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16/12/2023

Terceiro Domingo no Advento (Ano B)

“A pregação de São João Batista” (1627), Pieter Lastman (1583−1633)

Cor litúrgica: Roxa ou Azul

  • Isaías 61.1-4, 8-11
  • Salmo 126
  • 1 Tessalonicenses 5.16-24
  • João 1.6-8, 19-28

A vinda do Cristo traz a verdadeira alegria em seu perdão

Ao pregar o arrependimento, João Batista nos aponta para Cristo Jesus. São João Batista foi enviado por Deus " como testemunha para testificar a respeito da luz, para que todos viessem a crer por meio dele" (Jo 1.7). Ele batiza com água a fim de preparar "o caminho do Senhor", que resgatará o seu povo dos seus pecados (Jo 1.23). Este Senhor Jesus, que vem depois de João Batista está agora no meio de nós e se tornou conhecido de nós (Jo 1.26-27). Ele foi ungido pelo Espírito Santo "para pregar boas-novas aos pobres" e "curar os quebrantados de coração" (Is 61.1). Através do lavar da água com sua Palavra e Espírito, Ele cobre a sua Igreja "de vestes de salvação" e a adorna com sua própria justiça, "como noiva que se enfeita com as suas joias" (Is 61.10). Por esse motivo, "estejam sempre alegres" no Senhor, "orem sem cessar" e, "em tudo, deem graças" (1 Ts 5.16-18). O "Deus da paz", que os chamou pelo Evangelho, "os santifique em tudo", para que "o espírito, a alma e o corpo de vocês sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo" (1 Ts 5.23-24).

ORAÇÃO DO DIA:

Senhor Jesus Cristo, pedimos que ouças as nossas orações e ilumines as trevas dos nossos corações pela tua graciosa visitação; pois tu vives e reinas com o Pai e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

— Comentário traduzido e adaptado de Lectionary Summaries (The Lutheran Church—Missouri Synod). Salvo exceção, todas as citações da Bíblia Sagrada são da versão Nova Almeida Atualizada (NAA), da Sociedade Bíblica do Brasil. A Coleta é do Culto Luterano – Lecionários (Editora Concórdia).

14/02/2021

A Transfiguração de Nosso Senhor

Na Festa da Transfiguração de Nosso Senhor chegamos a um ponto no Ano da Igreja em que estamos numa posição estratégica intercalada entre as glórias do Natal e Epifania e as maravilhas do êxodo de nosso Senhor da Quaresma e Páscoa. Estamos sendo preparados para entrar novamente nos dias da santa Paixão, acompanhar o Senhor transfigurado desde o monte até o vale e através das trevas e então subir com ele as alturas de sua glorificação eterna.
Por isso, podemos dizer com Pedro: "Bom é estarmos aqui". Chegou o momento em que Pedro e os discípulos não o viam mais com os olhos físicos. Na verdade, a mera experiência da presença visível no monte não impediu Pedro de negar seu Senhor quando estava a ponto de realizar seu êxodo. O que é decisivo é que obedeçamos à voz do céu: "Escutem o que ele diz". E nós o ouvimos nas palavras daqueles que foram suas testemunhas e dos quais ele disse: "Quem ouve vocês ouve a mim".

Esta voz do céu abriu nossos ouvidos descrentes. Pelo poder do Espírito Santo suas palavras nos deram a experiência de fé do topo da montanha. A Palavra encarnada tabernaculou no meio de nós e em nós cheia de graça e verdade. A vida é diferente depois dessa experiência no topo do monte em nossos corações. Pois, ao contrário da experiência visível dos discípulos, ela permanece conosco. Não desaparece. Na Palavra e no sacramento, nos misturamos com Moisés e Elias, com Pedro, Tiago e João. Estamos cercados por essas nuvens de testemunhas. Externamente, o Monte da Transfiguração parecia o mesmo depois que os discípulos desceram, mas era diferente para eles. O Senhor transfigurado, tabernaculando pela fé em nossos corações, também transfigura nossas vidas. Transforma a escória da obrigação, a chatice cotidiana e até mesmo nossa tristeza e dor para brilhar na luz da sua graça e verdade.
Mas só há um caminho para que essa transfiguração aconteça. Nenhum monte que possamos escalar é alto o suficiente para escapar da sordidez e da frustração que nos cerca neste vale de lágrimas. Não podemos escalar o monte sozinhos. Como no caso de Pedro, Tiago e João, Jesus precisa nos levar ao Monte da Transfiguração. Pelo seu Espírito Santo ele precisa nos dar a obediência à voz do céu: "Escutem o que ele diz", o Verbo encarnado, que habitou entre os homens, cheio de graça e verdade. Então não importa o que o dia traz, quando nós o ouvimos podemos dizer: “Bom é estarmos aqui”. É bom, mesmo quando enfrentamos as mais árduas tarefas, quando enfrentamos os mais severos obstáculos, quando sofremos as maiores perdas, porque sobre tudo isso está difusa a luz transfiguradora do Cristo transfigurado, que pela fé habita em nós.
Que seja dito todos os dias, não apenas: Jesus levou consigo Pedro, Tiago e João; mas também: Jesus me levou consigo a um alto monte.

- Rev. Walter Robert Roehrs (1901-1996)

Fonte: W. R. Roehrs. God's Tabernacles Among Men. In: Concordia Theological Monthly. Vol. 35, n. 1, 1964. p. 21-22.

