bendito e bem-amado Filho Jesus Cristo, por quem nós temos conhecimento de ti; Deus dos anjos e das potestades, Deus de toda a criação e de toda família dos justos, que vivem em tua presença: eu te bendigo por me teres julgado digno de ser contado no número de teus mártires e de participar do cálice de Cristo para a ressurreição da alma e do corpo na vida eterna, e na incorruptibilidade do Espírito Santo. Possa eu hoje, com eles, ser aceito em tua presença, como sacrifício precioso e agradável: Tu me preparaste para ele, tu me revelaste, guardaste tua promessa, Deus de fidelidade e de verdade. Por esta graça e por tudo, eu te louvo, te bendigo, te glorifico por meio de Jesus Cristo, teu Filho bem-amado, eterno sumo-sacerdote nos Céus. Por Ele, que está contigo e com o Espírito Santo, te seja dada toda a glória, agora e pelos séculos vindouros. Amém.
O fogo foi então aceso e logo em seguida um soldado apunhalou Policarpo à morte por ordem do magistrado. Seus amigos recolheram seus ossos e lhe deram um sepultamento honrado, depois escreveram um relato de sua morte para outras igrejas.
(Conforme relato de Eusébio de Cesareia (265-339 d.C.) em sua História Eclesiástica)
Fonte: James A. Kleist (Trad.) The Martyrdom of St. Polycarp. In: Johannes Quasten; Joseph C. Plumpe (Ed.). Ancient Christian Writers: The works of the Fathers in Translation, Vol. 6. New Jersey: The Newman Press, 1948. pág. 97.
Comemoração de São Policarpo de Esmirna, Pastor e Mártir – 23 de fevereiro
“S. Polycarpus” (c. 1685), gravura de Michael Burghers (c.1647/8 – 1727) |
Fonte: Treasury of Daily Prayer (St. Louis: Concordia Publishing House, 2008. p. 1233)
21/02/2014
Sétimo Domingo após Epifania – 23 de fevereiro de 2014
Sermão do Monte, Igreja de São Wolfgang (Oberwinkling, Baixa Baviera, Alemanha) |
Deus revela sua santidade perfeita na compaixão ao ponto que “ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos” (Mt 5.45). Por sua graça em Jesus Cristo somos santos como ele é santo (Lv 19.2) e nós somos “santuário de Deus”, em quem “o Espírito de Deus habita” (1 Co 3.16). Este dom da santidade começa com temer, amar e confiar em Deus acima de todas as coisas e nos leva a amar o nosso próximo como a nós mesmos (Lv 19.18). Já não devemos praticar a “injustiça no tribunal”, não favorecendo os humildes, nem agradando os poderosos, não devemos mais andar “como mexeriqueiro” entre o povo de Deus, não devemos mais vingar ou guardar ira (Lv 19.15-18). Embora nós fôssemos os seus inimigos, nosso Senhor Jesus Cristo nos amou e nos perdoou. Alimentados e sustentados por seu santo corpo e sangue sob o pão e o vinho da sua Santa Ceia, “santos sereis” (Lv 19.2) assim como o Senhor nosso Deus é santo.
19/02/2014
Lutero: A música produz uma disposição calma e alegre
A música é uma preciosa e boa dádiva de Deus. Entre os reformadores do século 16, Lutero se destaca como aquele que se dedicou tanto ao pensamento teológico quanto à música para ser cantada na igreja e no lar.
A devoção e estima de Lutero pela música é muito perceptível numa carta que escreveu em 1530 ao maestro e compositor Ludovico Senfl:
“Não há dúvida de que há muitas sementes de boa qualidade na mente daqueles que são movidos pela música. Aqueles, no entanto, que não se sentem tocados pela música, eu acredito que certamente são como tocos e blocos de pedra. Pois nós sabemos que a música. . . é detestável e insuportável para os demônios. De fato, julgo claramente, e não hesito em afirmar, que fora a teologia não há arte que possa ser equiparada à música, pois, exceto a teologia, somente a música produz o que de outra forma só a teologia dá, a saber, uma disposição calma e alegre. Prova manifesta disso é que o diabo, o criador de preocupações entristecedores e ansiedades inquietantes, foge ao som da música da mesma forma como foge da palavra da teologia. Esta é a razão pela qual os profetas não fizeram uso de outra arte, a não ser a música. Eles não expuseram sua teologia como geometria, nem como aritmética, nem como astronomia, mas como música, de modo que mantiveram a teologia e a música fortemente conectadas e proclamaram a verdade por meio de salmos e canções. . . . Meu amor pela música é abundante e transbordante, pois muitas vezes me revigorou e me libertou de grandes aborrecimentos.”
