11/11/2012

24º Domingo após Pentecostes (Próprio 27)


Leituras: Salmo 146; 1 Reis 17.8-16; Hebreus 9.24-28; Marcos 12.38-44

"Uma pessoa rica não se dá conta do quanto é vazia e miserável, a não ser que morra ou pereça de outra forma; então percebe que toda sua fortuna foi absolutamente nada. E como diz o Sl 76.5: “Adormeceram (isso é, morreram), e todos os homens abastados se deram conta de que não tinham nada em suas mãos”. Por outro lado, os famintos não sabem o quanto estão saciados, até que se aproxima o fim; então se deparam com a palavra de Cristo, em Lc 6.21: “Bem-aventurados os famintos e sedentos, pois serão fartos”, e com a consoladora promessa da mãe de Deus: “Encheu de bens os famintos”. Em todos os casos, não é possível que Deus permita que morra de fome física alguém que nele confia. Antes deveriam vir todos os anjos e alimentá-lo. Elias foi alimentado pelos corvos, e de um punhado de farinha alimentou-se ele e a viúva de Sarepta por longo tempo. Deus não pode abandonar os que nele confiam. Por isso diz Davi no Sl 37.25: "Fui moço e envelheci, e jamais vi um justo abandonado, nem seus filhos a mendigar pão". Quem, todavia, confiar no Senhor, este é justo. Idem no Sl 34.10: “Os ricos permanecem famintos e sedentos, mas os que buscam o Senhor não têm carência de qualquer bem”. E a mãe de Samuel, Sta. Ana, diz em 1 Sm 2.5: “Os que antes estavam fartos e saturados, tiveram que acampar-se para conseguirem pão, e os famintos foram saciados”." (Lutero em "O Magnificat", Obras Selecionadas, VI, pp. 67-68)

Coleta:
Deus Todo-poderoso e sempre vivo, que fizeste promessas extraordinariamente grandes e preciosas àqueles que confiam em ti, concede que com tal firmeza creiamos em teu Filho Jesus que nossa fé nunca esteja ausente; através do mesmo Jesus Cristo, nosso Senhor, que vive e reina contigo e o Espírito Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém.

"Elias e a Viúva de Sarepta" (c. 1630) de Bartholomaeus Breenberch (1598-1657)

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