09/08/2020

Décimo Domingo após Pentecostes – 9 de agosto de 2020 (Ano A - Próprio 14)

Jó 38.4-18
Salmo 18.1-6 (7-16)
Romanos 10.5-17
Mateus 14.22-33


Cristo vem nos salvar através da palavra da fé

O Deus que lançou “os fundamentos da terra” (Jó 38.4) é o Autor e Doador da vida que governa todas as coisas através da sua Palavra. A sabedoria e poder de Deus estão além do nosso entendimento, exceto quando ele se revela em Cristo Jesus, a Palavra encarnada. Ele “foi até as nascentes do mar” e “percorreu o mais profundo do abismo” (Jó 38.16), e agora vem a nós em misericórdia. Neste mundo, o crente é “açoitado pelas ondas” e sacudido pelo vento contrário (Mt 14.24). No entanto, a existência mortal e a pecaminosa falta de fé muitas vezes impedem de reconhecer o Senhor Jesus. Mas quando estamos “tomados de medo” e clamamos, Jesus nos fala com ternura: “Não tenham medo!”, e prontamente estende a mão para nos salvar (Mt 14.27, 31). “Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Rm 10.13), e agora nós o invocamos com fé, que “vem pelo ouvir, e o ouvir, pela palavra de Cristo” (Rm 10.17). “A palavra está perto de você, na sua boca e no seu coração” (Rm 10.8).

ORAÇÃO DO DIA:

Todo-poderoso e misericordioso Deus, preserva-nos de todo o mal e perigo para que, estando prontos de corpo e alma, possamos cuidadosamente realizar o que tu queres; através de Jesus Cristo, teu Filho, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

— Comentário traduzido e adaptado de Lectionary Summaries (The Lutheran Church—Missouri Synod). Salvo exceção, todas as citações da Bíblia Sagrada são da versão Nova Almeida Atualizada (NAA), da Sociedade Bíblica do Brasil. A Coleta é do Culto Luterano – Lecionários (Editora Concórdia).

Imagem: São Pedro tentando caminhar sobre a água (1766), por François Boucher (1703–1770)


30/05/2020

Véspera de Pentecostes (30 de maio de 2020)


Êxodo 19.1–9
Salmo 113
Romanos 8.12–17 (22–27)
João 14.8–21


O Senhor faz de nós sua nação santa e nos sela com seu Espírito

Israel acampou em frente ao monte” Sinai e “Moisés subiu para encontrar-se com Deus” (Êx 19.2-3). Por meio de Moisés, Deus entregou a Lei para o seu povo e selou sua aliança com sangue. O Senhor prometeu que Israel seria sua “propriedade peculiar dentre todos os povos”, bem como “um reino de sacerdotes e uma nação santa” (Êx 19.5-6), caso eles ouvissem atentamente a voz do Senhor e guardassem a sua aliança. Nestes últimos dias, Deus falou conosco por meio do seu Filho, que desceu a nós e subiu para o Pai pela via de sua morte e ressurreição. Ele cumpriu a Lei e derramou seu sangue como mediador da nova aliança. Portanto, ele fará o que pedirmos em seu nome, “a fim de que o Pai seja glorificado no Filho” (Jo 14.13-14). Ele dá “outro Consolador”, que “é o Espírito da verdade” para estar conosco para sempre (Jo 14.16-17). “O Espírito nos ajuda em nossa fraqueza” e “intercede por nós com gemidos inexprimíveis” (Rm 8.26). Agora oramos com fé e com “ardente expectativa” aguardamos “a revelação dos filhos de Deus” (Rm 8.19), “pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus” (Rm 8.14).

ORAÇÃO DO DIA:

Deus Todo-poderoso e sempre vivo, que cumpriste tua promessa ao enviar o presente do Espírito Santo para reunir os discípulos de todas as nações na cruz e na ressurreição de teu Filho Jesus Cristo, propaga este presente por todos os lugares da terra pela pregação do Evangelho; através do mesmo Jesus Cristo, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

— Comentário traduzido e adaptado de Lectionary Summaries (The Lutheran Church—Missouri Synod). Salvo exceção, todas as citações da Bíblia Sagrada são da versão Nova Almeida Atualizada (NAA), da Sociedade Bíblica do Brasil. A Coleta é do Culto Luterano – Lecionários (Editora Concórdia).

Imagem: Moisés recebendo as tábuas da Lei no Monte Sinai (Escola Francesa, séc. XIX)

07/03/2016

Comemoração de Santa Perpétua e Santa Felicidade, Mártires de Cartago – 7 de março

Martírio de Perpétua e Felicidade, por Louis Simon Cabaillot Lassalle (1810-1870)
No início do terceiro século, o imperador romano Lúcio Sétimo Severo proibiu conversões ao cristianismo. Entre os que desobedeceram este decreto estavam Perpétua, uma jovem de família nobre, e sua criada Felicidade. Ambas foram encarceradas na cidade de Cartago, Norte da África, juntamente com três outros companheiros cristãos. Perpétua e Felicidade testemunharam sua fé com tanta convicção na prisão, que o oficial da guarda se tornou um seguidor de Jesus. Após tomar providências para o bem-estar de seus filhos, Perpétua e Felicidade foram executadas no dia 7 de março de 203. A tradição conta que Perpétua demonstrou misericórdia para com seus carrascos, indo ao encontro da espada, pois eles não tinham coragem de condená-la à morte. A história desse martírio é narrada desde então como um encorajamento para os cristãos perseguidos.