- Bem-aventurado Martinho Lutero, doutor e reformador da igreja, em Carta a Ludovico Senfl (Coburg, 4 de outubro de 1530). Fonte: Luther Works 49:427-428.
18/02/2014
A verdadeira humildade
Pois bem, aqui fica claro que é próprio de Deus olhar para baixo. Ele não pode olhar para cima, pois nada está acima dele; tampouco pode olhar para o lado, pois não há quem lhe seja igual. Por isso, ele só olha para baixo. Em vista disso, quanto mais em baixo você estiver e quanto mais simples você for, tanto melhor os olhos de Deus poderão enxergá-lo.
Resumindo: esse versículo ensina-nos a conhecer a Deus de fato, na medida em que deixa claro que Deus atenta para os humildes, os desprezados. E só conhece a Deus de fato aquele que sabe que Deus olha para os humildes. E desse conhecimento resulta o amor a Deus e a fé nele, o que faz com que a pessoa de boa vontade entregue-se a ele e o siga.
As pessoas verdadeiramente humildes não atentam para os efeitos de sua humildade, mas, com singeleza de coração, olham para as coisas humildes, gostam de se ocupar com elas, e, pessoalmente, jamais se dão conta de que são humildes. Agora, os falsos humildes admiram-se que sua honra e exaltação custam tanto a chegar, e seu secreto e falso orgulho não permite que se contentem com sua vida simples e só pensam em subir cada vez mais. Por isso, a verdadeira humildade jamais fica sabendo que é humilde, pois, caso soubesse, ficaria orgulhosa ao se dar conta de tão nobre virtude. Ao contrário, de coração, de vontade e com todos os sentidos, apega-se às coisas humildes. Essas são objetivo constante de sua atenção bem como as imagens que tem diante de si. E, enquanto tem olhos voltados para isso, não pode ver a si mesma nem se dar conta de que existe.
Comemoração do Bem-aventurado Martinho Lutero, Doutor e Reformador da Igreja – 18 de fevereiro
“Martin Luther” (2008), por Martin Missfeldt (14.09.1968- ) |
Fonte: Treasury of Daily Prayer (St. Louis: Concordia Publishing House, 2009. p. 1219-1220)
16/02/2014
Evangelho Dominical – Sexto Domingo após Epifania
“Lei e Evangelho” (c. 1529), por Lucas Cranach (National Gallery, Praga) |
Evangelho segundo S. Mateus 5.21-37
21 Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e: Quem matar estará sujeito a julgamento.
22 Eu, porém, vos digo que todo aquele que sem motivo se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo.
23 Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti,
24 deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta.
25 Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás com ele a caminho, para que o adversário não te entregue ao juiz, o juiz, ao oficial de justiça, e sejas recolhido à prisão.
26 Em verdade te digo que não sairás dali, enquanto não pagares o último centavo.
27 Ouvistes que foi dito: Não adulterarás.
28 Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela.
29 Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não seja todo o teu corpo lançado no inferno.
30 E, se a tua mão direita te faz tropeçar, corta-a e lança-a de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não vá todo o teu corpo para o inferno.
31 Também foi dito: Aquele que repudiar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio.
32 Eu, porém, vos digo: qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de relações sexuais ilícitas, a expõe a tornar-se adúltera; e aquele que casar com a repudiada comete adultério.
33 Também ouvistes que foi dito aos antigos: Não jurarás falso, mas cumprirás rigorosamente para com o Senhor os teus juramentos.
34 Eu, porém, vos digo: de modo algum jureis; nem pelo céu, por ser o trono de Deus;
35 nem pela terra, por ser estrado de seus pés; nem por Jerusalém, por ser cidade do grande Rei;
36 nem jures pela tua cabeça, porque não podes tornar um cabelo branco ou preto.
37 Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não. O que disto passar vem do maligno.
