"Batismo de Santo Agostinho", Joseph Briffa (1901-1987) |
“Elevo a Deus a minha voz, e clamo, elevo a Deus a minha voz, para que me atenda”. (Salmo 77.1)
Se quer um exemplo para este versículo, leia a conversão de Santo Agostinho, no oitavo livro de suas Confissões. Aí encontra a expressa e mais clara comprovação desse salmo. Veja como Santo Agostinho está comovido, mas, mesmo assim, não fala; antes, medita e reflete em pensamentos divinos sobre a salvação dos homens, tal como está descrito aí. Quem, todavia, não tem experiência em tais tentações e pensamentos não terá uma palavra sequer para explicar esse salmo. Por isso tenho dificuldade para falar na tentação porquanto não me encontro em tentação. Pois ninguém é capaz de dizer e ouvir corretamente uma palavra escrita se não se parece com ela nos sentimentos íntimos, para que sinta por dentro o que ouve e fala de fora, e assim diga: É isso mesmo!
-- Trecho de homilia do bem-aventurado Martinho Lutero (1483-1546), doutor e reformador da igreja.
Imagem: "Batismo de Santo Agostinho", Joseph Briffa (1901-1987)
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