ORAÇÃO DO DIA:

Ó Deus e Soberano sobre todos os inimigos do nosso corpo e alma, tu fortaleceste tuas servas Perpétua e Felicidade, dando-lhes uma confiante e clara confissão diante das feras que rugiam. Concede que nós, que lembramos seu fiel martírio, possamos participar de sua bendita garantia da vitória sobre todos os inimigos terrenos e espirituais e apegar-se à promessa de vida eterna obtida para nós por Jesus Cristo, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

INTERCESSÕES:
  • Por fidelidade ao Senhor;
  • Por confiança no cuidado de Deus;
  • Por coragem de confessar a Cristo;
  • Por vigor para apoiar os que sofrem;
  • Por aqueles que ainda hoje são perseguido por causa da fé cristã.

Fonte: Treasury of Daily Prayer (St. Louis: Concordia Publishing House, 2008. p. 1268)

20/02/2016

Segundo Domingo na Quaresma – 21 de fevereiro de 2016 (Ano C)

“Jesus compara Jerusalém a uma galinha”, Maarten de Vos (1532–1603) e Jacob de Bie (após)
Jeremias 26.8-15
Filipenses 3.17 – 4.1
Lucas 13.31-35

Jesus nos resgata da morte e nos leva para o céu
O profeta Jeremias pregou fielmente "tudo quanto o Senhor lhe havia ordenado que dissesse a todo o povo" (Jr 26.8). Ele chamou o povo ao arrependimento, para que não viesse sobre eles o julgamento do Senhor. A violência que Jeremias sofreu por causa da pregação prenunciava a cruz e Paixão de Cristo Jesus, o qual sofreu o juízo de Deus para a redenção de todas as pessoas. Este Jesus "vem em nome do Senhor" (Lc 13.35), a fim de entregar sua vida pelos pecados do mundo. A Jerusalém terrena estava indiferente à sua graciosa visitação e o levaram à morte, assim como os profetas antes dele. No entanto, o seu sacrifício na cruz se tornou a pedra angular da nova Jerusalém, a sua Igreja. Hoje ele nos visita em misericórdia com a sua pregação do perdão, para nos ajuntar a ele dentro dessa cidade santa, “como a galinha ajunta os do seu próprio ninho debaixo das asas" (Lc 13.34), pois "a nossa cidade está nos céus" (Fp. 3.20). Lectionary Summaries (The Lutheran Church—Missouri Synod)
ORAÇÃO DO DIA:

Ó Deus, que vês que não temos forças, por teu imenso poder, defende-nos de todas as adversidades que possam acontecer ao corpo e de todos os pensamentos ruins que possam assaltar ou prejudicar a alma; através de Jesus Cristo, teu Filho, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém. — Culto Luterano: lecionários (Editora Concórdia)

18/02/2016

Comemoração de Martinho Lutero, Doutor e Reformador da Igreja – 18 de fevereiro

Imagem de Martinho Lutero sobre o púlpito da capela da Antiga Escola Latina, durante a dedicação do Centro Internacional Luterano, no domingo, 3 de maio de 2015, em Wittenberg, Alemanha. LCMS Communications/Erik M. Lunsford.
No dia 18 de fevereiro, data de sua morte, nosso Sínodo comemora e rende graças a Deus pela vida do Bem-aventurado Martinho Lutero.

Martinho Lutero nasceu em 10 de novembro de 1483, em Eisleben, na Alemanha, e iniciou seus estudos objetivando uma licenciatura em Direito. No entanto, após um encontro muito próximo com a morte, ele mudou seus estudos para teologia, entrou num mosteiro agostiniano, foi ordenado sacerdote em 1505 e recebeu um doutorado em teologia em 1512. Como professor da recém-criada Universidade de Wittenberg, seus estudos das Escrituras o levaram a questionar muitos dos ensinamentos e práticas da Igreja, especialmente a venda de indulgências. A sua recusa em voltar atrás nas suas convicções resultou em sua excomunhão, em 1521. Após um período de reclusão no castelo de Wartburg, Lutero voltou para Wittenberg, onde passou o resto de sua vida pregando e ensinando, traduzindo as Escrituras, escrevendo hinos e inúmeros tratados teológicos. Ele é lembrado e honrado por sua ênfase permanente na verdade bíblica de que por causa de Cristo, Deus nos declara justos por graça mediante a fé somente. Ele morreu em 18 de fevereiro de 1546, quando estava visitando a cidade em que nasceu.

LEITURAS: 
† Salmo 46
† Isaías 55.6-11
† Romanos 10.5-17
† São João 15.1-11
 
 ORAÇÃO DO DIA:
 
Ó Deus, nosso refúgio e nossa força, tu levantaste teu servo Martinho Lutero para reformar e renovar tua Igreja à luz da tua Palavra viva, Jesus Cristo, nosso Senhor. Defende e purifica a Igreja em nossos dias, e permite-nos proclamar corajosamente a fidelidade de Cristo até a morte e a ressurreição restituidora que deste a conhecer a teu servo Martinho; através de Jesus Cristo, nosso Salvador, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

Fonte: Treasury of Daily Prayer (St. Louis: Concordia Publishing House, 2008. p. 1219-1220)

12/02/2016

Primeiro Domingo na Quaresma – 14 de fevereiro de 2016 (Ano C)

“Cristo sendo tentado pelo Diabo” (1818), John Ritto Penniman (1782–1841)
Deuteronômio 26.1-11
Romanos 10.8b-13
Lucas 4.1-13