- Bíblia Sagrada, Edição Almeida Revista e Atualizada (SBB)
15/02/2014
Comemoração de Filipe Melanchthon, Confessor – 16 de fevereiro (nascimento)
“Retrato de Philipp Melanchthon” (1559), Lucas Cranach, o Jovem (1515-1586) |
Comemoração dos santos Filemom e Onésimo – 15 de fevereiro
Filemom era um cristão proeminente do primeiro século que possuía um escravo chamado Onésimo. Embora o nome Onésimo signifique "útil", Onésimo se provou "inútil", quando fugiu de seu mestre e talvez até mesmo lhe roubou (Filemom 18). De alguma forma, Onésimo entrou em contato com o apóstolo Paulo, enquanto o último estava na prisão (possivelmente em Roma) e por meio do anúncio de Paulo do Evangelho ele se tornou um cristão. Depois de confessar ao apóstolo que era escravo fugitivo, ele foi aconselhado por Paulo a voltar ao seu mestre e tornar-se "útil" novamente. A fim de ajudar a preparar o caminho para o retorno pacífico de Onésimo para casa, Paulo o enviou em seu caminho com uma carta dirigida a Filemom, uma carta na qual instou Filemom a perdoar seu escravo por ter fugido e “recebê-o, como se fosse a mim mesmo” (v. 17), “não como escravo; antes, muito acima de escravo, como irmão caríssimo” (v. 16). A carta foi finalmente incluída pela igreja como um dos livros do Novo Testamento.
Fonte: Treasury of Daily Prayer (St. Louis: Concordia Publishing House, 2009. p. 1211-1212)
14/02/2014
Oração para o Sexto Domingo após Epifania
Retábulo de Lucas Cranach sob o altar da Igreja de Santa Maria em Wittenberg (Stadtkirche Wittenberg) |
Comemoração de São Valentim, Mártir – 14 de fevereiro
Ícone de São Valentim pelas mãos de Aidan Hart |
Fonte: Treasury of Daily Prayer (St. Louis: Concordia Publishing House, 2009. p. 1209)
13/02/2014
O evangelho de Cristo é luz que a todos alumia
Na leitura do Santo Evangelho do domingo passado (Quinto após Epifania), ouvimos Jesus dizer que não “se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador” (S. Mateus 5.15).
Esta pintura de Hans Stiegler (séc. XVIII) mostra o bem-aventurado Martinho Lutero e uma luz de vela sendo descoberta, o que não é apenas uma alusão à candeia debaixo do alqueire e outras parábolas (Mt 5.14-15; Mc 4.21-22; Lc 8.16 e 11.33), mas é também um símile para a reforma de Lutero como a revelação do verdadeiro evangelho.
Atrás de Lutero aparece um pequeno ganso como símbolo de Jan Hus (husa significa “ganso” em tcheco), considerado precursor da reforma de Lutero. Esta pintura é parte da balaustrada / parapeito da galeria norte da Igreja de Santo Amândio (Amanduskirche) em Beihingen, um distrito de Freiberg am Neckar (Alemanha).
Aquila, Priscila e Apolo, missionários do primeiro século
Priscila e Áquila expondo as Escrituras a Apolo |
Apolo foi instruído na fé cristã por Aquila e Priscila, como lemos nos Atos dos Apóstolos: "chegou a Éfeso um judeu, natural de Alexandria, chamado Apolo, homem eloquente e poderoso nas Escrituras. Era ele instruído no caminho do Senhor; e, sendo fervoroso de espírito, falava e ensinava com precisão a respeito de Jesus, conhecendo apenas o batismo de João. Ele, pois, começou a falar ousadamente na sinagoga. Ouvindo-o, porém, Priscila e Áquila, tomaram-no consigo e, com mais exatidão, lhe expuseram o caminho de Deus. Querendo ele percorrer a Acaia, animaram-no os irmãos e escreveram aos discípulos para o receberem. Tendo chegado, auxiliou muito aqueles que, mediante a graça, haviam crido; porque, com grande poder, convencia publicamente os judeus, provando, por meio das Escrituras, que o Cristo é Jesus." (At 18.24-28)
Apolo pregando na sinagoga |
Áquila e Priscila, cooperadores de Paulo em Cristo Jesus
"São Paulo em Corinto com os fabricantes de tendas Aquila e Priscila" (c. 1580 - 1600), de Johannes Sadeler I e Joos van Winghe
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Neste dia damos louvor à gloriosa Santíssima Trindade por Áquila, que juntamente com sua esposa Priscila, acolheram o santo apóstolo Paulo em Corinto e o auxiliaram no seu ofício de fazer tendas e também na proclamação do evangelho.
Em sua carta aos Romanos, São Paulo lhes envia saudação: "Saudai Priscila e Áqüila, meus cooperadores em Cristo Jesus" (Rm 16.3)
Na 1ª Carta aos Coríntios, São Paulo envia a saudação de Áquila e Priscila aos irmãos daquela igreja: "As igrejas da Ásia vos saúdam. No Senhor, muito vos saúdam Áqüila e Priscila e, bem assim, a igreja que está na casa deles." (1 Co 16.19)
Santa Priscila
Hoje nosso Sínodo lembra com ação de graças, Priscila, mulher santa e fiel do primeiro século da igreja.
