Malaquias 3.13-18
Salmo 46
Colossenses 1.13-20
Lucas 23.27-43
🪔 Deus estabeleceu a paz por meio do sangue de Cristo derramado na cruz. Esta é a proclamação mais preciosa para este final do Ano da Igreja. Jesus governa todas as coisas: as visíveis e as invisíveis; os céus e a terra; os mortos e os vivos; os ímpios e os redimidos (Cl 1.13-20). Na cruz, Jesus proferiu palavras que perdoam e reservam o paraíso eterno para os pecadores arrependidos (Lc 23.27-43). Por meio de Cristo Jesus, Deus declara que cada um de nós somos seu tesouro particular para sempre (Ml 3.13-18).
📖 Lutero escreveu: “No jardim, Jesus foi consolado por um anjo. Aqui, na cruz, o consolo vem de um malfeitor pendurado a seu lado. Este é um Deus maravilhoso, que faz com que seu Filho seja consolado por um malfeitor. O malfeitor deve ter enxergado através do corpo de Cristo, através da desonra, zombaria e sofrimento, pois, do contrário, não teria podido crer nem confessar que Cristo era o Senhor e tinha um reino poderoso. E assim, Cristo passou pelo inferno e começa a ter consolo no malfeitor. Deus não permite que sua igreja morra. Por isso se diz com toda razão: A fé que morreu em Pedro, ressuscitou no malfeitor. Porque essa palavra tem de ficar de pé; “Domine entre os seus inimigos”. Então, Cristo se lembra: Apesar de tudo, tenho um Deus gracioso, que me preparou um reino e permite que o pecador desfrute do meu sofrimento. Por isso diz ao malfeitor: “Hoje você estará comigo no paraíso”. O malfeitor reconhece sua culpa e a inocência de Cristo. Por isso conclui: A inocência de Cristo vai me ajudar. E através de uma parede bem grossa ele consegue enxergar o coração de Cristo. O malfeitor é um dos nossos e somos semelhantes a ele. Por isso, invoquemos a Cristo e ele nos responderá: Sim, sim, exatamente como ao malfeitor.” (Castelo Forte com Meditações de Lutero, 1983)
🖼 Crucificação (1532), por Lucas Cranach (1472-1553)
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