Jesus Cristo é o nosso defensor contra o Diabo

Jesus Cristo, o nosso defensor contra o diabo, sofreu e venceu em nosso lugar “as tentações de toda sorte” (Lc 4.13). Ele adora o Senhor, seu Deus, servindo a ele somente e confiando na Palavra de seu Pai que disse: “Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo” (Lc 3.22). A vitória de Jesus agora é nossa através da sua graciosa Palavra, a qual não está longe, mas perto de nós — na nossa boca e no nosso coração, na proclamação de arrependimento e fé. “Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação” (Rm 10.10). A nossa confissão de Cristo inclui a oração da fé, que não será confundida, pois “todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Rm 10.13). O Senhor não está indiferente “para a nossa angústia, para o nosso trabalho e para a nossa opressão” (Dt. 26.7), mas tem misericórdia de nós. Ele nos trouxe da escravidão através das “maravilhas e prodígios” do Santo Batismo, “com mão forte e com imenso poder” (Dt. 26.8), e agora nos conduz pelo seu Espírito mesmo no deserto desta vida. — Lectionary Summaries (The Lutheran Church—Missouri Synod)

ORAÇÃO DO DIA:

Ó Senhor Deus, que conduziste teu povo antigo através do deserto e o levaste à terra prometida, guia o podo da tua Igreja para que, seguindo nosso Salvador, possamos andar através do deserto deste mundo em direção à glória do mundo que está por vir; através de Jesus Cristo, teu Filho, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. — Oração do Dia (Culto Luterano: lecionários)

11/02/2016

Quarta-feira de Cinzas

Mensagem do programa Hora Luterana, de responsabilidade dos pastores do Distrito Campos Gerais da Igreja Evangélica Luterana do Brasil na cidade de Ponta Grossa/PR. Este programa foi ao ar no dia 07/02/2016 pela Rádio Antena Sul.

QUARTA-FEIRA DE CINZAS

Bom dia caros ouvintes, é sempre uma alegria poder chegar ao vosso lar com uma mensagem especial para você e para toda a sua família. Daqui a alguns dias, na quarta-feira, começamos um período chamado Quaresma.  É um bonito período dentro do Ano da Igreja que tem como objetivo preparar as nossas mentes e corações para celebramos os principais eventos da fé cristã, a saber, a crucificação, a morte, o sepultamento e a ressurreição de nosso Salvador Jesus Cristo.
Mas o que significa Quaresma? Quando começa?
Primeira pergunta: O que significa o termo Quaresma? O termo quaresma significa literalmente 40. Ou seja, se excluirmos os domingos, estamos a 40 dias para começarmos a Semana Santa. Se incluirmos os domingos, estamos a 46 dias.  
Quando a Quaresma começa? A Quaresma começa com a Quarta-feira de Cinzas, sendo um período de seis semanas durante o qual nos preparamos para observar a morte de nosso Senhor e celebrar a sua ressurreição. A Quaresma nos convida ao arrependimento e conversão diária a Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador.
Mas por que Quarta-feira de Cinzas? Aliás, por que "cinzas"? 1) No Antigo Testamento, as cinzas eram um sinal de arrependimento e luto. 2) Cinzas também estão associadas com a morte que o pecado trouxe ao mundo, a respeito da qual Deus disse a Adão depois da queda: “No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás” (Gênesis 3.19).
O que acontece na  Quarta-feira de Cinzas? Nas Igrejas Luteranas que tem este costume, a
imposição das cinzas é oferecida a todos os que desejam recebê-la. O pastor fará  uma pequena cruz na fronte, na testa, com as cinzas e dirá: “Lembra-te que tu és pó e ao pó tornarás”. Qual é objetivo desta cerimônia? Através da imposição das cinzas nós demonstramos visivelmente a lamentação sobre nosso pecado e o arrependimento. Nós também somos lembrados pelas cinzas e pelas palavras do pastor que “o salário do pecado é a morte” (Romanos 6.23).
Por este motivo é conveniente que ouçamos a leitura do profeta Joel e que ouçamos o convite que ele nos faz: "O SENHOR Deus diz: “Mas agora voltem para mim com todo o coração, jejuando, chorando e se lamentando. Em sinal de arrependimento, não rasguem as roupas, mas sim o coração.” Voltem para o SENHOR, nosso Deus, pois ele é bondoso e misericordioso; é paciente e muito amoroso e está sempre pronto a mudar de ideia e não castigar. Talvez o SENHOR, nosso Deus, mude de ideia e abençoe o seu povo ... e façam esta oração: “Ó Deus, não castigues o teu povo!"  E sabe qual será a resposta de Deus? A resposta também é para mim e para você. Ouçamos a resposta de Deus a todos que esperam dele o perdão: "Então o SENHOR mostrou o seu grande amor para com a sua terra e teve pena do seu povo".
Gostaria de compartilhar um segundo relato que envolvia cinzas e arrependimento. No Antigo Testamento tem um famoso profeta chamado Jonas. Ele recebeu uma missão muito especial da parte de Deus. Ele deveria pregar numa cidade chamada Nínive. Inicialmente não queria ir, mas depois de muita resistência, ele finalmente foi. Chegando nesta cidade ele pregou para as pessoas daquela cidade. Ouçamos um pouco deste relato: “Pela segunda vez, o Senhor Deus disse a Jonas: — Apronte-se, vá à grande cidade de Nínive e anuncie ao povo de lá a mensagem que eu vou dar a você. Jonas se aprontou e foi a Nínive, como o Senhor Deus havia ordenado. Nínive era tão grande, que uma pessoa levava três dias para atravessá-la a pé. Jonas entrou na cidade, andou um dia inteiro e então começou a anunciar: — Dentro de quarenta dias, Nínive será destruída!
As pessoas ouviram a pregação de Jonas e, visivelmente, com sacos e com cinzas, mostraram que estavam arrependidas dos seus maus caminhos, dos seus pecados. Ouçamos o relato da conversão deste povo: “Então os moradores de Nínive creram em Deus e resolveram que cada um devia jejuar. E todos, desde os mais importantes até os mais humildes, vestiram roupa feita de pano grosseiro a fim de mostrar que estavam arrependidos. Quando o rei de Nínive soube disso, levantou-se do trono, tirou o manto, vestiu uma roupa feita de pano grosseiro e sentou-se sobre cinzas. Mandou também anunciar ao povo da cidade o seguinte: “Esta é uma ordem do rei e dos seus ministros. Ninguém pode comer nada. (...) Que cada pessoa ore a Deus com fervor e abandone os seus maus caminhos e as suas maldades!” E Deus, que é gracioso, não destruiu aquela cidade.
A Quarta-feira de Cinzas nos lembra que a vida é passageira e nos chama ao arrependimento. Nos chama a viver uma vida confiando em Jesus Cristo como nosso Salvador. Ele é o nosso Salvador que entregou a sua vida a fim de nos salvar.
Alguém pode estar se perguntando: “Pastor, eu sou luterano e a minha congregação não tem este costume”, ou “Pastor, a minha igreja não tem esta cerimônia” ou ainda, “Pastor, eu não vou em nenhuma igreja.” Se você for luterano e a tua congregação não tem este costume; se for de uma igreja que não tem esta cerimônia na Quarta-feira de Cinzas, te convido para que separe um tempo nesta quarta-feira e reflita na brevidade da vida e lembre-se que precisas de Salvador para garantir uma vida eterna feliz e bem-aventurada na presença de Deus.
Se você não vai a nenhuma igreja, gostaria de te incentivar que procure a Igreja Luterana mais próximo de sua casa, converse com o pastor, tenho certeza, serás bem-vindo. Também informo que em Ponta Grossa, duas das nossas congregações terão culto especial na quarta-feira com imposição de cinzas. Uma destas congregações fica no Jardim Santa Luiza,  culto será às 19:30 e será conduzido pelo pastor Ervino. E a outra, fica na vila Isabel, com o culto começando às 20h, que será conduzido por este pastor que vos fala. Todos serão bem-vindos.