"Depois disto, deixando Paulo Atenas, partiu para Corinto. Lá, encontrou certo judeu chamado Áqüila, natural do Ponto, recentemente chegado da Itália, com Priscila, sua mulher, em vista de ter Cláudio decretado que todos os judeus se retirassem de Roma. Paulo aproximou-se deles. E, posto que eram do mesmo ofício, passou a morar com eles e ali trabalhava, pois a profissão deles era fazer tendas. E todos os sábados discorria na sinagoga, persuadindo tanto judeus como gregos." (Atos 18.1-4)
Comemoração de Áquila, Priscila e Apolo – 13 de fevereiro
São Paulo com Áquila e Priscila |
Fonte: Treasury of Daily Prayer (St. Louis: Concordia Publishing House, 2008. p. 1206)
12/02/2014
Sexto Domingo após Epifania – 16 de fevereiro de 2014
“Moisés no Monte Sinai” (c. 1545-1555), Daniele da Volterra (1509-1566) |
O Deus que se revela em seu Filho encarnado promete vida e bênção para todos os que guardam seus mandamentos: “que ames o SENHOR, teu Deus, andes nos seus caminhos, e guardes os seus mandamentos, e os seus estatutos, e os seus juízos” (Deuteronômio 30.16 ). No entanto, nós somos pessoas “carnais” e “crianças em Cristo” (1 Coríntios 3.1), entre os quais há “ciúmes e contendas” (1 Co 3.3). Jesus precisa nos instruir contra os caminhos humanos da ira, do adultério, do divórcio e do falso testemunho (S. Mateus 5.21-37), pois todos os que vivem dessa maneira certamente perecerão (Dt 30.18). Na cruz, Ele morreu para perdoar os nossos pecados e nos libertar dos caminhos de maldição e morte. Uma vez que Jesus Cristo é a nossa “vida e a longura dos teus dias” (Dt 30.20), podemos ser reconciliados com o nosso irmão, viver em castidade e fidelidade conjugal e falar com honestidade. Ele, que nos perdoa através da sua cruz, também oferece o seu dom da reconciliação em seu altar, de forma que podemos estar em paz com nossos irmãos e irmãs em Cristo que são “lavoura de Deus e edifício de Deus” (1 Co 3.9).
11/02/2014
Árvore da Vida
Árvore da Vida - ilustração de Rudolf Schäffer no Catecismo Menor do Dr. Martinho Lutero (Der Kleine Katechismus D. Martin Luthers, Evangelische Verlagsanstalt Berlin, 1929 Stiftungsverlag, Postdam, p. 38) para a explicação do Terceiro Artigo do Credo Apostólico. Cada cemitério deveria ter uma árvore. (Fonte: Lutheran Church of St. Andrew, the Apostle - Brisbane City) |
Creio que juntos o Calvário e o Paraíso,
A Cruz de Cristo e a árvore de Adão se achem.
Olha, Senhor e vê em mim Adão e Cristo:
Se o suor do primeiro inunda a minha face,
Que o sangue do segundo a minha alma enlace.
10/02/2014
Comemoração de Silas, cooperador de São Paulo, Apóstolo – 10 de fevereiro
Ícone de Silas na St Paul's Church, Brighton, Reino Unido |
Silas, um líder da igreja em Jerusalém, foi escolhido pelo apóstolo São Paulo (Atos 15.40) para acompanhá-lo em sua segunda viagem missionária de Antioquia para a Ásia Menor e Macedônia. Silas, também conhecido como Silvano, foi preso com Paulo em Filipos e experimentou as agitações em Tessalônica e Bereia. Depois de tornar a reunir-se com Paulo em Corinto, provavelmente permaneceu lá por um tempo prolongado. Fora isso há pouca menção de Silas e sua cooperação com Paulo.
Fonte: Treasury of Daily Prayer (St. Louis: Concordia Publishing House, 2009. p. 1197-1198)
09/02/2014
Evangelho Dominical – Quinto Domingo após Epifania
“Sermão do Monte” (1437-1445), Fra Angelico (1395–1455) |
Evangelho segundo S. Mateus 5.13-20
13 Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens.
14 Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte;
15 nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa.
16 Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.
17 Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir.
18 Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra.
19 Aquele, pois, que violar um destes mandamentos, posto que dos menores, e assim ensinar aos homens, será considerado mínimo no reino dos céus; aquele, porém, que os observar e ensinar, esse será considerado grande no reino dos céus.
20 Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus.