Caro ouvinte, nesta Quarta-feira de Cinzas, aproveite para lembrar o que Bíblia nos diz sobre a brevidade da vida em Tiago 4: “Agora escutem, vocês que dizem: 'Hoje ou amanhã iremos a tal cidade e ali ficaremos um ano fazendo negócios e ganhando muito dinheiro!' Vocês não sabem como será a sua vida amanhã, pois vocês são como uma neblina passageira, que aparece por algum tempo e logo depois desaparece.” A vida é realmente muito curta, mas lembremos o que Jesus nos disse: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e quem vive e crê em mim nunca morrerá.” Amém.

05/02/2016

Comemoração do Santo Patriarca Jacó (Israel) – 5 de fevereiro


Jacó, o terceiro dos três patriarcas hebreus, foi o mais novo dos filhos gêmeos de Isaque e Rebeca. Após lutar com o Anjo do Senhor, Jacó, cujo nome significa "enganador", foi renomeado "Israel", que significa "ele lutou com Deus" (Gn 25.26; 32.28). Sua vida familiar foi cheia de problemas causados por causa de seus procedimentos enganosos para com seu pai e seu irmão Esaú e por cauisa de seu favoritismo paterno para com o filho José (31 de março). Passou boa parte de sua vida adulta afligido pela morte de sua amada esposa Raquel e pela suposta morte de José, que havia sido nomeado pelo faraó egípcio como encarregado pela distribuição de alimentos durante um período de fome na região. Antes da morte de Jacó, durante a bênção de seus filhos, Deus deu a promessa de que o Messias viria através da linhagem Judá, o quarto filho de Jacó (Gn 49).

ORAÇÃO DO DIA:

Senhor Jesus, cetro que se ergue de Jacó, Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, governa nossos corações através de teu sofrimento na cruz e perdoa os nossos pecados, para que possamos nos tornar participantes da tua vida divina; pois tu vives e reinas com o Pai e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

Fonte: Treasury of Daily Prayer (St. Louis: Concordia Publishing House, 2008. p. 1185-1186)

04/02/2016

A Transfiguração de Nosso Senhor – 7 de fevereiro de 2016 (Ano C)

“A Transfiguração do Senhor” (1694), por Dominicus Nollet (1640-1736), na Igreja de S. Tiago (Bruges, Bélgica)
Deuteronômio 34.1-12
Hebreus 3.1-6
Lucas 9.28-36

A Glória de Deus é manifestada no Corpo de Cristo

Moisés era fiel, em toda a casa de Deus, como servo”, mas Cristo Jesus foi “considerado digno de tanto maior glória do que Moisés” (Hb 3.3,5). Como um filho amado, fiel até o momento da morte, o corpo de Jesus foi ressuscitado como a casa de Deus no terceiro dia e Ele nos trouxe para esta casa através das águas do Santo Batismo (Hb 3.6). Deste modo, não foi Moisés, o legislador, mas seu sucessor Josué (o nome hebraico de Jesus), que levou o povo para a Terra Prometida (Dt 34.1-4,9). Agora, no Monte da Transfiguração, o Josué do Novo Testamento aparece na glória que Ele está prestes a manifestar por meio de sua "partida" (êxodo) em Jerusalém (Lc 9.31). Tendo entrado nas águas do Jordão em seu batismo, ele passou por aquelas águas e entrou na glória por sua cruz e Paixão. O que ele realizou por meio disso em sua própria carne e sangue, crucificado e ressuscitado, ele revela e dá ao seu Corpo, a Igreja, por meio de sua Palavra. Portanto, o Pai declara do céu: "A ele ouvi" (Lc 9.35).

02/02/2016

Festa da Purificação de Maria e Apresentação de Nosso Senhor - 2 de fevereiro


Trinta e dois dias após a circuncisão de Jesus e setenta semanas após o anúncio do nascimento de João a Zacarias pelo anjo Gabriel, o Senhor vem ao seu templo para cumprir a Torá (Lc 2.22-38). Os dias são de fato cumpridos com a apresentação. Os pais de Jesus guardam a Torá e a cumprem, trazendo Jesus para sua verdadeira casa. Além disso, os pais de Jesus oferecem o sacrifício alternativa de duas rolinhas ou dois pombinhos. Em Levítico 12.8 isso é permitido ao invés de um cordeiro, uma vez que nem todos podiam dispor de um cordeiro (demonstrando a pobreza e humildade de José e Maria). Mesmo assim, o cordeiro não era necessário, porque já aqui, aos quarenta dias de idade, Jesus é o Cordeiro, trazido ao seu templo para o sacrifício. O Nunc Dimittis de Simeão é um belo exemplo da resposta imediata a esta inauguração da consolação e redenção de Deus no Menino Jesus. Falando a Maria, Simeão também profetiza sobre o destino do Menino.

Cor litúrgica: Branca

LEITURAS:
 
† Antigo Testamento: 1 Samuel 1:21-28
† Salmo: Salmo 84 (antífona v. 4)
† Epístola: Hebreus 2.14-18
† Santo Evangelho: S. Lucas 2.22-32 (33-40)

ORAÇÃO DO DIA:
 
Deus todo-poderoso e sempre vivo, assim como teu Filho unigênito foi neste dia apresentado no Templo na substância da nossa carne, concede que possamos ser apresentados a ti com o coração puro e limpo; através de Jesus Cristo, nosso Senhor, que vive e reina contigo e com o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre.

Fonte: Treasury of Daily Prayer (St. Louis: Concordia Publishing House, 2008. p. 1176-1177)

20/08/2015

Comemoração do Santo Profeta Samuel - 20 de agosto

“O Menino Samuel e o Sacerdote Eli” (1780), John Singleton Copley (1738-1815)

Samuel, o último dos juízes do Antigo Testamento e o primeiro dos profetas (após Moisés), viveu durante o século XI a.C. Filho do efraimita Elcana com sua esposa Ana, Samuel foi dedicado por seus pais desde pequeno para o serviço divino e treinado pelo sacerdote Eli na casa do Senhor, em Siló. A autoridade de Samuel como profeta foi estabelecida por Deus (1 Sm 3.20). Ele ungiu Saul para ser o primeiro rei de Israel (1 Sm 10.1). Mais tarde, como resultado da desobediência de Saul a Deus, Samuel repudiou a liderança de Saul e ungiu Davi para ser rei em lugar de Saul (1 Sm 16.13). A lealdade de Samuel a Deus, o seu discernimento espiritual e sua capacidade de inspirar outras pessoas fizeram dele um dos grandes líderes do povo de Israel.

ORAÇÃO DO DIA:

Todo-poderoso Deus, em tua misericórdia tu deste a Samuel a coragem de chamar Israel ao arrependimento e renovar a sua dedicação ao Senhor. Chama-nos ao arrependimento como Natã chamou Davi ao arrependimento, e então pelo sangue de Jesus, o Filho de Davi, possamos receber o perdão de todos os nossos pecados; através de Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém.

Fonte: Treasury of Daily Prayer (Concordia Publishing House​, 2008. p. 642)

19/08/2015

Comemoração de São Bernardo de Claraval, Hinista e Teólogo – 19 de agosto

“Retrato de São Bernardo”, Andrea Sacchi (1599-1661)

Um líder na Europa cristã da primeira metade do século XI, Bernardo é honrado na França, sua pátria, e pelo mundo afora. Nascido em 1090 numa família nobre da Borgonha, Bernardo deixou a riqueza de sua herança e entrou no mosteiro de Cister com a idade de 22 anos. Após dois anos foi enviado para iniciar uma nova casa monástica em Claraval, onde seu trabalho foi abençoado em muitos sentidos. O mosteiro de Claraval floresceu na missão e no serviço, formando cerca de 68 outros mosteiros. Bernardo é lembrado por sua caridade e habilidades políticas, mas especialmente por sua pregação e composição de hinos. Os textos dos hinos “Jesus, o Rei admirável” (Jesu, rex admirabilis) e “Ó fronte ensanguentada” (Salve caput cruentatum) são parte da herança da fé deixada por São Bernardo.