- Bíblia Sagrada, Edição Almeida Revista e Atualizada (SBB)
08/02/2014
Quinto Domingo após Epifania – 09 de fevereiro de 2014
“O Sermão da Montanha”, Carl Heinrich Bloch (1834–1890) |
Jesus adverte que “se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus” (Mt 5.20), mas Ele também chama o seu povo imperfeito de “sal da terra” e “luz do mundo” (Mt 5.13, 14). Isso porque o Senhor Jesus não veio abolir a lei ou os profetas, mas “para cumprir” (Mt 5.17) em perfeita fé e amor. Uma vez que Ele faz e ensina todos os mandamentos de Deus, Ele é “considerado grande no reino dos céus” (Mt 5.19). Deus manifesta sua “demonstração do Espírito e de poder” em “Jesus Cristo e este crucificado” (1 Co 2.2-4 ) e através da pregação do Evangelho dá a sua sabedoria “em mistério, outrora oculta” (1 Co 2.7 ). Cristo dá esta justiça perfeita para o seu povo e leva-os ao verdadeiro jejum: “que soltes as ligaduras da impiedade, desfaças as ataduras da servidão, deixes livres os oprimidos e despedaces todo jugo” (Is. 58.6 ) e que “que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres desabrigados, e, se vires o nu, o cubras, e não te escondas do teu semelhante” (Is 58.7).
05/02/2014
Comemoração de Jacó (Israel), Santo Patriarca – 5 de fevereiro
Imagem: Ícone do patriarca Jacó (Israel), do começo do séc. XVIII (Iconostasis do mosteiro Kizhi, Russia) |
Fonte: Treasury of Daily Prayer (St. Louis: Concordia Publishing House, 2009. p. 1185-1186)
02/02/2014
Hino Processional para a Festa da Purificação de Maria e Apresentação de Nosso Senhor
Ó GUARDAS SANTOS, CELESTIAIS
(Hino Processional para a Festa da Purificação de Maria e Apresentação de Nosso Senhor deste domingo)
1. Ó guardas santos, celestiais,
vós, anjos, querubins reais,
dai-lhe glórias! Aleluia!
Bradai, domínios, com vigor;
cantai, impérios, ao Senhor!
Aleluia, Aleluia,
Aleluia, Aleluia, Aleluia!
2. Maior és tu que os querubins,
glorioso mais que os serafins —
te exaltamos, Aleluia!
Tu, da Palavra eterno Autor,
gracioso, exelso Redentor.
Aleluia, Aleluia,
Aleluia, Aleluia, Aleluia!
Δ 3. Vós, crentes todos, cantareis
louvor ao Filho, Rei dos reis —
Aleluia, Aleluia!
Também ao Pai e Criador,
e a Deus, o santo Ensinador.
Aleluia, Aleluia,
Aleluia, Aleluia, Aleluia!
Hinário Luterano, nº 225
YE WATCHERS AND YE ONES
Autor: John Athelstan Laurie Riley, 1906.
Tradução: Werner Karl Wadewitz
Melodia: LASST UNS ERFREUEN, em “Geistliche Kirchengesaenge”, Koeln, 1623.
01/02/2014
Evangelho Dominical – Festa da Purificação da Virgem Maria e Apresentação de Nosso Senhor
“Apresentação de Jesus no Templo” (c. 1710), Andrea Celesti (1637-1712) |
Evangelho segundo S. Lucas 2.22-32
2.22 Passados os dias da purificação deles segundo a Lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém para o apresentarem ao Senhor, 2.23 conforme o que está escrito na Lei do Senhor: Todo primogênito ao Senhor será consagrado; 2.24 e para oferecer um sacrifício, segundo o que está escrito na referida Lei: Um par de rolas ou dois pombinhos. 2.25 Havia em Jerusalém um homem chamado Simeão; homem este justo e piedoso que esperava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava sobre ele. 2.26 Revelara-lhe o Espírito Santo que não passaria pela morte antes de ver o Cristo do Senhor. 2.27 Movido pelo Espírito, foi ao templo; e, quando os pais trouxeram o menino Jesus para fazerem com ele o que a Lei ordenava, 2.28 Simeão o tomou nos braços e louvou a Deus, dizendo: 2.29 Agora, Senhor, podes despedir em paz o teu servo, segundo a tua palavra; 2.30 porque os meus olhos já viram a tua salvação, 2.31 a qual preparaste diante de todos os povos: 2.32 luz para revelação aos gentios, e para glória do teu povo de Israel.
Bíblia Sagrada – Almeida Revista e atualizada(SBB)