LEITURAS:

† Salmo 19.7-11 (12-14)
† Eclesiástico 39.1-10
† Judas 1-3
† São João 15.7-11


ORAÇÃO DO DIA:

Ó Deus, inflamado com o fogo do teu amor, teu servo Bernardo de Claraval tornou-se uma ardente e brilhante luz em tua Igreja. Por tua misericórdia, concede que também sejamos inflamados com o espírito de amor e disciplina e andemos sempre na tua presença como filhos da luz; através de Jesus Cristo, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.
Fonte: Treasury of Daily Prayer (Concordia Publishing House, 2008. p. 638-639)

28/12/2014

Primeiro Domingo após Natal (Ano B)


Chegou o tempo do resgate e purificação através de Jesus Cristo, nosso Senhor

"Vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho”, nascido de Mulher, “para resgatar os que estavam sob a lei” (Gl 4.4-5). Por isso, "segundo a Lei de Moisés," Maria e José "o levaram a Jerusalém, para o apresentarem ao Senhor" (Lc 2.22). Chegando lá, o Menino foi recebido por Simeão, “homem este justo e piedoso que esperava a consolação de Israel”, que tomou o Menino ”nos braços e louvou a Deus” (Lc 2.25,28). Simeão abençoou os pais confessando a Cruz para a qual este Menino fora designado. "E, chegando naquela hora," a fiel e idosa Ana, que não deixava o templo, orando e adorando “de noite e de dia”, começou a dar “graças a Deus e falava a respeito do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém" (Lc 2.37-38). É o Senhor quem faz "brotar a justiça e o louvor para todas as nações" (Is 61.11). Também a nossa “alma se alegra” muito no Senhor, pois este Menino Jesus nos "vestiu de vestes de salvação," nos "cobriu com o manto de justiça" e nos chamou "por um nome novo" (Is 61.10; 62.2). — Traduzido e adaptado de Lectionary Summaries (The Lutheran Church—Missouri Synod)

Cor: Branca

LEITURAS:

† Antigo Testamento: Isaías 61.10 — 62.3
† Salmo: Salmo 111 (antífona v. 9)
† Epístola: Gálatas 4.4-7
† Santo Evangelho: S. Lucas 2.22-40


ORAÇÃO DO DIA:

Ó Deus, nosso Criador e Redentor, que nos criaste de forma maravilhosa e na encarnação de teu Filho de forma ainda mais maravilhosa restauraste nossa natureza humana, concede que possamos estar sempre vivos naquele que se tornou igual a nós; através do mesmo Jesus Cristo, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

29/09/2014

Festa de São Miguel e Todos os Anjos – 29 de setembro

“Arcanjo Miguel lança os anjos rebeldes no abismo” (c. 1666), Luca Giordano (1632–1705)
O nome do arcanjo São Miguel significa “Quem é como Deus?” Miguel é mencionado no livro de Daniel (12.1), bem como em Judas (v. 9) e Apocalipse (12.7). Daniel retrata Miguel como o ajudador angelical de Israel que lidera a batalha contra as forças do mal. Em Apocalipse, Miguel e seus anjos combatem e derrotam Satanás e os anjos maus, lançando-os do céu. Sua vitória é possível graças a vitória de Cristo sobre Satanás na sua morte e ressurreição, uma vitória anunciada pela voz no céu: “Agora, veio a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo” (Apocalipse 12.10). Miguel é frequentemente associado com Gabriel e Rafael, os outros anjos principais ou arcanjos que circundam o trono de Deus. A tradição designa Miguel como o patrono e protetor da Igreja, especialmente como o protetor dos cristãos na hora da morte.

Cor litúrgica: Branca

LEITURAS:

† Antigo Testamento: Daniel 10.10-14; Daniel 12.1-3
† Salmo: Salmo 91 (antífona vers. 11 )
† Epístola: Apocalipse 12.7-12
† Santo Evangelho: São Mateus 18.1-11 ou São Lucas 10.17-20

ORAÇÃO DO DIA:

Deus eterno, tu ordenaste e constituíste o serviço dos anjos e dos homens numa ordem maravilhosa. Concede misericordiosamente que, assim como teus santos anjos sempre servem e adoram a ti no céu, igualmente, por tua ordem eles também possam ajudar e nos defender aqui na terra; através de teu Filho, Jesus Cristo, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

Fonte: Treasury of Daily Prayer (St. Louis: Concordia Publishing House, 2008. p. 768)

19/09/2014

Décimo Quinto Domingo após Pentecostes – 21 de setembro de 2014 (Próprio 20 – Ano A)

“A Parábola da Vinha” (2011), Andrey N. Mironov (Rússia)
Os discípulos vivem em suas vocações pela graça mediante a fé em Cristo

Aqueles que são enviados como “trabalhadores para a sua vinha” (Mt 20.1) representam a grande diversidade de vocações para quais os discípulos de Cristo Jesus são chamados. Sejam quais forem nossas ocupações na vida, somos chamados a viver e a servir pela fé nas promessas do Senhor. Nosso trabalho não nos torna dignos de nada diante d'Ele, pois Ele já é generoso para com cada um e para com todas as pessoas, sem parcialidade. Em misericórdia Ele escolheu suportar “a fadiga e o calor do dia” em nosso favor, para nos tornar iguais a Ele e dar-nos o que Lhe pertence, ou seja, o reino dos céus (Mt 20.12-15). Esta maneira de agir do Senhor é loucura para o mundo e estranho para a nossa mentalidade, mas Ele “está perto”, para que ser achado (Is 55.6), Ele “se compadecerá”, “porque é rico em perdoar” (Is 55.7). Desta forma é que somos achados em Cristo Jesus e Ele é engrandecido em nossos corpos, “seja pela vida, seja pela morte” (Fp 1.20), seja pelo trabalho frutífero (Fp 1.22) ou pelo sofrimento. É pela fé em seu perdão que nossas obras são dignas “do Evangelho de Cristo” (Fp 1.27).

Cor litúrgica: Verde

LEITURAS:

† Antigo Testamento: Isaías 55.6-9
† Salmo: Salmo 27.1-9 (antífona v. 4a)
† Epístola: Filipenses 1.12-14, 19-30
† Santo Evangelho: S. Mateus 20.1-16

ORAÇÃO DO DIA:

Senhor Deus, Pai celestial, visto que não podemos ficar diante de ti confiando em algo que fizemos, ajuda-nos a confiar em tua graça permanente e a viver de acordo com a tua Palavra; através de Jesus Cristo, teu Filho, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

01/01/2014

Festa da Circuncisão e Nome de Jesus – 1º de janeiro

“Circuncisão”, Giovanni Maria Viani (1636-1700)

Já no oitavo dia de vida de Jesus, seu destino de expiação é revelado em seu nome e em sua circuncisão. Naquele momento, o seu sangue é derramado pela primeira vez e Jesus recebe o nome dado a ele pelo anjo: “Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (S. Mateus 1.21). Na circuncisão de Jesus, todas as pessoas são circuncidadas uma vez por todas, porque ele representa toda a humanidade. No Antigo Testamento, para os crentes que olhavam para as promessas de Deus a serem cumpridas no Messias, os benefícios da circuncisão incluíam o perdão dos pecados, justificação e incorporação ao povo de Deus. No Novo Testamento, São Paulo fala de seu equivalente, o Santo Batismo, como uma “circuncisão não feita por mão” e como "a circuncisão de Cristo" (Colossenses 2.11).

Cor litúrgica: Branca

LEITURAS:

Antigo Testamento: Números 6.22-27
Salmo: Salmo 8 (antífona v. 9)
Epístola: Gálatas 3.23-29
Santo Evangelho: S. Lucas 2.21

ORAÇÃO DO DIA:

Senhor Deus, tu fizeste teu Filho amado, nosso Salvador, sujeito à Lei e o levaste a derramar seu sangue em nosso favor. Concedei-nos a verdadeira circuncisão do Espírito para que nossos corações sejam purificados de todos os pecados; através de Jesus Cristo, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

Fonte: Treasury of Daily Prayer (St. Louis: Concordia Publishing House, 2009. p. 1078)

13/12/2013

Comemoração de Luzia de Siracusa, Mártir - 13 de dezembro

"Santa Luzia", Francisco de Zurbarán (1598-1664)
Uma das vítimas da grande perseguição sob o imperador romano Diocleciano, Luzia foi morta por causa de sua fé cristã em Siracusa, na ilha da Sicília, no ano de 304 d.C. Conhecida por sua caridade, “Santa Lucia” (como é chamada na Itália) dividiu o seu dote entre os pobres e manteve a castidade até sua execução pela espada. O nome Luzia significa “luz” e, por isso, festivais da luz em comemoração a ela se tornaram popular em toda a Europa, especialmente nos países escandinavos. Lá o seu dia festivo corresponde com a época do ano em que há menor incidência da luz do dia. Na expressão artística, Luzia é muitas vezes retratada num vestido batismal branco, usando uma coroa de velas na sua cabeça.

LEITURAS:

† Salmo 65.1-8
† Deuteronômio 33.1-3
† Apocalipse 7.2-17
† São Mateus 5.1-12

ORAÇÃO DO DIA:

Todo-poderoso Deus, por cuja graça e poder tua santa mártir Luzia triunfou sobre o sofrimento permanecendo sempre fiel até a morte; concede a nós, que agora lembramos dela com ações de graças, que sejamos tão verdadeiros em nosso testemunho a ti neste mundo a fim de que possamos receber com ela novos olhos sem lágrimas e a coroa de luz e da vida; através de Jesus Cristo, teu Filho, nosso Senhor, que vive e reina contigo e com o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém. 

Fonte: Treasury of Daily Prayer (St. Louis: Concórdia Publishing House, p. 1012)

11/12/2013

Terceiro Domingo no Advento – 15 de dezembro de 2013

“João Batista na prisão, envia seus discípulos para questionar Jesus”, Veit Dietrich (1506-1549)
A vinda do Senhor Jesus Cristo traz a verdadeira alegria, mesmo sob a cruz

Algumas vezes a vida requer a incrível paciência de Jó. Assim como ele, alegramo-nos em meio a aflição, firmados em arrependimento sob a cruz de Cristo, esperamos incansavelmente na sua ressurreição, a fim de que possamos ver “que fim o Senhor lhe deu; porque o Senhor é cheio de terna misericórdia e compassivo” (Tiago 5.11). Na promessa do Evangelho, portanto, “sede vós também pacientes e fortalecei o vosso coração, pois a vinda do Senhor está próxima.” (Tiago 5.7, 8). Como São João, o Batista, qualquer que seja o tipo da prisão ou sofrimento em que estejas, chame por Jesus e receba a força da sua Palavra a partir daqueles que ele envia até você. Pois, assim como “os cegos veem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres está sendo pregado o evangelho”, assim também, a boa notícia de Jesus é anunciada a você (Mateus 11.5). Ele vem e restaura a sorte de Sião, a sua Santa Igreja, de modo que “fugirá a tristeza e o gemido” (Isaías 35.10).

Cor litúrgica: Azul ou Roxa

LEITURAS:

† Antigo Testamento: Isaías 35.1-10
† Salmo: Salmo 146 (antífona v. 5)
† Epístola: Tiago 5.7-11
† Santo Evangelho: S. Mateus 11.2-15

ORAÇÃO DO DIA:

Senhor Jesus Cristo, pedimos que ouças as nossas orações e ilumines as trevas dos nossos corações pela tua graciosa visitação; pois tu vives e reinas com o Pai e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.